sábado, 29 de maio de 2010

Qual o grau do seu murmurômetro?

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Como é fácil começarmos um lindo dia murmurando por fúteis motivos. Como é fácil, após um dia de atividades e de lutas, deitarmos em nossas camas no fim do dia murmurando do dia que passou. Não é à toa que muitos perdem o sono.
Não há nada que provoque mais a Deus do que a murmuração, pois toda murmuração é contra Deus (Ex 16:8). Se Deus é o grande responsável pela vida humana, reclamar de nossa vida é reclamar contra o próprio Deus.
Murmurar é reclamar da boa, perfeita e agradável vontade de Deus. Murmurar é concordar com Satanás de que Deus não está no controle de todas as coisas; é ser seduzido pela serpente como Adão e Eva foram.
Murmuração é a porta de entrada do maligno na vida de muitas pessoas; é a causa principal do fracasso de muitos crentes (1 Co 10.10).
Você é um murmurador? Responda as seguintes perguntas e avalie o seu grau de murmuração.
1. Quando você acorda pela manha para trabalhar/estudar, você:
( ) a- Murmura por ter que acordar cedo.
( ) b- Agradece a Deus por mais um dia em sua presença.
2. Ao tomar o café da manhã, você:
( ) a - Murmura por não ter o pão fresquinho à mesa.
( ) b - Agradece a Deus por começar a primeira refeição do dia com a tua família.
3. Em seu trabalho/estudo, você:
( ) a - Murmura diante dos desafios.
( ) b - Agradece a Deus pela força, capacidade e inteligência que Deus te dá para resolver os conflitos.
4. Após um dia de trabalho/estudo, você:
( ) a - Murmura por causa do seu cansaço.
( ) b - Alegra-se nas promessas de Deus em renovar as suas forças
5. Quando você retorna à sua casa, você:
( ) a - Murmura por causa do trânsito ou por causa do coletivo.
( ) b - Agradece por não ter que voltar à pé para sua casa.
6. Ao chegar à sua casa, você:
( ) a - Murmura por causa de seus familiares que não cumpriram os seus deveres.
( ) b - Agradece a Deus pela tua família e por poder estar com eles por mais um dia.
7. Ao entrar na casa do Senhor, você:
( ) a - Murmura por causa do louvor, da liturgia ou da pregação.
( ) b - Alegra-se por poder prestar culto na casa do Senhor.
8. Ao ouvir a Palavra, você:
( ) a - Murmura pela ausência de loquacidade e persuasão.
( ) b - Aceita os desafios apresentados pela Palavra.
9. Ao olhar para a sua vida, você:
( ) a - Murmura por causa das suas dificuldades.
( ) b - Alegra-se na expectativa da ocorrência de um milagre.
10. Ao se olhar no espelho, você:
( ) a - Murmura por causa do murmurador que você é.
( ) b - É grato a Deus porque ele tem o poder de te transformar em um verdadeiro adorador.
Some o número de suas murmurações (item a) e descubra o seu grau de murmuração.
PONTOS: (10) Perfeito murmurador; (9-6) Crente rabugento; (5-1) Crente ingrato; (0) Adorador
MURMURAÇÃO: A CHAVE DO FRACASSO
"Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus." (1 Ts 5.18)
FONTE:   ASSEM-BEREIA DE DEUS
Via blog do Pr.Alek Sandro

terça-feira, 25 de maio de 2010

Piratas e conquistadores: Direito autoral deveria constituir não propriedade, mas apenas licença de usufruto econômico exclusivo por certo prazo


ALDO PEREIRA - Folha de São Paulo

NO SÉCULO 16 , países europeus que exploravam riquezas da América reprimiam com rigor a ação de piratas baseados em ilhas e costas continentais do Caribe: execução sumária ou condenação à forca. À primeira vista, história de mocinhos e bandidos -ou seria de bandidos e bandidos? Logo após ter descoberto o que supunha ser a Índia, Cristóvão Colombo (1451-1506) estabeleceu modelo de conduta para "los conquistadores": tortura sistemática de nativos para obter deles "segredos" de minas e garimpos de ouro, bem como para escravizá-los na extração e refino do minério. A recalcitrantes, espada civilizadora finamente forjada em Toledo. De sua parte, a Marinha britânica, ocupada então com tráfico de escravos africanos, comissionou "privateers" (navios corsários) para pirataria seletiva contra galeões espanhóis carregados desse ouro.
Frances Drake (1540-1596) e Henry Morgan (1635-1688), célebres corsários, receberiam pela patriótica missão o título honorífico de "sir". A distinção entre piratas, conquistadores e corsários continua ambígua. Sem explicitar nomes, o principal executivo da UMG (Universal Music Group) vocifera contra engenhocas do tipo iPod: "Repositórios de música roubada!". Também se têm visto e ouvido na mídia proclamações de que baixar, copiar ou comprar músicas e programas sem pagar royalties é "pirataria".
Com a forca fora de moda, detentores de "propriedade intelectual" reclamam ao menos cadeia para "piratas". "Propriedade intelectual" é campo de disputa em que convergem três interesses legítimos e interdependentes, mas conflitantes: 1) o dos autores, sem os quais não teríamos inovação e avanço na cultura; 2) o de firmas como editoras, gravadoras e programadoras, que assumem riscos lotéricos de produção, distribuição e promoção (em média, dos mais de 40 livros que a Random House edita por semana, 35 dão prejuízo ou lucro zero); e 3) o direito público à liberdade de expressão, ao saber e ao cultivo do espírito pela arte. Sem esse terceiro direito, a vida cultural estagnaria, porque se realimenta do que ela própria produz. Nenhuma criação é absolutamente original, mas produto da tradição cultural do meio em que o autor se forma. Por isso, direito autoral deveria constituir não propriedade, mas apenas licença de usufruto econômico exclusivo durante certo prazo, como a concedida a patentes. Em criações de pessoa física, tal licença poderia ser vitalícia, embora não hereditária. O que tem ocorrido, porém, é progressiva usurpação do direito público em favor da "propriedade intelectual", sobretudo corporativa. Isto é, acumulação de privilégios desfrutados por cartéis e outros grupos que em geral os têm obtido pelo suborno sistemático de legisladores e burocratas, prática mais elegantemente referida como lobby ("antessala"). No reinado de Pedro 1º, toda obra literária caía em domínio público dez anos após a publicação. O regime republicano dilatou o privilégio para 50 anos contados do 1º de janeiro subsequente à morte do autor (Lei Medeiros e Albuquerque, nº 496, de 1898). Esse prazo é hoje de 70 anos.
Todas as mudanças legais introduzidas desde 1898 têm ampliado o direito individual e corporativo de exploração econômica das obras à custa de progressiva restrição do domínio público, isto é, em prejuízo da dimensão social da cultura. A involução legal brasileira reflete a globalização dos mercados da "propriedade intelectual". Acordos e convenções que conferem direito proprietário de corporações a criações culturais têm sido extorquidos a governantes covardes e/ ou venais do mundo subdesenvolvido, estratégia que se completa pelo citado suborno legislativo. Colonialismo por outros meios. O abuso é mais nítido na exploração autoral póstuma, onde o Congresso americano, creia, tem-se mostrado ainda mais venal que o brasileiro. Segundo Lawrence Lessig, professor de direito da Universidade Stanford, à medida que o camundongo Mickey envelhece e se arrisca a cair em domínio público, o lobby da Walt Disney obtém mais alguns anos de sobrevida para o respectivo "copyright". Em 1998, o Congresso dos EUA estendeu a proteção póstuma a 95 anos: no caso de Mickey, até 2061. Lessig enumera 11 extensões semelhantes concedidas nos últimos 40 anos em favor da indústria de som e imagem.
Nesse drama, decerto lhe seria difícil escolher entre o papel de conquistador e o de pirata. Resigne-se, então, ao do submisso e espoliado nativo.

ALDO PEREIRA , 77, é ex-editorialista e colaborador especial da Folha.

sábado, 22 de maio de 2010

JOVENS SEM IDENTIDADE

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Elisabete R. Pereira

Há uma preocupação natural entre os pais de adolescentes, mais precisamente os pais daqueles que já deixaram a adolescência e estão num período transitório. Isto porque nesta fase, os jovens já adquiram uma emancipação inegável e, portanto, não desejam mais ir à igreja, seja na escola bíblica ou no culto do domingo à noite. Muitos se sentem donos dos seus próprios narizes.
A vontade de estar nos átrios do Senhor vai se desvanecendo e os filhos vão para o campo de trabalho, obtendo sucesso na vida profissional e parecem caminhar para o curso deste mundo.
Mas, é preciso perscrutar as causas deste afastamento, deste súbito interesse de se desligar da igreja, a fim de entendermos os verdadeiros motivos que levam a juventude a se distanciar do convívio religioso.
Sem responsabilizar a liderança eclesiástica e tampouco abreviar o compromisso dos pais que têm o dever de ensinar os filhos desde a mais tenra idade no Caminho, é possível destacar alguns pontos:

1. Falta homogeneidade: as classes de escola bíblica normalmente são divididas por faixa etária e não por afinidade. As crianças e os jovens, às vezes, vão para as salas e não encontram parceiros de estudo, alguém para compartilhar as mesmas dificuldades e alegrias do seu cotidiano. Isto sem contar que é comum ter as atividades expostas por pessoas despreparadas tanto teologica quando pedagogicamente. Em sala de aula não são oferecidas dinâmicas que promovam o envolvimento mútuo e os relacionamentos que tragam homogeneidade ao grupo. Se os recursos pedagógicos forem escassos e a aula for pautada no monólogo (professor fala e aluno ouve), o jovem certamente se sentirá só, desamparado e se for do tipo tímido ou calado procurará sanar as suas dúvidas em casa com os pais, se estes por sua vez forem convertidos e se houver um ambiente propício. É preciso desmantelar as panelas!

