domingo, 27 de fevereiro de 2011

SEGUNDA-FEIRA DE CINZAS

Quarta-feira de cinzas, obra do pintoralemão Carl Spitzweg

Derli Machado


Às vésperas do carnaval, fantasias e alegorias de três escolas de samba viraram cinzas no incêndio que atingiu a Cidade do Samba no Rio. Esse episódio me fez lembrar Sodoma e Gomorra. Segundo a narrativa bíblica, um incêndio devastou essas duas cidades da antiguidade: “Disse mais o SENHOR: Com efeito, o clamor de Sodoma e Gomorra tem-se multiplicado, e o seu pecado se tem agravado muito” (Gênesis 19.20); “Então o Senhor, da sua parte, fez chover do céu enxofre e fogo sobre Sodoma e Gomorra”(Gênesis 19.24). Como está bem claro no texto, ao contrário do primeiro, ocorrido na última segunda-feira 07/02, cuja causa ainda é desconhecida (provavelmente falta de prevenção), o incêndio histórico teria sido provocado pela depravação total dos habitantes daquelas cidades. Retificando: 99,99 %. Ló, aparentemente, era o único justo naquele meio. “e livrou o justo Ló, afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados” (2 Pedro 2.7).

Sodoma e Gomorra tornaram-se símbolos de vício e iniquidade (a palavra “sodomia” passou a ser usada para designar as perversões sexuais) e exemplo para os ímpios do futuro, inclusive os do século XXI: “e, reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente” (2 Pedro 2.6).

O Brasil é tradicionalmente conhecido como o país do carnaval, e muitos até se orgulham dessa “identidade nacional”, sob a alegação de que faz parte da cultura. No entanto, longe de ser apenas uma “festa cultural”, o carnaval é uma festa pagã que celebra as paixões carnais. Vincula-se historicamente à homenagem ao deus Baco, patrono da orgia, da embriaguês e dos excessos da carne. Atualmente o carnaval é sinônimo de toda espécie de orgia sexual, consumo de drogas, além de assassinatos e toda sorte de violência.

Durante a festa da “carne”, o Rio de Janeiro, fevereiro e março (e milhares de cidades desse país) se transforma em Sodoma e Gomorra moderna: “cidade maliciosa, cheia de enganos mil, cidade maliciosa, o insensato coração do meu Brasil”.

A Bíblia faz advertência contra a carne: “Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas , se pelo Espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis” (Rm 8.13). A Palavra de Deus diz que "os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz" (Rm. 8.5-6).

Sodoma e Gomorra tornaram-se também exemplo de condenação eterna: “... o Senhor sabe livrar da provação os piedosos e reservar, sob castigo, os injustos para o Dia de Juízo, especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo...” (2 Pedro 2.10).

E você? Vai ficar em Sodoma e Gomorra, em meio à imundície, ou vai deixá-las como fez o justo Ló? O ministério do Bem-Estar espiritual adverte: não faça como a mulher dele que olhou pra trás e se deu mal; virou estátua de sal.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Global Media Outreach - Ministério de Evangelismo Online Alcança 687.000 em Um Dia

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Um ministério de alcance que é especializado em compartilhar o evangelho através de mídia online anunciou, quarta-feira, que alcançou o recorde de 687.000 em apenas um dia no ano passado.

Global Media Outreach, fundada em 2004 pelo Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo, disse que em apenas um dia em Dezembro de 2010 alcançou esse número alto no ministério. As 687.000 pessoas dos quais a GMO disse que apresentou o evangelho foram de um total de 191 países, e que de um número total de 56.854 pessoas indicaram uma decisão para Jesus Cristo.

O representante de mídia de internet, Monica Sales, explicou que a contagem do GMO apresentando o Evangelho a uma pessoa que alguém submeteu um pedido para um dos websites GMO para falar com um missionário online.

Há mais de 5.500 missionários online da GMO treinados em todo o mundo que respondem à perguntas feitas por candidatos através de emails. Os missionários online são voluntários que respondem aos emails sempre quando eles têm tempo, então essencialmente qualquer Cristão que atende aos requisitos básicos podem ser um missionário GMO.