2. Falta fraternidade: acho que para o nosso tempo devemos considerar a palavra coleguismo. A palavra fraternidade significa amor ao próximo. É o mesmo que tratar os outros como se deseja ser tratado. Os jovens sentem as mesmas necessidades relacionais que os adultos. É preciso trocar informações, encontrar-se fora dos limites da igreja, participar de eventos, confidenciar peculiaridades, chorar e rir juntos. Quando a igreja não tem força para promover coesão entre os jovens, eles se dispersam e não se sentem mais motivados a freqüentar um grupo que não os aceita, que não se incomoda em agregá-los. Eles se sentem fora do ninho e acabam sendo influenciados por outras manifestações que lhes dêem prazer, que falam a sua linguagem, que tenham os seus costumes, que não os rejeita. Razão de alguns filhos de crentes se enveredarem pelos caminhos das drogas, incluindo os bulímicos e anoréxicos, que atentam para padrões do mundo e a ditadura da moda.

3. Falta discurso teológico: há um generalizado desprezo para com a Hermenêutica Bíblica nos últimos tempos. Os que tem manuseado a Palavra da Verdade nem sempre estão capacitados para trazer ao público juvenil a historicidade dos textos Sagrados. Assim, a contextualização fica manca e alguns jovens reproduzem discursos distorcidos e sem bases bíblicas. Sem conhecimento suficiente alguns líderes manipulam grupos induzindo o rebanho à marginalização, ao distanciamento da fonte da água da vida e à perdição. Os jovens acabam cometendo erros por não conhecerem as Escrituras e nem o poder de Deus. Alguns tem zelo sem conhecimento, buscam leituras extra-bíblicas sem qualquer orientação e assim produzem maus frutos e dão mau testemunho aos que estão de fora.

4. Falta espírito urbano: durante muito tempo meus filhos e eu praticamos missões urbanas, visitando favelas, levando suprimento aos excluídos da sociedade na capital de São Paulo. Levávamos tanto o adulto como o jovem aos pés da Cruz, intempestivamente. Descobrimos que igreja deve ser um lugar de portas abertas ao longo do dia, um local de refúgio, de confissão de pecados, de socorro, de perdão, de misericórdia. Quando pensamos em igreja, logo pensamos num ajuntamento de pessoas santas, cordiais, amáveis, hospitaleiras, de braços abertos e prontas para acolher aqueles que a procuram. Raramente vemos um jovem se convertendo e buscando a Deus desprovido de companhia. No mínimo ele foi amparado por alguém que impactou o seu coração com o Amor do Senhor Jesus. Mas, para que continue a sua caminhada religiosa é preciso que alguém o leve. Este “discipulador” deve procurá-lo constantemente, estabelecer sólidos contatos para que o jovem neófito não “escape”. O risco dos nossos tempos é que tem faltado espírito urbano e os líderes da juventude ou discipuladores não visitam mais suas ovelhinhas, não ligam, não lembram-nas do compromisso do final de semana, não as incentivam a permanecer no caminho da graça, as menosprezam. Falta urbanismo, é preciso oferecer carona, é preciso ligar, é preciso orar juntos, chorar juntos. É preciso haver aliança.

5. Falta humanizar as pessoas e deixar que as coisas continuem sendo coisas. Sacralizando ou humanizando as coisas, valorizaram o inanimado. Mais uma ditadura, a da auto-suficiência! Fazer compras por telefone ou pela Internet se tornou uma tarefa fácil, prazerosa e segura, na maioria dos casos. Aprende-se à distância, amizades são estabelecidas on-line e até namoros. A telefonia móvel celular deixou de ser apenas um telefone sem fio. Hoje um celular dispõe de recursos cada vez mais avançados. É possível fotografar, gravar, filmar, exibir páginas da Internet e de comunicação com redes sociais em tempo real entre outras facilidades pessoais e personalizadas. As coisas tomaram um lugar importante na vida das pessoas e não somente isto, algumas delas tem sido o Baal das últimas gerações. Numa via de contra mão as pessoas tem sido coisificadas. Entretanto, a velocidade ou a promessa da facilidade das coisas não tornaram as pessoas mais ociosas ou disponibilizaram mais tempo para outras atividades, ao contrário, as coisas tornaram-se verdadeiras vilãs que roubam o tempo. Os jovens, sucumbidos por esta avalanche de inovações, não são incentivados a fazerem visitas aos asilos, aos hospitais, aos descrentes. Todos alegam que não têm tempo. Não são mais promovidos cultos ao ar livre, para que o transeunte seja alcançado, é preferível a igreja com ar condicionado. Se a maioria possui carro cada um vai dirigindo o seu, extingue-se o lema “um por todos, todos por um”, agora é “cada um no seu quadrado”. 

6. Falta oportunidade: são sempre os mesmos que tocam, que louvam, que dançam, que oram, que pregam. Se não dão oportunidade aos jovens eles hão de se sentir inúteis e sem valor. Muitos possuem conhecimento, tem conteúdo e dons, porém, são “atropelados” por uma liderança cega e tirana que só busca privilegiar os filhos dos membros eméritos. É preciso dar oportunidade a todos, assim como o Brasil é um país de todos, a igreja também deve oferecer um lugar para todos.

7. Falta voluntariado: a maioria dos serviçais da igreja é voluntariado. Há casos onde até o pastor não é remunerado por seu trabalho eclesiástico ou possui vínculo empregatício. O mesmo acontece com os presbíteros, diáconos e outros líderes e auxiliares, mas em muitos lugares são cargos disputadíssimos. Buscar um membro da juventude para se voluntariar como recepcionista nos cultos do domingo à noite, para cuidar da arrumação das cadeiras ou até mesmo do som, são coisas que eles adorariam fazer para se sentirem úteis, agregados, valorizados, importantes. Quando um jovem é visto como um vidro transparente e sua presença passa despercebida, não há razão para freqüentar a igreja.

É preciso dar IDENTIDADE à nossa juventude cristã. A venda de IPADs nos EUA já totaliza um bilhão de dólares*. O mundo tem dado prazer sem fronteiras à juventude em todo planeta. O que a igreja cristã pode oferecer para eles além de um assento aos domingos?
É imprescindível que busquemos resgatar para eles aquilo que verdadeiramente teve valor para nós no passado e que nos deu a chance de hoje estarmos na Casa do Rei. Se quisermos mudança, devemos promover estas mudanças!
Quando a nossa juventude descobrir o real valor das coisas divinas, as terrenas tornar-se-ão insípidas, infrutíferas, indesejáveis e desgostosas. Assim, eles sentirão plena satisfação em depender exclusivamente de Deus e alcançarão uma IDENTIDADE Cristã.
“As muitas águas não podem apagar este amor, nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse todos os bens de sua casa pelo amor, certamente o desprezariam” – Cantares 8:7.
Elisabete R Pereira é missionária em Anápolis-GO, bacharel em teologia com especialização em psicologia pastoral pelo CPPC, Mestre em Teologia pelo ITEPAR e missionária online da Global Media Outreach. Tem dois filhos, Kaleb e Jade e é membro da Igreja Presbiteriana Orvalho do Hermom.

terça-feira, 18 de maio de 2010

COMO PROVAR QUE O ESPIRITISMO ESTÁ EM TOTAL DESACORDO COM A PALAVRA DE DEUS

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 Jefferson Magno Costa - Blog Sublime Leitura

NÃO EXISTE CONCORDÂNCIA ENTRE A BÍBLIA E AS DOUTRINAS ESPÍRITAS

Para demonstrarmos qual é a verdadeira natureza do espiritismo, analisaremos neste artigo as suas doutrinas. Não faremos, porém, uma simples exposição desses ensinamentos. Isto pouca ou nenhuma utilidade teria para quem se propõe a evangelizar espíritas. Serão os próprios doutrinadores do espiritismo, através de suas declarações antibíblicas, irreverentes e irracionais, que desmascararão esse sistema cuja base é a evocação dos mortos, radicalmente condenada por Deus. Veremos, portanto, o que diz a Bíblia e o que diz o espiritismo.
Através desse confronto, poderemos mostrar que o espiritismo, ao contrário do que enganosamente é ensinado nos jornais, no rádio, nos centros, nos terreiros e nas tendas espíritas, não construiu seu conjunto doutrinário “partindo das próprias palavras de Cristo; como este, partiu das de Moisés”, sendo “consequência direta de sua doutrina”, conforme afirmou enganosamente Allan Kardec no livro A Gênese (Federeação Espírita Brasileira, Rio de Janeiro, 1985, p.28), e continuam afirmando ate hoje muitos de seus doutrinadores. A verdade é que as doutrinas espíritas contradizem tudo o que Jesus Cristo pregou. Elas negam blasfematoriamente a autoridade da Bíblia, e ensinam exatamente o contrário do que ensinam o Antigo e o Novo Testamentos.
Além de não considerar a Bíblia como Palavra de Deus, o espiritismo não reconhece o mistério da Santíssima Trindade, nega que a humanidade tenha surgido a partir de Adão e Eva, nega a existência de anjos, demônios, Céu e Inferno. Nega a possibilidade da ressurreição, e desconhece a eficácia redentora do sangue de Jesus Cristo derramado na cruz do Calvário, afirmando também que Jesus não é Deus. Analisando declarações de Kardec e seus seguidores, vejamos porque o espiritismo é o mais terrível conjunto de ensinamentos antibíblicos já aparecido sobre a face da terra, em toda a história do cristianismo.

OPINIÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA SOBRE A BÍBLIA
Muitas vezes, durante suas enganosas argumentações, os doutrinadores espíritas, numa linguagem “mansa” e “reverente”, citam os textos bíblicos que, aparentemente, apóiam seus errôneos ensinamentos, mas capazes de desconhecer imediatamente a Bíblia como um livro infalível, autêntico e divinamente inspirado, de rotulá-la como velha e ultrapassada, e de negar, furiosos, que ela seja a palavra de Deus, quando um evangélico cita um ou alguns dos muitos versículos ou passagens bíblicas que condenam as práticas e as doutrinas espíritas.
Este capítulo foi escrito visando esclarecer particularmente os espíritas sinceros, que, entregues às suas práticas, supõem estar obedecendo à vontade de Deus e observando os ensinamentos de Jesus. Por não terem sido ainda alcançados pela luz do evangelho de Jesus Cristo, desconhecem o quanto o espiritismo é contrário às doutrinas bíblicas, ao que Jesus ensinou.
Enganados estão todos aqueles que supõem ter Allan Kardec respeitado, durante o seu trabalho como codificador do espiritismo, a autoridade da Bíblia. Para ele ela está cheia de erros: “A Bíblia, evidentemente, encerra fatos que a razão, desenvolvida pela ciência, não poderia hoje aceitar e outros que parecem estranhos e derivam de costumes que já não são os nossos”, diz arrogantemente o maioral dos espíritas na página 87 do livro A Gênese.
No livro O Evangelho Segundo o Espiritismo, Kardec, depois de declarar que os dez mandamentos são de caráter divino por pertencerem a todos os tempos e países (e só por esse motivo eles seriam divinos, diz o codificador do Espiritismo), nega a inspiração divina do Pentateuco, afirmando sobre o restante dos escritos mosaicos: “Todas as outras são leis que Moisés decretou, obrigado que sería a conter, pelo temor, um povo, em seu natural, turbulento e indisciplinado, no qual tinha ele de combater arraigados abusos e preconceitos adquiridos durante a escravidão no Egito. Para imprimir autoridade às suas leis, houve que lhes atribuir origem divina, conforme fizeram todos os legisladores dos povos primitivos. A autoridade do homem precisava apoiar-se na autoridade de Deus; mas, só a idéia de um Deus terrível podia impressionar criaturas ignorantes...” (FEB, 1979, pp. 56,57). Seriam necessárias mais provas sobre a opinião blasfema e irreverente de Kardec sobre a Bíblia?
Vemos que, além de negar a inspiração do Pentateuco, o maioral do espiritismo acusa Moisés de ter fingido proferir palavras ditadas por Deus, e de ter feito uso da autoridade divina (que, segundo Kardec, Moisés não tinha) para amedrontar um bando de pobres ignorantes, conforme algumas pessoas costumam fazer com as crianças, contando-lhes histórias de “bicho-papão” para amedrontá-las e torná-las obedientes.
Kardec ataca também diabolicamente os evangelistas, afirmando que eles “ter-se-ão possivelmente enganado, quanto ao sentido das palavras do Senhor, ou dado interpretação falsa aos seus pensamentos...” (A Gênese, p.386).
Esse mau exemplo, essas opiniões blasfematórias foram e continuam sendo imitadas por muitos espíritas no Brasil. Exemplo disto temos no livro À Margem do Espiritismo (FEB, 3a. ed., 1981, p.214), do polemista espírita brasileiro Carlos Imbassay. Irreverente diante da Palavra de Deus, Imbassay desmascara a natureza antibiblicas do espiritismo, ao declarar soberbamente:”Nem a Bíblia prova coisa nenhuma, nem temos a Bíblia como probante. O espiritismo não é um ramo do cristianismo, como as demais seitas cristãs. Não assenta os seus princípios nas Escrituras. Não rodopia junto à Bíblia. A discussão, no terreno em que se acha, seria ótima com católicos, visto como católicos e protestantes baseiam os seus ensinamentos nas Escrituras. Mas a nossa base é o ensino dos espíritos, daí o nome – espiritismo.” Alguém ainda tem alguma dúvida de que o espiritismo não tem nada a ver com o cristiansimo?  
Na França, Allan Kardec não esteve sozinho na sua tarefa diabólica de negar a autoridade da Bíblia. Leon Denis, na condição de continuador e divulgador de suas idéias, escreveu vários livros. Muitos deles foram traduzidos para o português, e hoje são muito apreciados pelos espíritas brasileiros. Entre as obras de Leon Denis, há um livro intitulado Cristianismo e Espiritismo, que nega, entre outras coisas, a inspiração da Bíblia. Na página 130 desse livro (Cito a 5a. edição, da FEB), Denis afirma que a Bíblia “não pode ser considerada produto da inspiração divina”. Ela é “de origem puramente humana, semeada de ficções e alegorias, sob as quais o pensamento filosófico se dissimula e desaparece o mais das vezes”. Aí está, caro leitor, mais um renomado doutrinador espírita mostrando a natureza visceralmente anticristã, antibiblica, irreverente a blasfematória do espiritismo.
Finalmente, eis o que o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, O Reformador, publicou, na página 13 do fascículo de janeiro de 1953 (cito uma fonte antiga para mostrar o quanto a posição antibíblica do espiritismo é antiga) sobre a Bíblia: “Do Velho Testamento, já nos é recomendado somente o Decálogo, e do Novo Testamento apenas a moral de Jesus; já consideramos de valor secundário, ou revogado e sem valor algum, mais de 90% do texto da Bíblia.” É esta a religião que se diz cristã, que é “simplesmente a volta ao cristianismo primitivo, sob as mais precisas formas”, conforme afirmaram hipocritamente Kardec e seus continuadores.
Os espíritas que buscam sinceramente a Deus no espiritismo, com a esperança de encontrá-lo, devem conscientizar-se de que a Bíblia não é um simples livro, e sim a Palavra de Deus. Não há Evangelho Segundo o Espiritismo, não há Livro dos Espíritos ou outro qualquer livro, humana ou diabolicamente inspirado, que a supere. A verdade nela contida permanecerá como o firmamento do Céu: “Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua palavra no céu” (Salmo 119.89), desafiando a transitoriedade dos acontecimentos e da vida sobre a face da terra: “...seca-se a erva e cai a sua flor, mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente” (Isaías 40.8), desafiando Kardec, o espiritismo e os “espíritos” que atuam no mundo, pois NADA conseguirá suplantá-la. Isto quem nos garantiu foi o próprio Filho de Deus, Jesus Cristo: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24.35). Ninguém conseguirá contradizer ou suplantar os ensinamentos de Jesus, pois “a palavra do Senhor permanece eternamente” (1 Pedro 1.25).
Saibam também os espíritas que “Toda Escritura é inspirada por Deus, e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça” (2 Timóteo 3.16). São injustas, enganosas e inspiradas por Satanás as afirmações que põem em dúvida a inspiração divina da Palavra de Deus, “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana, entretanto homens falaram da parte de Deus movidos pelo Espírito Santo” (2 Pedro 1.21).

A TRINDADE VISTA PELO ESPIRITISMO
No conceito do espiritismo, Deus não passa de um ser incapaz de julgar suas criaturas com justiça. Ele tolera infinitamente o pecado dos seres humanos, e sempre procura dar um “jeitinho” (através da reencarnação) de “passar a mão" sobre a cabeça de todos os pecadores, perdoando-os. É o tipo do Deus em quem o Diabo quer que a humanidade creia. Além de considerá-lo dessa forma, o espiritismo despersonaliza-o. É o que se constata em um livro de Leon Denis, Depois da Morte. Diz ele, na página 114 dessa obra, que “Deus é infinito e não pode ser individualizado, isto é, separado do mundo, nem subsistir à parte”. Isto é uma afrontosa tentativa de anular a pessoa de Deus; não passa de aberrante panteísmo, onde Deus não é visto como um ser pessoal, definido, e sim como “a soma de tudo quanto existe”.
Quanto à existência do Pai, do Filho e do Espírito Santo – três pessoas em uma só, formando a Trindade – os espíritas ou a negam ou simplesmente a ignoram, evitando falar sobre ela, conforme fez Allan Kardec. Porém, procuram aproveitar todas as oportunidades de negá-la, como fez o Jornal Espírita (publicado no Rio de Janeiro) em seu número de março de 1953. Em um trabalho de perguntas e respostas, uma das perguntas formuladas foi: “Há mais do que uma pessoa em Deus?” obtendo uma resposta: “Não, a razão nos diz que Deus é um ser único, indivisível; que o pai celeste é um só para todos os filhos de Universo.” Aí está, claramente, a negação da Trindade.
Porém, as Santas Escrituras ensinam e provam a existência do Pai, do Filho e do Espírito Santo, em Mateus 28.19; 1 Coríntios 12.3-6; 2 Coríntios 13.13; 1 Pedro 1.2; Judas 20-21, e em outras passagens bíblicas
No livro Pseudos-Sábios ou Falsos Profetas (1947, p. 34), o espírita Rangel Veloso diz ter ouvido em um centro espírita a seguinte definição de Deus, panteística e afrontadora como costumam ser as opiniões espíritas sobre o Criador: “Deus é uma folha de papel, rasgadinha em milhões, bilhões e não sei quantas mais divisões. Lançados esses pedacinhos de papel no Universo, cada pedacinho de papel representa um homem e um ser existente, e todos reunidos, formando o todo, é Deus.”
Não, este não é o Deus a quem nós, os evangélicos, conhecemos, não é o Deus a quem servimos, não é Aquele que se identificou como pessoa a Moisés, ao dizer: “EU SOU O QUE SOU” (Êxodo 3.14), que tem manifestado o seu poder e sua vontade entre os homens, pois “o Senhor é verdadeiramente Deus; ele é o Deus vivo e o rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação” (Jeremias 10.10). Foi Ele que “estendeu o céu, fundou a terra e formou o espírito do homem dentro nele” (Zacarias 12.1). Saibam os espíritas que “para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também por ele” (1 Coríntios 8.6).