Esse sistema de evangelismo permite aos Cristãos fazerem missão sem ter deixar seus locais de trabalho tempo integral ou relocarem-se.

Mas Walt Wilson, presidente e fundador da GMO, esclareceu que o objetivo do ministério não é somente obter pessoas para tomarem decisões para Cristo online, mas para discipular novos crentes e para conectá-los com a Igreja local.

“Além disso para o evangelismo online, nós expandimos nossas ofertas de discipulado em 2010 para agora incluir sistemas de estudos em uma plataforma e-learning, para que o processo possa ser medido e monitorado por um crente novo individual,” disse Wilson em uma declaração quarta-feira.

O GMO tem mais de 150 websites que buscam atrair aqueles que estão buscando por repostas online. Alguns dos websites de língua inglesa da GMO, incluemWhoisJesus-Really.comGodLovestheWorld.com4StepstoGod.com, eGrowinginChrist.com, entre muitos outros.

Em abril passado, Wilson disse que ele acredita que com a teconologia atual há o potencial de compartilhar o Evangelho com todos na terra até 2020.

“Nós somos a primeira geração em toda a história humana obtendo em nossas mãos a tecnologia para alcançar todo homem, mulher e criança na terra até 2020,” disse Wilson, um ex-executivo da Apple, durante o iSummit no Biola University. “Nossa geração tem no seu entender tudo o que é necessário para cumprir com a Grande Comissão.”

A GMO irá passar por algumas mudanças logo, incluindo separar-se de CCC, anunciou quarta-feira. Os dois ministérios de evangelismo, contudo, planeja permanecer parceiros próximos. O presidente da CCC Steve Douglass irá ser membro do conselho de administração da GMO.

“Nossa visão com a ajuda de Deus permanece a mesma: Dar a cada pessoa na terra, múltiplas oportunidades de aceitar Jesus,” disse Wilson. “Nós estamos orgulhosos por ter sido uma parte formal da Cruzada Estudantil e esperaremos por novas oportunidades que a parceria pode trazer. Nós confiamos em Deus por um grande ano pela frente.”

O ministério evangelístico por internet também vai consolidar seus mais de 150 sites este ano em uma fonte, Godlife.com.

Em 2010, GMO disse que apresentou o Evangelho a mais de 112 milhões de pessoas e viu mais de 15 milhões indicarem uma decisão por Cristo.

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Uma Biblioteca Virtual a serviço da Igreja



Amigo leitor, você já conhece a Biblioteca Virtual Letras Santas? Ela reúne centenas de materiais (ebooks, apostilas, apresentações) de interesse evangélico ou de utilidade pública, sendo farta a literatura missionária. A cada semana novos itens são acrescentados ao acervo.


Vale citar o diferencial desta Biblioteca: TODOS os itens são liberados para download gratuito por seus próprios autores (escritores, Ministérios, Ongs, Órgãos Governamentais, etc). Já há alguns anos pesquisamos a internet (evangélica e secular) em busca de material de interesse e de download legal, e reunimos tudo aqui.

Veja alguns dos acréscimos, apenas da última semana:



Como Orar por Missões (ebook do Pr. José Bernardo, presidente da Missão Amme Evangelizar)

O Último Herói do Titanic, de John Harper (livro impresso agora gentilmente disponibilizado como ebook pela Chamada da Meia-Noite

El Metodo Del Camello (Livro de Kevin Greeson, 125 páginas, sobre um método para evangelizar muçulmanos. Gentilmente disponibilizado por Movilización Hispana, em espanhol) 

The Great Omission: A Biblical Basis for World Evangelism (de Robertson McQuilkin, livro disponibilizado por Operation World, em inglês) 

Recomendações de Segurança para Condomínios e Residências (cartilha elaborada e disponibilizada pela Polícia Civil de SP)


Visite, leia e compartilhe! E caso queira inserir o banner deste serviço em seu blog ou site, copie a imagem abaixo e insira em seu blog, junto com o link acima (Para fazer isso é simples, vá até Design, depois clique em adicionar gadget, e então, clique na opção em que esteja escrito "imagem". Você verá as caixas de texto título, legenda e, debaixo, link direcionado. Aí é só inserir o link citado. Isso é útil para aqueles que não sabem criar banners com código html).



Colabore também com a ampliação de nosso acervo: se você conhece ou é autor de material relevante e disponibilizado gratuitamente (que ainda não conste de nossa Biblioteca), envie o link ou a dica para mim: sammisreachers@ig.com.br

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A MISSÃO DA IGREJA NO NOVO SÉCULO É CUMPRIR O IDE

A missão da igreja no novo século é cumprir o Ide de Jesus atenta às transformações do tempo

Quando estudamos sobre a missão da Igreja no mundo, observamos que é uma missão simples e gloriosa. O evangelista Marcos definiu bem o que Jesus falou sobre essa missão: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura”. O que entendemos nessa ordem é que a Igreja deverá ir por todo o mundo e existe uma finalidade para isso. Atingirmos o mundo tem como fim principal executarmos a propagação do Evangelho do Senhor Jesus. Não é um evangelho próprio, da forma que queremos pregar, é o Evangelho de Jesus. Sobre esse Evangelho, falou o apóstolo Paulo: “Porque não me envergonho do evangelho de Jesus Cristo, pois é poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego”, Rm 1.16. A missão da Igreja não mudou. Continua a mesma. Isso porque o Evangelho é o mesmo. O Evangelho de Jesus não muda, então a missão da Igreja também não muda.

Devemos ter cuidado é com os métodos de evangelismo, pois estes, sim, sofrem mudanças importantes de acordo com as mudanças dos tempos. Não podemos evangelizar nos dias de hoje como evangelizávamos 20 ou 30 anos atrás. Não dá certo. Os métodos deverão ser outros, senão não conseguiremos atingir os nossos objetivos com o nosso trabalho.

Estamos vivendo em um ponto decisivo da História. As mudanças em nossos dias são radicais e importantes. As coisas mudam com tanta rapidez que as únicas organizações que sobreviverão são aquelas cujo gerenciamento acompanhará as mudanças necessárias estabelecidas por este novo tempo.

Transformações

Com as mudanças dos tempos, está ocorrendo uma grande transformação em vários aspectos, que nos forçam mudar as estratégias no nosso campo de ação. Entre essas, destacaremos algumas:

1) Internacionalização – Devido às emergências da ideia global, a internacionalização facilita a comunicação. Em um só instante, descobrimos o que acontece em todo o mundo. Outro ponto importante da internacionalização é a migração de imensa quantidade de pessoas, que traz para a igreja uma série de implicações, e não só para a igreja, mas para a sociedade como um todo.

2) Urbanização – Segundo as estimativas, neste século, 50% da população mundial habitarão nas cidades, entre as quais 17 terão mais de dez milhões de habitantes, sendo sete delas no mundo mulçumano. A pobreza e a fome agora são maiores do que nunca na história da humanidade. Alguns sugerem que 900 milhões de pessoas serão pobres nesta época, 100 milhões das quais em pobreza absoluta. O desafio para o movimento missionário será tão esmagador que as missões terão de ser, por assim dizer, reinventadas. Se a Igreja deseja conquistar esta geração, precisa encontrar um jeito de manter apegada à verdade que mantém a nossa fé coesa, e ainda criar maneiras de responder às perguntas levantadas por uma geração esvaziada de conteúdo cristão. A demonstração de amor e do caráter transformador do Evangelho é a necessidade gritante desta hora.

3) Tecnologia – O mundo está sendo gerenciado pelo homem que usa a tecnologia como ferramenta de trabalho. O problema é quando o homem se deixa escravizar por ela. Não é muito fácil ser um cristão em uma era tecnológica, porque é necessário domínio próprio para não se deixar dominar por ela, pois o uso excessivo pode resultar numa imensa solidão. Hoje, se passa mais tempo com as máquinas do que com as pessoas. A comunicação é muito mais eletrônica, exigindo do homem um esforço para não se tornar impessoal e vazio. Veja o que diz a Bíblia em João 1.14: “O verbo se fez carne e habitou entre nós”. A Igreja é composta por aqueles que foram transformados. A vida congregacional é composta por gente que se relaciona com Deus e com as pessoas. Portanto, a Igreja televisiva e eletrônica não pode substituir a vida congregacional, porém pode ser usada como meio de divulgação do Evangelho e como uma segunda opção para aqueles temporariamente impossibilitados de chegarem à congregação.