A CRIAÇÃO DO HOMEM E O PECADO ORIGINAL SEGUNDO O ESPIRITISMO
Está escrito na Bíblia, o Livro da Verdade, que o ser humano foi criado segundo a imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.26). Mas abrindo-se O Livro dos Espíritos, lê-se que o ser humano não foi criado conforme a Bíblia afirma, e sim que “Deus criou todos os espíritos simples e ignorantes, ou seja, sem conhecimento”. Qual está correta: a palavra dos “espíritos” ou a Palavra de Deus? Que os seguidores das doutrinas dos espíritos fiquem com os ensinamentos desses seres cuja verdadeira identidade diabólica está revelada na Bíblia. Porem nós, os que servimos ao autor da Bíblia – Deus – ficamos com sua Palavra, pois somos testemunhas de que ela é fiel, e tem-se cumprido em nossa vida.
Sabemos que Adão foi o primeiro homem criado por Deus, e que, por ele ter pecado, os homens incorreram todos na condenação divina (Romanos 5.18). Mas não é assim que o espiritismo ensina. Na página 70 do livro citado, a resposta que os “espíritos” deram à pergunta de número 50 – “A espécie humana começou por um só homem?”, foi: “Não; aquele a quem chamais Adão não foi o primeiro nem o único a povoar a Terra.” E, dessa forma blasfematória, os “espíritos” do espiritismo e Kardec prosseguem ao longo das 1018 questões contidas no livro que os espíritas consideram sua bíblia – O livro dos Espíritos –, negando tudo o que Deus ensinou á humanidade através dos profetas, e sendo contrários a tudo o que Jesus e os apóstolos pregaram. (Ver 1 Timóteo 2.13) 
O curioso é que na página 60 do livro A Gênese (que tem como subtítulo: os milagres e as predições segundo o espiritismo, FEB, 28a Ed., Rio de Janeiro, 1985) Allan Kardec assina a sentença de condenação desse sistema anti-humano, antilógico, antibiblico que é o espiritismo, ao definir os atributos de Deus: “Deus é, pois, a inteligência suprema e soberana, é único, eterno, imutável, onipotente, soberanamente justo e bom, infinito em todas as perfeições, e não pode ser diverso disso.” Como? E apesar de possuir todos esses atributos, Deus criou-nos como espíritos atrasados, sujeitos a tantos vexames e experiências ridículas e humilhantes no "caminho da perfeição" ensinado pelo espiritismo?
Na mesma página citada, Kardec coloca em situação difícil o sistema que ele mesmo ajudou a criar, ao revelar qual é o critério que deve ser usado para descobrir-se se uma doutrina filosófica ou religiosa é verdadeira ou falsa: “Tal também o critério infalível de todas as doutrinas filosóficas e religiosas. Para apreciá-las, dispõe o homem de uma medida rigorosamente exata nos atributos de Deus e pode afirmar a si mesmo que toda teoria, todo princípio, todo dogma, toda crença, toda prática, que estiver em contradição com um só que seja, desses atributos que tenda não tanto a anulá-lo, mas simplesmente a diminuí-lo, não pode estar com a verdade."
Após lermos isto, colocamos diante dos espíritas o seguinte problema: Apesar de reconhecer que um dos atributos de Deus é ser “infinito em todas as suas perfeições”, e que “a providencial sabedoria das leis divinas se revela nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, não permitindo essa sabedoria que se duvide da sua justiça, da sua bondade”, Kardec (ou os tais espíritos que teriam ditado as doutrinas a um grupo de médiuns, e que depois foram codificadas por Allan Kardec, por que ele reconhecia que não era médium) afirma que Deus, esse Ser justo, bom e infinito em suas perfeições, criou os espíritos “simples, ignorantes, sem conhecimento". (Os espíritos e não o ser humano, observe-se este detalhe, pois o homem, segundo Kardec, surgiu muito depois, como produto da união desses “espíritos” com os macacos, que habitavam em épocas passadas o mundo, conforme veremos em outro artigo, ao estudarmos outros aspectos desse abominável conjunto de doutrinas.)
A pergunta que fazemos aos espíritas é esta: Diante de tantas contradições, aberrações, afrontas a Deus como Criador, não é justo que apontemos exatamente o espiritismo como o sistema que se enquadra perfeitamente nas condições citadas pelo próprio Kardec como determinadoras de que ele é falso? Leiamos outra vez esse “atestado de falsidade” do espiritismo, redigido pelo próprio Kardec: “...toda teoria, todo princípio, todo dogma, toda crença, toda prática que estiver em contradição com um só que seja desses atributos, que tenda não tanto a anulá-lo, mas simplesmente a diminuí-lo, não pode estar com a verdade.” Afirmando que Deus, com todos os seus atributos positivos, criou o ser humano como um espírito atrasado, imperfeito, sendo este obrigado a peregrinar, em busca da perfeição, dos mundos atrasados aos mundos mais adiantados, na condição de pedra bruta, plantas, insetos, quadrúpedes, até chegar à condição de ser humano, é inegável que o espiritismo se enquadra plenamente nessas condições de falsidade e erro.

O QUE O ESPIRITISMO ENSINA SOBRE OS ANJOS
Para o espiritismo não existem anjos nem demônios, embora a existência deles seja confirmada pelas Sagradas Escrituras. Segundo o Livro dos Espíritos, questões 128 a 131, os anjos seriam espíritos evoluídos, puros ou, seja: Deus os criou inicialmente ignorantes e rudes, e no difícil caminho do aperfeiçoamento, eles passaram pelos reinos mineral, vegetal e animal, entraram no corpo de macacos, evoluíram até chegarem ao estado de seres humanos, e depois de reencarnarem inúmeras vezes, tornaram-se espíritos de luz. Isto significa que Nero, Hitler, Lampião e outros terríveis homens sanguinários um dia serão anjos... E até o Diabo e seus auxiliares terão também a sua chancezinha, como cortesia da “bondade” do espiritismo!
Porém, Deus, através de sua Palavra, ensina à humanidade que os anjos foram criados por Ele. Divinamente inspirado, assim escreveu o profeta Neemias: “Só tu és Senhor, tu fizeste o céu, o céu dos céus, e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora” (Neemias 9.6). O apóstolo Paulo, mostrando que Cristo é o Criador e Deus, disse: “...pois nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam soberania, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por meio dele e para ele” (Colossenses 1.16). Portanto, os anjos foram criados, e não são produto da evolução reencarnacionista ensinada pelo espiritismo.

O DIABO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Quanto à existência de Satanás e seus anjos, Kardec explica que eles seriam tão-somente espíritos atrasados, impuros, mas que um dia chegarão à perfeição, tornando-se “anjos de luz". Em um comentário à questão 131 do Livro dos Espíritos, o maioral dos espíritas diz, sobre Satanás, ser “evidente que se trata da personificação do mal sobre a forma alegórica”, ou seja: O Príncipe das Trevas não passaria de uma invencionice, de uma fantasia.
Fazendo uso desse método destituído de qualquer seriedade e inegavelmente diabólico, Kardec diz que Jesus empregou palavras alegóricas ao falar do suplício eterno. É um dos comentários à questão 1009 do Livro dos Espíritos (que teria sido ditado pelo “espírito” de Lamennais): “Se, de acordo com os próprios evangelistas, tomando-se ao pé da letra as suas palavras alegóricas, o Cristo ameaçou os culpados com um fogo que não se extingue, com um fogo eterno, entretanto nada existe nessas palavras que prove tê-los condenado eternamente.”
E o que seria a eternidade então? Ora, todo ser humano em perfeito uso de suas faculdades mentais sabe que eternidade é aquilo que não tem fim. Diante da interpretação espírita contrária ao fogo eterno, um apologista cristão estudioso espiritismo ironizou: “Jesus fala em fogo eterno? Que nada, gente! (Diria Kardec). É alteração (alegoria). Deve ler-se fogo eterno.” Mais adiante, o leitor encontrará uma exposição da opinião espírita sobre o inferno.
Voltando a falar sobre a existência dos seres malignos, Kardec, no comentário à questão 131 do Livro dos Espíritos, reconhece que Jesus Cristo falou sobre a existência desses operadores do mal, porém não estava falando sério. “Não se sabe que a forma alegórica é uma das características da sua linguagem?” Porém, os seguidores dos ensinamentos tortuosos de Kardec devem se conscientizar de que a existência de espíritos maus é doutrina bíblica revelada por Deus. Pouco importa o nome que lhes dêem: espírito atrasado, diabo, satanás, demônio ou exu, o importante é que ninguém duvide que eles são seres espirituais, criaturas de Deus que se revoltaram contra o Criador e foram condenadas ao Inferno. Jesus declarou que o Diabo é “o inimigo” (Mateus 13.39) das nossas almas; é um “espírito imundo" (Marcos 3.30), “pai da mentira” (João 8.44 e “homicida desde o começo” (João 8.44).
Lendo as Escrituras, vemos também que entre esses espíritos há uma certa hierarquia; à frente deles está Satanás (ou Lúcifer). É contra esses seres das trevas que temos de lutar, contra o “reino de Satanás (Mateus 12.26), chamados também de “o dragão e seus anjos” (Apocalipse 12.7), “príncipe da potestade do ar”, o “espírito que agora atua nos filhos da desobediência (Efésios 2.2), “o deus deste século” (2 Coríntios 4.4). Jesus disse que quem satisfaz os desejos do Diabo, é filho do Diabo (João 8.44). O apóstolo Paulo, ao repreender ao mágico Elimas, chamou-o de “filho do Diabo” (Atos 13.6-12), e João, em sua primeira carta (3.8), disse: “Aquele que pratica o pecado procede do Diabo, porque o Diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do Diabo.”
Acima e infinitamente superior ao príncipe desde mundo está Jesus Cristo, o “Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Apocalipse 19.16). Ele é o Rei (João 18.37, e em suas mãos está todo o poder no Céu e na Terra (Mateus 28.18). Ele é o “soberano dos reis da Terra” (Apocalipse 1.5), e se fez carne entre nós “para destruir as obras do diabo” (1 João 3.8). Será que todos esses ensinamentos bíblicos sobre a existência e atuações de Satanás e seus anjos são pura alegoria? É evidente que não! O Diabo e seus anjos existem, porém Jesus veio para, através de sua morte expiatória na cruz, aniquilar o poder desse que imperava pela morte, o Diabo (Hebreus 2.14), que, após a vitória de Cristo sobre a Morte e o pecado, não é mais o senhor absoluto deste mundo. Ele é um vencido, e sua atuação na Terra findará no dia em que ele e os seus anjos forem lançados no Lago de Fogo por Aquele que disse: ”...eu sou o primeiro e o último, e Aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos, e tenho as chaves da morte e do inferno” (Apocalipse 1.17,18).