4) Individualismo – Estamos vivendo uma época semelhante àquela por que passaram os israelitas na época dos juízes, em que cada um fazia o que era reto aos seus olhos, e veja que os resultados foram trágicos. Estamos repetindo o mesmo erro. Hoje, é cada um por si. Isso tem um refl exo direto na família. A família de hoje que não tem tempo para a comunicação pessoal, que não tem tempo para fazer as refeições junta, tem sido uma família fraca, sem base, sem raízes sólidas e, pior, muitas dessas famílias têm fracassado diante do individualismo, deixando de existir. A missão da Igreja junto às famílias é de uma importância tão grande que se não cuidarmos desse assunto, nossas igrejas também se tornarão vazias de afeto e relacionamento. Isso pode trazer uma derrocada moral, onde os bancos das nossas igrejas poderão se tornar testemunhas de pessoas cujas vidas estão distorcidas pelas consequências dos seus próprios pecados e pelas transgressões dos outros.

5) Qualidade de vida decrescente – Uma nova classe de pobres marginalizados no mundo de hoje é formada por mães solteiras, tornando maior a pobreza, e ninguém tem a solução para esse problema. Ainda convivemos com o aumento da violência, do crime, da instabilidade social, e o resultado é uma cultura pessimista. A moralidade decresce, o conflito aumenta, a solidão se intensifica, as famílias desintegram-se, o crime e a pobreza aumentam e a geração em formação tem poucas esperanças. Choro por dentro ao estudar essa matéria, pensando exatamente no que a Igreja deve fazer para minimizar essa situação que conta com uma demanda tão intensa. Que Deus nos ajude!

Crise

A nossa situação cultural de hoje representa uma crise, diante da qual levantemos duas questões cruciais:

1) De que forma realizamos a evangelização hoje em dia?

2) Como conseguimos transmitir o Evangelho a um mundo pós-moderno? Há uma grande diferença entre hoje e 100 anos atrás. Naquela época, as pessoas estavam adormecidas e não havia uma negação generalizada das verdades cristãs.

As pessoas estavam dependendo apenas de um toque que viesse despertá-las e incitá-las. Hoje, a fé em Deus praticamente desapareceu, o homem normal acredita que toda essa crença em Deus, na religião e na Salvação, esteve incubada na natureza humana por séculos. Já não é mais uma questão somente de imoralidade. A sociedade se tornou amoral. A própria categoria da moralidade não é reconhecida. Boa parte da sociedade não é apenas imoral; não existe moral.

Missão

Mais do que nunca, precisamos estar atentos para a forma de alcançarmos o mundo que está mergulhado num sistema cego e destruidor, e que mata rapidamente se não houver quem o resgate. Porém, não é de qualquer maneira que a Igreja vai conseguir isso. É mais difícil do que se pensa, não é apenas chegar e pregar; é ter consciência da responsabilidade que a Igreja tem e levar a sério essa realidade, seguindo passos importantes, dos quais sugiro alguns:

1) Não perder a identidade – O ponto inicial de fazer missões neste século é manter a identidade. Com o Evangelho fácil que tem chegado ao mundo nos dias de hoje, muitas igrejas estão iguais ao mundo. “Venham como estão e permaneçam do mesmo jeito”. Quando o mundo olhar para a Igreja e vê-la de forma igual a ele, a Igreja terá deixado de ser referência para ser mais uma organização igual às demais. A Igreja tem que ser diferente para manter a ordem no mundo; se ninguém consegue, a Igreja deverá conseguir. O mundo precisa urgentemente de mudanças principalmente na ordem espiritual, e a Igreja é a única referência.

Muitos líderes sem preocupação com as almas encenam uma “compaixão”, e fazem todo tipo de representação para conquistarem as pessoas, e até conseguem, mas o que observamos é que com a mesma rapidez que crescem, também acabam.