“NÃO EXISTE NEM CÉU NEM INFERNO", AFIRMAM OS DOUTRINADORES DO ESPIRITISMO
Muito esforço empreendeu Kardec para negar a existência do Céu e do Inferno. Além das dezenas de páginas ocupadas no Livro dos Espíritos com as costumeiras e diabólicas alegações de que as referências de Jesus e dos apóstolos sobre a existência de um lugar de suplício eterno e um lugar de felicidade eterna não passam de alegorias (fantasias, coisas irreais, figuradas), Kardec escreveu um livro, destinado a negar a existência do Céu e do Inferno, cujo título não poderia ser outro: O Céu e o Inferno, sob o perspectiva espírita.
Kardec diz que o Céu seria “os planetas habitados pelos espíritos evoluídos” (O Livro dos Espíritos, questões 1016,1017, nota.) Assim conclui, após uma série de argumentações fantásticas, com a costumeira falta de seriedade que caracteriza o maioral dos espíritas, o importante assunto da existência o Céu e do Inferno: “Assim, podemos dizer que prezemos em nós mesmos o nosso inferno e o nosso paraíso, e que encontramos o nosso purgatório em nossa encarnação, em nossas vidas corpóreas ou físicas.” Porém, sabemos que em dezenas de passagens bíblicas, o Céu é definido como habitação de Deus, e o lugar onde os justos viverão. O autor da Carta aos Hebreus fala do Céu como “uma cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o arquiteto e edificador” (Hebreus 11.10).
Quanto ao Inferno, diante da violência com que os doutrinadores espíritas o negam, será necessário nos estendermos um pouco mais nas provas de sua existência.

O QUE É O INFERNO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Apesar de os espíritas crerem que a lei do carma determina as vidas sucessivas, e que ninguém prestará contas, de uma vez por todas, a Deus, pelas faltas cometidas, os espíritas não negam a existência do castigo após a morte. Mas acreditam que o espírito só poderá ser castigado de duas maneiras: ou reencarnado para sofrer em uma nova existência, ou sofrendo como espírito errante, no Espaço. Esses são os espíritos que “precisarão de luz”, e de praticar “caridade” através do corpo dos médiuns, que enganosamente se entregam à possessão desses seres astutos, que não passam de demônios.
Ora, admitindo esse sistema de castigo, todos os doutrinadores do espiritismo se vêem diante da necessidade de negar a existência do Inferno, jamais aceitando que será para lá que irão aqueles que morrerem em seus delitos e pecados. Eis como se posiciona Kardec diante do assunto: “O espiritismo não nega, antes confirma a penalidade futura. O que ele destrói é o inferno localizado com suas fornalhas e penas irremissíveis.” (O Céu e o Inferno, FEB, Rio de Janeiro, 33a Ed., 1985, p. 65). Na página 66, Kardec continua a sua negação do Inferno:
“Seja qual for a duração do castigo, na vida espiritual ou na terra, onde quer que se verifique, tem sempre um termo (isto é: um fim), próximo ou remoto. Na realidade, não há para o espírito mais que duas alternativas, a saber: punição temporária e proporcional à culpa, e recompensa graduada segundo o mérito. Repele o espiritismo a terceira alternativa, da eterna condenação. O Inferno reduz-se à figura simbólica dos maiores sofrimentos, cujo termo [fim] é desconhecido.”
Kardecistas, umbandistas e os demais grupos componentes do espiritismo brasileiro defendem essas idéias. “O inferno não existe”, dizem uns. Outros concluem, com o semblante resignado e o tom de voz mais doutoral deste mundo: “O inferno é aqui mesmo!” Além do mais, os espíritas creem que terão de evoluir, reencarnando muitas vezes. E essa lei terá que ser declarada falsa por quem admitir a existência do Inferno. Diante disso, bradou furiosamente o espírita frances e sucessor de Allan Kardec, Leon Denis, no livro O Invisível (FEB, Rio de Janeiro, 5a ed., p.400): “Já não acreditamos num Deus colérico e vingativo, mas em um Deus de justiça e infinita misericórdia. O Jeová sanguinário e terrível fez sua época. O inferno implacável fechou-se para sempre.” Quer dizer: O Diabo aposentou-se, demitiu os seus “funcionários”, fechou o Inferno e tirou férias da prática do mal por tempo indeterminado... E quando ele, após as férias que lhe foram dadas por Leon Denis, voltar às suas atividades, adivinhem onde ele vai pedir mprego!
Irreverentes, blasfemos, e abomináveis, a maioria dos doutrinadores espíritas não mede palavras quando tenta desautorizar as doutrinas bíblicas, ou mesmo desafiar a Deus. Em uma discussão com o pastor Jerônimo Gueiros sobre a existência do Inferno, assim se expressou o polemista espírita Carlos Imbassy na página 158 do livro À Margem do Espiritismo: “Convença-se o nosso irmão pastor de que a Bíblia não se refere ao sofrimento eterno do condenado. Se conseguissem convencer-nos de que é isso que a Bíblia afirma, nós a renegaríamos como falsa; e se nos provassem que ela é autentica, nós renegaríamos o próprio Deus, porque não podemos adorar uma entidade cujos sentimentos de amor, justiça e misericórdia sejam inferiores aos nossos. E se há um Deus capaz de condenar uma de suas criaturas a sofrer eternos horrores por uma falta momentânea, cometida seja contra quem for, então esse Deus está muito abaixo da sola dos nossos sapatos. Nós nos julgaremos, por isso, muito superiores a um tal Deus”! É muita blasfêmia para uma só ocasião! Isto mostra claramente qual é a verdadeira natureza do espiritismo.
Satanás tem-se esforçado para levar os homens a acreditarem que Deus é um velhinho de longas barbas, muito “bonzinho”, cheio de presentes para dar a todos, e incapaz de castigar alguém com severidade, pois não sabe ser justo tanto quanto misericordioso. Analisando-se a doutrina da reencarnação, chega-se à conclusão de que o Deus em quem os espíritas creem, poderia conversar com eles nos seguintes termos:
“Ó meus filhos, não façam coisas erradas, ouviram? Eu ficaria muito triste com isso. Não gostei do que andaram fazendo alguns irmãozinhos de vocês. Ora, meus filhos, mas não é que o Nero, aquele garoto romano muito do peralta, mandou envenenar seu irmão, andou fazendo coisas feias com sua própria mãe, e depois mandou matá-la, mandou matar também sua mulher e milhares de outras pessoas: praticou atos homossexuais, mentiu, estuprou, tocou fogo em Roma e jogou a culpa do incêndio sobre os cristãos, resultando esse ato na morte de milhares deles, queimados em estacas enquanto Nero passeava em seu carro à luz das tochas humanas; lançou muitas crianças cristãs aos cães, enroladas em peles de animais, e divertiu-se ao vê-las ser despedaçadas; jogou centenas de outros diante de leões famintos, e depois de praticar inúmeras ações de menino mal comportado, matou-se, apunhalando-se.
“Vocês não concordam comigo que Nero merece uma boa punição? Mas não há de ser nada. Eu vou castigá-lo quando ele reencarnar. Talvez ele volte como limpador de jaula de leão de circo. Ah! Ele vai morrer de medo dos urros do leão! Bem feito para aquele garoto terrível. Assim estaremos quites com ele! Aí vocês aproveitam pra lhes uns conselhos a ele, e também a Herodes, conforme Kardec e seus “espíritos” deram a vocês.
“Muitos outros andaram fazendo certas coisinhas, como estuprar crianças, matar mulheres indefesas, jogar bebês para cima e apará-los na ponta de uma lança, mas tudo isso são coisas de meninos mal educados e ‘atrasados’, que não se comportaram direito na encarnação anterior. Mas ainda bem que vocês aí do espiritismo andam ensinando a reencarnação. Aliás, aproveito nossa conversa para confessar que estou com um probleminha aqui. Talvez vocês, como espíritas inteligentes que são, possam ajudar-me a resolvê-lo. Estou aqui com uma turma de garotos e planejo reencarná-los em breve; são meninos travessos que merecem um bom puxão de orelhas, umas palmadas e uns bons conselhos. Trata-se de Hitler e sua turma de meninos rebeldes: Eichman, Himmler, Hydrich e outros. Andaram assassinando aí uns 6.000.000 de judeus, e praticando certas coisas que nem é bom ser mencionadas aqui.
“O que é que eu faço com eles? Estive pensando em reencarná-los e torná-los lavadores de pratos, jardineiros ou faxineiros de restaurantes de judeus. Aí eles ajustariam contas comigo, não?! Ah! Como eu ia gostar de ver Hitler, Joseph Mengele e toda aquela turma com uma vassoura ou um cortador de gramas na mão, pagando todas a traquinagens que fizeram na Segunda Guerra Mundial!”
Considerando-se a permissividade e o inadmissível e absurdo sistema de justiça que o espiritismo prega aos que se interessam por suas doutrinas, certamente esse é o “Deus” do espiritismo, um “Deus” bonachão, permissivo, só misericórdia e pequenos castigos, e incapaz de agir com justiça diante das animalescas, satânicas e terríveis ações da humanidade.
Não pense o leitor que essa representação que fizemos aqui desse deus dos espíritas é fantástica e fora dos padrões de justiça pregados pelo espiritismo, pois o próprio Allan Kardec confirma esse sistema injusto, irracional, incoerente e enganoso da justiça divina segundo o espiritismo. Eis textualmente o que ele diz no livro O Céu e o Inferno (Idem, idem, p.64,65): “ Devido às suas imperfeições, o espírito culpado sofre primeiro na vida espiritual, sendo-lhe depois facultada a vida corporal como meio de reparação. É por isso que ele se acha nessa nova existência, quer com as pessoas a quem ofendeu, quer ainda em situações opostas à sua vida precedente, como, por exemplo, na miséria, se foi mau rico, ou humilhado, se foi orgulhoso.”
Brilhante, brilhante, Allan Kardec! Que exemplo de impacialidade, equidade, justiça à toda prova! O leitor tenha certeza de que esse não é o sistema de justiça do Deus soberano, justo e verdadeiro em que nós, os evangélicos, cremos. A reencarnação não é o sitema de justiça do Deus  revelou a dimensão do seu amor à humanidade, enviando o seu Filho Jesus Cristo para morrer em nosso lugar e garantir o perdão dos nossos pecados e nossa reconciliação com Ele, distantes que estávamos desde que o primeiro casal desobedeceu a Deus e arrastou todos os seres humanos para o pecado. Porém Cristo nos reabilitou perante Deus, abrindo-nos, através de sua morte e ressurreição, a única porta que nos conduz ao Céu. Ele, Jesus Cristo, é a única porta. Não há espiritismo, não há Kardec, não há reencarnação, não há espíritos, não há pastor que possa salvar o homem da condenação eterna do Inferno, a não ser Jesus Cristo.
Fora de Jesus não há salvação. Ai do espírita que não se arrepender e não aceitar Jesus como seu Salvador! Ai de quem seguir o conselho do sucessor de Allan Kardec, Leon Denis: “Não deis, pois, crédito algum às sombrias doutrinas que vos falam de leis ferrenhas ou, então, de condenação, de inferno e paraíso...” (O Problema do Ser, do Destino e da Dor, 6a ed., p. 436). Kardec diz que o Inferno para os espíritas seria a série de reencarnações punitivas a que estão condenados todos os espíritos imperfeitos e, algumas vezes, algum espírito adiantado, mas que tenha praticado um grande crime. (O Céu e o Inferno, idem, idem, p. 64,65).

CONTRARIANDO O QUE ENSINA O ESPIRITISMO, JESUS CRISTO CONFIRMOU A EXISTÊNCIA DO INFERNO
Ninguém se engane. Jesus Cristo não deixou dúvida quanto à existência do Inferno. São 15 as referências que ele fez ao lugar de tormento eterno. Nelas não há nenhuma alegoria. As expressões são claras: “...e estará sujeito ao inferno de fogo” (Mateus 5.22), “...e não seja todo o seu corpo lançado no inferno” (Mateus 5.29), “... e não vá todo o teu corpo para o inferno” (Mateus 5.30), “...temei antes aquele que pode fazer parecer no inferno tanto a alma como o corpo” (Mateus 10.28), “Descerá até ao inferno” (Mateus 11.23), “...o tornais filho do inferno” (Mateus 23.15), “...como escapareis da condenação do inferno?” (Mateus 23.33), e outras.
No Antigo Testamento, existem 10 referências sobre o Inferno, e o certo é que os escritores bíblicos anteriores ao tempo de Jesus referiram-se a esse lugar como local de punição eterna: “Os perversos serão lançados no inferno...”, diz o salmista (Salmo 9.17). No Novo Testamento, depois de Jesus, Tiago (3.6), Pedro (2 Pedro 2.4), e João referiram-se ao Inferno, sendo que João usou também um sinônimo: lago de fogo.

JESUS CRISTO VISTO PELO ESPIRITISMO
Aparentemente, o espiritismo prestigia a pessoa de Jesus, diz apoiar-se em suas doutrinas, considera-o justo. Quiséramos que fosse assim, e o caminho estaria aberto para os espíritas deixarem para trás os seus “espíritos” e aceitarem Jesus Cristo como Senhor e Salvador de suas vidas, pois Ele é o único que tem poder para perdoar, de uma única vez por todas, todos os nossos pecados, sem necessidade de alguém ficar preso ao enganoso ciclo reencarnacionista: ”E não há salvação em nenhum outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (Atos 4.11,12.) Nenhum outro nome, nenhum outro método, nenhum outro caminho há para a salvação, para se chegar ao céu, para se usufruir da vida eterna com Deus: só Jesus.
Tornamos a afirmar aqui: a doutrina espírita colide frontalmente com os ensinamentos bíblicos, e, arrogando-se ser a Terceira Revelação de Deus à humanidade, nega ou contradiz tudo o que Jesus ensinou sobre o perdão de pecados, a morte, a ressurreição, a salvação, o Céu, o Inferno, a vida eterna, e outras doutrinas.

O ESPIRITISMO NÃO RECONHECE A OBRA EXPIATÓRIA DE JESUS
Ensinando que cada um é responsável pela sua própria salvação (“Cada qual deve resgatar-se a si mesmo; resgatar-e da ignorância e do mal. Nada exterior a nós poderia fazê-lo”, afirma taxativamente Leon Denis no livro Cristianismo e Espiritismo, FEB, Rio de Janeiro, p.88), o espiritismo não reconhece em Jesus Cristo o Salvador da humanidade, aquele que morreu na cruz para nos redimir dos nossos pecados: “...Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-nos a Deus...” (Pedro 3.18). É em Cristo que “Temos a redenção pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Efésios 1.7).
Porém, confirmando sua natureza anticristã e diabólica, o espiritismo afirma que cada um deve remir-se a si mesmo, por suas próprias obras. Enquanto a Palavra de Deus afirma: “...pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie” (Efésios 2.8,9), o órgão oficial da Federação Espírita Brasileira, o jornal O Reformador (há quase 60 anos, o que mostra o quanto esse posicinamento é antiogo entre nós), em seu número de outubro de 1951, p.236, afirma justamente o contrário: “A salvação é ponto de esforço individual que cada um emprega, na medida de suas forças.” Ainda haverá dúvida de que o espiritismo é a negação total do cristianismo?
Ao dissertar sobre o assunto, Allan Kardec mostrou-se incapaz de reconhecer que em nós mesmos não havia mérito algum que nos tornasse dignos da salvação; por isso, Jesus Cristo, colocando-se em nosso lugar, morreu por nós e nos redimiu da culpa do pecado – nossa herança desde a queda de Adão. Portanto, todo aquele que aceitar Jesus como Salvador será salvo; “não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo, que ele derramou por nós ricamente, por meio de Jesus Cristo nosso Salvador, a fim de que, justificados por graça, nos tornemos seus herdeiros, segundo a esperança da vida eterna” (Tito 3.5,6,7). Portanto, Deus nos salvou “...não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus antes dos tempos eternos” (2 Timóteo 1.9).
Porém, contrariando todo esse ensinamento bíblico, Kardec, enganosa e blasfematoriamente, ensina que a graça é coisa que não existe, porque “seria uma injustiça” (O Evangelho Segundo o Espiritismo, 39a. ed., 1950, p.76). “Todos são filhos de suas próprias obras” (A Gênese, 1949, pg. 28), e “Toda falta cometida, todo o mal realizado é uma dívida contraída que deverá ser paga; se o não for em uma existência, sê-lo-á na seguinte ou seguintes” (O Céu e o Inferno, 16a. Ed., 1950, p. 88), ensina enganosamente Allan Kardec, e com isso enquadra-se perfeitamente na condição descrita pelo apóstolo Paulo em Gálatas 1.8,9: “Mas, ainda que nós, ou mesmo um anjo vindo do Céu, vos pregue evangelho que vá além do que nós temos pregado, seja anátema. Assim como já dissemos, e agora repito, se alguém nos prega um evangelho que vá além do que nós temos pregado, que seja anátema” (isto é:maldito).
Apresentando o espiritismo como Terceira Revelação, superior ao que foi revelado à humanidade através de Moisés e dos profetas, e dizendo que o espiritismo é superior aos ensinamentos do próprio Jesus Cristo, Kardec arranca a máscara de hipocrisia do sistema religioso cujas doutrinas foram codificadas por ele, mostrando sua condição de anátema, de condenado por Deus, de maldito. Àqueles que, diante de tudo o que foi apresentado até agora, ainda insistem em argumentar que esse terrível sistema de rebelião contra Deus não merece o título de blasfemo, e não se enquadra na condição de anátema apresentada pelo apóstolo Paulo, nós apresentamos, como prova (mais uma delas) de sua irreverência e malignidade o seguinte trecho de livro Cristianismo e Espiritismo (5a. ed., FEB, p.88), escrito pelo sucessor de Allan Kardec, Leon Denis: “Não, a missão de Cristo não era resgatar com o seu sangue os crimes da humanidade. O sangue, mesmo de um Deus, não seria capaz de resgatar ninguém. Cada qual deve resgatar-se a si mesmo; resgatar-se da ignorância do mal. Nada de exterior a nós poderia fazê-lo. É o que os espíritos, aos milhares, afirmam em todos os pontos do mundo.”
Diante de tantos ensinamentos enganosos e blasfemos, é importante que isto fique claramente estabelecido aqui: ou Kardec ou Jesus. Ou fica-se com Allan Kardec e as blasfematórias doutrinas espíritas, ou fica-se com Jesus Cristo e as doutrinas evangélicas, os ensinamentos daquele que afirmou:”Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao pai senão por mim”(João 14.6). Fazer esta distinção é importante, pois milhões de pessoas estão envolvidas com as práticas espíritas pensando estar seguindo a Jesus e sendo orientadas por ensinamentos bíblicos.