A Igreja de Cristo não veio para mudar a realidade do mundo, e deverá continuar assim até a Volta do Senhor. Estamos no mundo, mas não somos do mundo, somos diferentes e a nossa identidade não pode ser trocada. Custe o que custar, a Igreja precisa continuar sendo a referência.

2) Ter estratégias definidas – A forma de evangelização não é a mesma para todos os lugares. A Igreja precisa conhecer bem as culturas de onde ela pensa entrar. Cada lugar tem uma cultura diferente. Mesmo sendo próximos. A cultura diferencia um lugar do outro. As concentrações que fazíamos anos atrás já não estão mais funcionando em muitos lugares. Foi necessária a evangelização pessoal. E hoje, o homem tem se tornado solitário e demasiadamente ocupado, a ponto de encontrar-se com a família apenas uma vez por semana. A estratégiatem que mudar.

Devemos entrar nas faculdades, e para isso a Igreja necessita de mão de obra qualificada. Precisamos entrar nas Forças Armadas, e para isso a Igreja deve aproveitar bem os seus membros que ali se destacam. A Igreja deverá entrar na política, e para isso deverá preparar bem os seus representantes para que não envergonhem o Evangelho e sejam canais de salvação para os seus pares. E os menos favorecidos? A preocupação com eles é dobrada. Como evangelizar os pobres sem uma boa Secretaria de Ação Social? Haverá sempre necessitados conosco, a assistência social glorifica o nome de Jesus e mantém o trabalho da Igreja. Veja que, na hora de pregar, Jesus pregava; na ora de ensinar, Jesus ensinava; e na hora da necessidade, Jesus atendia, ainda que para isso tivesse que fazer milagre como foi o caso da multiplicação dos pães e peixes. Usemos de todas as formas corretas possíveis para conquistar o mundo.

3) Manter a união – Entendemos bem agora o porquê da recomendação do Salmo 133: “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união”. Não podemos trabalhar com a visão de cada um por si. É necessário trabalharmos em parceria. A Bíblia diz que um reino dividido não prospera. Devemos unir as nossas forças em prol da obra de Deus ou, ao contrário, estaremos fadados à derrota. Precisamos aprender a dialogar e compartilhar projetos, e assim aprender uns com os outros tanto nos acertos como também nos erros.

4) Manter a unção – O inimigo tem se levantado de uma forma muito terrível com o fim de se opor aos santos e destruir as pessoas antes que elas tenham um encontro com Jesus. E em alguns momentos ele tem conseguido êxito no que diz respeito a destruir pessoas, visto que ele veio para matar e destruir, como diz a Bíblia.

A única forma de neutralizá-lo é tomando os espaços e terrenos de que ele tem se apropriado, e isso não se consegue com mensagens frias e sem ousadia. Apesar de ser a favor de faculdades teológicas e defensor delas, digo: não devemos nos enganar, os cursos servem para um preparo melhor no âmbito teológico, mas não concedem poder para enfrentar o arquiinimigo da Obra de Deus. Existem muitas mensagens bonitas, recheadas de técnicas, fruto de anéis, diplomas e internet, porém vazias da unção, que é mais importante. A Igreja não pode abrir mão da unção de Deus, presente nesse importante trabalho.

5) Discipular – Quando o evangelista Lucas escreveu o livro dos Atos dos Apóstolos, logo no início ele relatou ao seu amigo Teófilo que havia escrito o primeiro tratado exatamente acerca daquilo que Jesus tinha feito e ensinado. O próprio Jesus recomendou pregar e ensinar. Os membros de nossas igrejas, e principalmente os nossos obreiros, precisam sempre de uma reciclagem e, para isso, os nossos líderes devem estar preocupados em fazer simpósios, palestras, encontros, capacitação etc. Não podemos mais perder tempo. O tempo chegou e é agora.Feliz a igreja que cumpre a sua missão com efi cácia e inteligência!

Aqui mesmo, no Brasil, em todas as nossas cidades, há um número maior de desviados do que de membros em nossas igrejas, e isso é uma prova de que alguns de nós estamos pregando muito e ensinando pouco. Preparemos, pois, o nosso povo para a batalha, dando-lhes as armas necessárias para o combate e preparando-os psicologicamente, moralmente e principalmente espiritualmente.

6) Conquistar – O apóstolo disse: “Fiz-me de tolo para ganhar os tolos e de sábio para ganhar os sábios”. Tudo o que a Igreja puder fazer para conquistar as almas para Cristo deve ser feito com urgência. O mundo espera pela Igreja, temos terreno a conquistar tanto em Jerusalém, Judéia e Samaria como até os confi ns da Terra. Devemos colocar as nossas armas de conquista em funcionamento para que tenhamos, neste século, o maior número de vidas salvas pelo sangue de Jesus Cristo.

A nossa Igreja está completando o seu centenário. Espero sinceramente que os nossos movimentos festivos alusivos ao nosso aniversário não sirvam apenas para ajuntamento de pessoas, mas, sim, para que haja uma conscientização do que é necessário para o nosso crescimento numérico, mas principalmente espiritual, e que a nossa Igreja seja sacudida pelo poder de Deus e despertada para as urgências que aqui foram tratadas. Este é o nosso tempo, o tempo em que o Senhor faz a revista no seu exército, visto que a batalha está renhida e os nossos soldados devem estar prontos para a guerra.

Maior é o que está conosco do que aquele que está com eles. Firme e avante – a sua obra terá uma recompensa. Amém!

José Antonio dos Santos é pastor, líder da Assembleia de Deus em Alagoas e da União de Ministros das ADs no Nordeste (Unemad), escritor e 5º vicepresidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil (CGADB).

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dica de Livro: Apologética Para Questões Difíceis da Vida



Como cristãos, somos de alguma maneira cercados pela dúvida. Seja nossa dúvida própria, sobre questões de nossa existência humana (terrena ou espiritual), sejam questões sobre Deus e também sobre nosso relacionamento, o estranho relacionamento entre a Perfeição e suas imperfeitas criaturas, entre o Santo e pecadores que Ele remiu em Seu filho Jesus.
Mas somos também cercados pela dúvida do próximo, seja dos ateus, céticos ou hereges, seja de nossos próprios irmãos em Cristo.

Sobre este tema acabo de ler o fascinante livro de William Lane Craig, Apologética Para Questões Difíceis da Vida (Editora Vida Nova). Nos diversos tópicos abordados no livro (sobre temas difíceis como Derrota, Dúvida, Orações Não Respondidas, O Problema do Mal, Homossexualismo, Aborto, etc.) o autor, um dos maiores apologistas cristãos em atividade, oferece respostas lógicas mas surpreendentes para essas questões, e o melhor: ensina-nos a lidar e a enfrentar a dúvida, seja a conviver com ela de maneira que a mesma não venha a prejudicar nossa fé e caminhada, seja, ao apreendermos os processos mentais que o autor utiliza, podermos buscar nós mesmos as respostas para outras questões, 'caminhando com os próprios pés'.

Um livro recomendado para qualquer cristão, e leitura obrigatória para os dedicados à apresentação e defesa da Fé.