“JESUS CRISTO NÃO É DEUS", DIZEM OS DOUTRINADORES ESPÍRITAS
Vejamos o que Jesus Cristo representa para os doutrinadores espíritas. Se Ele não é o Salvador da humanidade, que papel lhe atribui então o espiritismo? “... ele era médium de Deus”, diz irreverentemente o profanador Kardec (A Gênese, 1949, p. 294). O espiritismo nega a divindade de Jesus, porém os seus doutrinadores hipocritamente continuam a enganar o povo, dizendo que as doutrinas espíritas “repetem tão-somente os ensinamentos do Filho de Deus”. A propósito, sabe o leitor em que sentido o espiritismo admite ser Cristo o Filho de Deus? Eis o sentido, nas palavras do próprio Allan Kardec: “Digamos que Jesus é Filho de Deus, como todas as criaturas, que ele chama a Deus pai, como nós aprendemos a tratá-lo de nosso pai. É o Filho bem amado de Deus, porque, tendo alcançado a perfeição, que aproxima de Deus, a criatura, possui toda a confiança e toda a afeição de Deus. Ele se diz Filho Único, não porque seja o único ser que haja chegado à perfeição, mas porque era o único predestinado a desempenhar aquela missão na terra.” Nesses termos de inspiração maligna, Kardec tenta espezinhar Jesus Cristo e negar sua divindade, considerando-o tão-somente um homem que evoluiu, reencarnando-se muitas vezes. (Aconselhamos o leitor a ler os nossos estudos sobre a divindade e a messianidade de Jesus, postados neste blog).
Para encerrar este estudo, vejamos mais algumas dessas desmascaradoras opiniões do espiritismo sobre Jesus, pois, conforme declarou um estudioso do assunto, “a melhor arma para combater o espiritismo é a sua própria doutrina, tal qual está nos melhores autores espíritas. Basta mostrar todo esse aglomerado de incongruências, contradições, disparates, tolices, absurdos, heresias e blasfêmias”. (Boaventura Kloppenburg. O Espiritismo no Brasil, Vozes, Petrópolis, 1960, p. 367.)
Leon Denis, talvez competindo com Allam Kardec em quantidade de blasfêmias e ensinamentos enganosos, diz, na página 81 do livro Cristianismo e Espiritismo, que “Jesus era um divino missionário, dotado de poderosas faculdades, um médium incomparável”, e, na página 81 do livro Depois da Morte (6a. edição), Leon Denis mostra o que é que o espiritismo quer dizer quando hipocritamente trata Jesus Cristo de “o divino Jesus”: “Nele vemos o homem que ascendeu à eminência final da evolução, e neste sentido é que podemos chamar de deus.” Em outras palavras: Jesus seria tão-somente um homem que evoluiu reencarnacionisticamente, mediunicamente! E ainda há pessoas que acreditam nas “boas intenções” do espiritismo, desse conjunto de doutrinas e práticas inspiradas por Satanás!
Não poderíamos deixar de desmascarar aqui, aos próprios espíritas (muitos deles não estão ainda plenamente conscientizados da malignidade, posição anti-bíblica e blasfêmias das doutrinas espíritas) as palavras hipócritas de Kardec, sobretudo as que ele deixou registradas na seção VIII (conclusão) do Livro dos Espíritos: “Os espíritos – perguntam algumas pessoas – nos ensinam uma nova moral, qualquer coisa de superior ao que Cristo ensinou? (...) Não, o espiritismo não encerra uma moral diferente daquela de Jesus." Eis o mais fiel retrato da hipocrisia!
Não nos deteremos mais em demonstrar o que ficou por demais demonstrado ate aqui: que o espiritismo construiu o seu conjunto de doutrinas em cima da negação total das doutrinas bíblica. E o mais grave de tudo isso tem sido sua atitude para com Jesus Cristo e o Espírito Santo de Deus, negando a divindade de Jesus, e arrogando-se em ser o próprio Consolador prometido! Nas páginas 12 a153 do livro Obras Póstumas (21a. edição, 1985), Kardec deixou um “estudo sobre a natureza de Cristo”, onde a divindade de Jesus é literalmente negada. Segundo Kardec, nem os milagres, nem as palavras, nem as confirmações dos apóstolos provam a divindade de Cristo. Ele chega ao cúmulo de afirmar que, se por acaso Jesus afirmou que era Deus, não estava falando a verdade. “Das suas afirmações espontâneas, deve-se concluir que ele não era Deus, ou que, se disse que era, voluntariamente e sem utilidade, fez uma afirmação falsa.” (Op. Cit., p. 132). Cala a boca, Satanás! Tenha mais respeito ao falar sobre Jesus, Aquele diante do qual você há de se ajoelhar um dia, e confessá-lo como único Deus. E eu e todos os demais irmãos meus que compõem a Igreja estaremos lá, sorridentes ao lado do nosso Senhor, Salvador, Mestre e Rei Eterno Jesus Cristo, para ver isto acontecer!

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Missionário Ripari libera seus CDs, DVDs e E-books para baixar gratuitamente

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 Como prova do seu amor ao  único Deus, o missionário Ripari colocou seu material, como DVDs, CDs e Impressos para você fazer Download GRATUITAMENTE.

Exemplos de materiais disponibilizados:

Downloads de DVDs inteiros de mensagens:

DVD 01: "Ame seu pastor, o anjo da igreja"
DVD 02: "Cadê a Família?"
DVD 03: "Você faz o Natural e Deus o Sobrenatural"
DVD 04: "Quem bagunçou a minha casa?"

Downloads de mensagens em áudio:

CD "Babá Eletrônica"
CD "Ame seu Pastor. O Anjo da Igreja"CD "Uma Vida de Oração"
CD "A Importante Missão de Discipular a Família"CD "Poço, um Lugar de Experiência com Deus"
CD "Família. Cadê a Família?"
CD "Prosperidade"
CD "Liderança. Chefe ou Líder"
CD "Família. Quem manda em sua Casa?"
CD "Restaurando Sonhos "
CD "Nada é Impossível para Deus"

E ainda todos os e-book (tive o privilégio de fazer as capas) também estão disponíveis para  Download.

Acesse o site: www.ripari.com.br

Não esqueça de parabenizar o Miss. Ripari por esse iniciativa.

Eu já o parabenizo por aqui. Que o Senhor te abençoe varão valoroso.


Naasom A. Souza  
Via blog Letras Santas -  http://letrassantas.blogspot.com/

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Antologia de Poesia Missionária - Um livro gratuito para você

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Amados irmãos, é com grande alegria que apresentamos e disponibilizamos para download gratuito o livro eletrônico Antologia de Poesia Missionária.

A obra, organizada por Sammis Reachers, editor dos blogs Poesia Evangélica e Veredas Missionárias (entre outros), reúne belíssimos poemas de, sobre e para Missões, da lavra de diversos poetas evangélicos. O livro (de 108 págs. em formato PDF) traz ainda, como Apêndice, uma seleção de frases sobre Missões e Evangelismo.

Além de ser um subsídio devocional para edificação de toda a igreja, o livro objetiva ser uma ferramenta de auxílio a promotores de missões, pastores e missionários de todas as denominações, com poemas para serem declamados em cultos e eventos missionários, e publicados em sites, blogs, jornais e informativos de igrejas, missões e etc.

Baixe gratuitamente o livro, leia e compartilhe com seus irmãos. O livro não pode ser vendido, mas você pode redistribuí-lo eletronicamente, ou imprimi-lo para uso próprio ou distribuição a interessados.

E mais: Se você possui blog ou site, ou é responsável por site institucional (de Igrejas, Missões, Agências Missionárias, Ongs, etc.), convido-lhe a disponibilizar este livro a partir do mesmo, ajudando a promover o amor pela obra missionária, e edificando seus leitores. Não é preciso autorização prévia para isso, nem é necessário me comunicar.

PARA BAIXAR O LIVRO, Clique Aqui.

E se você está numa lan house que não o permite, ou por qualquer outro motivo não pode fazer o download, leia o livro online, Clicando Aqui.

Que o Senhor nosso Deus lhe abençoe, e una-nos cada vez mais no objetivo de alcançar os inalcançados, estejam eles próximos ou distantes.

Um fraterno abraço de seu irmão e conservo Sammis Reachers

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Desempenho e isolamento acústico nas igrejas - Entrevista com Miriam Jerônimo Barbosa

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Por Instituto Jetro

Assunto recorrente nos jornais é o fato das igrejas ultrapassarem os decibéis permitidos por lei e que são denunciadas por "atrapalharem" sua vizinhança com "o barulho" em seus cultos e atividades.

Mas como podemos evitar que as músicas e orações que entoamos ao Senhor não sejam um "incomodo" e motivo de mau testemunho para os nossos vizinhos?

Em busca de respostas para uma adequação acústica em nossas igrejas é que entrevistamos a Drª Miriam Jerônimo Barbosa. Profª Miriam é engenheira civil pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), especialista em Controle do Ambiente em Arquitetura. Mestre pela Escola de Engenharia de São Carlos (EESC/ USP) em Arquitetura, doutora em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professora da Universidade Estadual de Londrina (UEL) desde 1980 atuando nas áreas de Materiais e Componentes de Construção, Desempenho Térmico e Acústico de Edificações, Adequação Ambiental e Ergonomia.


 
Qual a importância de se garantir o conforto térmico-acústico nos ambientes das organizações?

Miriam - Para melhor compreensão, pode-se entender conforto ambiental como o conjunto de exigências que o usuário espera encontrar nos ambientes por eles ocupados para as suas atividades diárias de viver, conviver, trabalhar, estudar, descansar e etc. A inadequação destes ambientes é visualizada pela insatisfação de seus usuários.
Os ambientes devem oferecer para os seus usuários as condições favoráveis para o perfeito funcionamento das atividades a serem ali desenvolvidas sem que aconteça um esforço maior dos usuários, evoluindo para um nível de estresse, permitindo assim, situações de fadiga e até a instalação de patologias. Assim pode-se considerar que um ambiente apresenta um bom desempenho térmico ou acústico quando oferece condições favoráveis ao desenvolvimento de atividades, sem o risco de prejudicar ou atrapalhar seus usuários no exercício destas atividades.
Portanto a garantia de uma boa resposta térmica e acústica dos ambientes representa a satisfação dos usuários destes ambientes e esta satisfação é de fundamental importância para a saúde, a produtividade, a harmonia, o desenvolvimento social, a paz e a felicidade em geral.

Qual a diferença do isolamento acústico e do controle de reverberação (absorção)?

Miriam - O isolamento acústico é toda ação que tenta interromper a propagação do som. O ruído ou som, ou energia sonora, sai de uma fonte sonora, se propaga e chega até uma recepção sonora. O meio de propagação é o ar contido no espaço usado. A recepção é aonde o som chega. Então a propagação se dá entre a fonte e a recepção. Um exemplo de fonte sonora é um apito na boca de uma criança. Quando a criança sopra o apito, o som se propaga no ar e chega até aos ouvidos das pessoas que compartilham com a criança o mesmo ambiente. Os ouvidos das pessoas são pontos de recepção.
O isolamento pode ser feito na fonte, na recepção ou na propagação. Entre dois ambientes construídos o isolamento mais efetivo é obtido pelo enfraquecimento da propagação sonora através de uma barreira que secciona a propagação do som. Esta barreira pode ser conforme a Lei de Massa na qual o peso da barreira é proporcional ao enfraquecimento, ou pode ser com múltiplos painéis paralelos aonde se alternam efeitos de reflexão e absorção.
O controle da reverberação é diferente do isolamento por que no isolamento o objetivo é impedir a propagação do som e no controle da reverberação o objetivo é controlar a intensidade e o tempo de permanência das reflexões sonoras dentro do ambiente.
O isolamento é requerido quando a questão é impedir o vazamento de som de um ambiente para outro. Já o controle da reverberação é requerido quando a questão é melhorar a qualidade da propagação de som dentro de um ambiente para se obter melhor inteligibilidade sonora. Em outras palavras o isolamento é para impedir os sons indesejáveis de fora para dentro ou de dentro para fora dos ambientes e o controle da reverberação é um tratamento interno para modelar o som dentro do ambiente.
A absorção sonora é um fenômeno físico muito utilizado para o controle da reverberação. Para entender melhor o fenômeno é bom relembrar os conceitos da física de reflexão, absorção e transmissão de radiações.
A propagação sonora também é uma radiação que atingindo um obstáculo, parte da incidência vai ser absorvida, outra parte vai ser transmitida e uma terceira parte vai ser refletida. A reverberação pode ser controlada reduzindo-se a parcela refletida, para evitar as várias reflexões em direções e tempos desencontrados, que resultam em desarmonia sonora dentro do ambiente.
A forma mais usada para reduzir a reflexão é através da absorção. As superfícies lisas e duras são refletores de sons e as superfícies macias, flexíveis, porosas e fibrosas são absorvedoras de sons.

Quais os materiais utilizados no isolamento e no controle de reverberação?

Miriam - Basicamente para isolamento de som de um ambiente para outro, usa-se paredes e coberturas maciças e pesadas. Mas o isolamento também pode ser obtido com materiais leves, só que para isto deve-se trabalhar com painéis múltiplos paralelos alternando-se absorção e reflexão. No caso de salas especiais e edifícios é mais simples trabalhar com as paredes e coberturas maciças e pesadas, a não ser que por outros motivos seja proibitivo o uso de sobrecargas.
Como exemplo de paredes maciças e pesadas pode-se citar as alvenarias de blocos pesados de concreto ou tijolos cerâmicos maciços ou ainda paredes monolíticas de concreto pesado. As coberturas pesadas são as formadas por telhas cerâmicas e lajes maciças ou lajes mistas com camada espessa de concreto.
Já no caso do controle de reverberação é necessário o uso de superfícies absorventes aparentes, voltadas e expostas para o espaço interno. Isto é complicado porque as superfícies absorventes são frágeis e vulneráveis, demandando maior cuidado na especificação destes materiais para não serem causadores de outros problemas relacionados com dificuldades na manutenção e limpeza do ambiente.

Qual é o melhor material acústico? Qual é o mais utilizado em igrejas?

Miriam - A madeira é um bom material para tratamento acústico por que tem um desempenho contrário aos outros materiais de revestimento. Ou seja: absorve melhor os sons de baixa freqüência (graves) e menos os sons de alta freqüência (agudos).  A madeira deve ser sempre adotada como material de revestimento interno para manter a linearidade de absorção requerida para um bom desempenho acústico de salas especiais. As igrejas deveriam usar os revestimentos de madeira. 

Quando o forro acústico é indicado? E o jateamento de fibras mineral e vegetal?

Miriam - O forro acústico pode funcionar como elemento de isolamento quando necessário e também para o controle da reverberação. Quando o espaço é muito grande a superfície da cobertura é a maior responsável pelo vazamento de som. Mas em se tratando de controle da reverberação o forro é a superfície mais indicada para trabalhar o tratamento acústico do espaço, por estar mais exposta para o interior do espaço e por estar mais livre e disponível para ser recoberto com materiais absorventes.
As fibras minerais jateadas funcionam como materiais absorventes. Não é muito indicado que estes materiais fiquem livremente expostos para o ambiente ocupado pelos usuários, porque podem soltar partículas com o tempo. O ideal é que estes jateados fiquem entre os painéis paralelos múltiplos, alternando reflexões e absorções, e assim possam apresentar um efeito de isolamento acústico.

O isolamento acústico é um alto investimento?

Miriam - Considerando a complexidade do que já foi exposto, o custo do isolamento acústico é sempre maior do que se espera. Pode-se supor que o desembolso para obter-se um isolamento acústico satisfatório é da ordem de uma construção dupla, por que terá paredes externas duplas e cobertura dupla. 
A tecnologia já foi desenvolvida, os materiais também existem e estão no mercado dos grandes centros prontos para serem comprados e aplicados, mas as soluções têm um custo muito alto e não adianta usar as similares mais baratas, por que o barato sai sempre mais caro. 

Quais os conselhos que daria para os administradores, gestores, pastores ou líderes que desejam melhorar a acústica da sua igreja ou organização? 

Miriam - Antes é preciso uma conscientização mais concreta do problema.
Porque isolar e tratar o som?
Estamos falando de tempos onde temos aparatos tecnológicos com capacidade para elevar o nível de pressão sonora acima dos níveis aceitáveis para o sistema auditivo humano. E esta novidade é adotada naturalmente com a justificativa de facilitar a comunicação em massa.
Aqui cabe mais uma questão para reflexão: é lícito gerar sons de níveis acima dos nossos limites de aceitabilidade para depois ter que usar também uma tecnologia desenvolvida para conter, abafar e enclausurar toda esta energia gerada? Será que estamos usando práticas sustentáveis para o desenvolvimento das nossas atividades ou será que devemos repensar os nossos caminhos?

Mas admitindo que seja toda esta adoção de evolução tecnológica, uma saída inevitável para as práticas das atividades culturais e sociais dos tempos atuais, então temos mesmo que adotar as novas tecnologias desenvolvidas para resolver os problemas que nós mesmos criamos.

Não é admissível fazer um bom isolamento acústico e não tratar o espaço interno. Esta atitude denota só uma preocupação em cumprir com as exigências legais para se ver livre do problema. A atitude consciente é aquela que se preocupa em eliminar o incômodo dos usuários do espaço público e também promover o conforto dos usuários do seu espaço interno ou de sua comunidade.

Os espaços com pé direito mais altos têm acústica melhor. A proporção certa é que a menor dimensão entre altura, largura e comprimento, do espaço, não seja menor que um terço da maior dimensão.
Quanto mais altas forem as dimensões do espaço, menores serão os problemas acústicos a serem resolvidos. Um bom tratamento acústico deve contar com painéis refletores para uma boa distribuição da energia sonora.
A área de materiais absorventes deve ser bem distribuída nas superfícies internas do espaço. Os grandes salões geradores de altos níveis sonoros devem ser localizados no centro e os espaços de administração, circulação, serviços etc. devem ser periféricos.
Os barracões de coberturas leves e fechamentos laterais com espessura menor que 15 cm, fatalmente serão espaços com um desempenho térmico e acústico deficiente.
Os templos construídos na Europa, na idade média, apresentam um bom desempenho acústico por que são usados materiais pesados e os espaços internos são grandes e altos.

Reprodução autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e a fonte como: http://www.institutojetro.com/ e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com.

Leia também:
Primeiros passos para a edificação de templos
Vistoria nas igrejas II

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Postagens sobre o Dia das Mães em diversos blogs

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 "Mother and Child" Print
Mother and Child - Louis Toffoli

Postagens sobre o Dia das Mães

Em homenagem ao Dia das Mães, publiquei diversos textos relacionados à data, em alguns dos blogs que edito, ou onde colaboro. Dê uma olhada:

No Cidadania Evangélica: Conheças as Mães Sociais
No Veredas Missionárias: Simplesmente Márcia (o tocante testemunho sobre a mãe do Pr.Joed Venturini)
No Poesia Evangélica: Dois poemas de Norma Penido sobre as Mães
No Azul Caudal: A mãe que teve mais filhos até hoje...
No Bradante: A figura materna pelo pincel de grandes pintores
No Imagens Cristãs: Imagens sobre Mães, de uso livre não-comercial para seu blog ou site