Sammis Reachers

13ª Conferência Consciência Cristã / Campina Grande - PB


sábado, 12 de fevereiro de 2011

30 Dias de Oração pelos Povos Indígenas do Brasil


Introdução
Deus ouve as orações, e esta é uma das verdades mais fantásticas da vida cristã.
Era comum Jesus convidar seus discípulos para momentos de oração (Lc 11:1). Desejava conduzi-los a um ato de fé e a momentos de intimidade com o Pai. Ao longo de sua vida e ministério Jesus continuamente orava (Mc 6:46). Por vezes se distanciava da multidão para uma noite inteira de intercessão, outras vezes falava com o Pai em curtas frases em meio à agitação diária (Mt 26:44). Em Suas orações frequentemente nos apresentava a Deus rogando por nossas vidas (Jo 17:15).
A oração nos convida ao relacionamento. Ela nos coloca aos pés do Senhor para buscarmos a Sua presença, conversarmos sobre as coisas do coração e sermos por Ele sondados. A oração provavelmente mais arriscada em toda a Palavra foi proferida pelo salmista quando clamou:Sonda-me ó Deus e conhece o meu coração. Prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mal e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139:23). Nela o salmista roga para que o Senhor o sonde reconhecendo que não somos capazes de sondar a nós mesmos, precisamos de Deus para entender nosso próprio coração. Roga que o Senhor o prove pedindo que Deus o conduza nos processos dos pensamentos, pois dependemos dEle para isto. Por fim roga que Ele o guie afirmando que sem Ele estamos perdidos. Orar, portanto, não é tão somente apresentar nossas petições perante o Altíssimo, é nos aproximarmos do Seu coração.
Mas não basta orar, é necessário perseverar em oração (Ef. 6:18). No livro de Atos vemos que a Igreja do primeiro século perseverava “na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (At. 2:42). Este texto funciona como um elo de ligação entre o Pentecoste e a vida diária da Igreja. As Escrituras destacam aqui de forma objetiva que esta comunidade que seguia a Cristo era a comunidade da perserverança, que cria no impossível e caminhava na vontade do Pai mesmo durante as épocas de maiores incertezas, e o fazia em oração.
Gostaria de convidá-los a orar e perseverar em oração pelos povos indígenas do Brasil nestes dias. Temos ainda em nosso país 121 etnias pouco ou não evangelizadas, 37 vivendo em risco de extinção, 111 grupos em complexos processos de urbanização, 38 línguas com clara necessidade de tradução bíblica e 99 etnias onde há uma igreja indígena, mas ainda sem liderança própria. Os missionários evangélicos atuam em 182 etnias em evangelização, plantio de igrejas, treinamento de líderes e ações sociais, coordenando 257 programas sociais. São desafios enormes. Precisamos rogar ao Senhor pela renovação das forças dos que estão com a mão no arado, novos obreiros para novas iniciativas, sinceras conversões entre os grupos e o fortalecimento da Igreja Indígena no Brasil, recursos para os trabalhos, o abrir das portas que permanecem fechadas e, sobretudo, clara direção do Alto para que seja feita a Sua vontade.
Nestes 30 dias rogue ao Senhor da Seara por cada vida, etnia e missão, em perseverança, crendo que o Senhor ouve as orações.
Ronaldo Lidório

Clique Aqui e baixe o arquivo contendo os motivos para os 30 Dias de Oração por nossos povos indígenas. Ore, divulgue, envolva a sua igreja!

Maiores informações sobre os povos indígenas do Brasil:

© Instituto Antropos 2011. Reprodução permitida.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

SOS MISSIONÁRIO: Ajude na construção de uma Creche e uma Escola de Missões Transculturais no Pará

Imagens das crianças da creche, e da limpeza e preparação do terreno para a construção da Escola de Missões

A missionária Kelem Gaspar, valorosa irmã de grande dedicação ao Evangelho, já tendo atuado entre indígenas na Amazônia Peruana e Brasileira, está atualmente vivendo e realizando o sonho que Deus pôs em seu coração: construir uma Creche e uma Escola de Missões Transculturais em Maracanã, no Pará. A creche já está em funcionamento, e o terreno já foi limpo para dar início à construção da Escola. Esta dupla obra de fé, implantada num campo tão carente, precisa de ajuda.

Visite o blog da Kelem (http://missionariakelem.blogspot.com/), nele você conhecerá melhor os projetos em andamento e as notícias do campo, e lá é possível ainda ler o livro ‘PAKAU ORO MON’, onde ela relata seu grande testemunho de vida e parte de sua trajetória missionária.

Ajude esta obra, orando também e contribuindo. Você poderá ajudar com sua oferta missionária através da conta no Banco do Brasil, Ag 1436-2 , C/C 6993-0

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Estatuto e Regimento Interno da Igreja

 Entrevista com Odilon Pereira




O Estatuto é o documento formal da Igreja e por isso parece-nos um tanto basilar falar deste assunto, mas ainda hoje, Igrejas tem tido inúmeros problemas legais devido a falta deste documento ou por ele não corresponder à realidade, não refletindo a real essência da instituição, sua forma de manifestação e atuação, seus princípios e sua ‘confissão de fé'.

Para um maior esclarecimento sobre este tema é que entrevistamos Dr. Odilon Marques Pereira,graduado em Teologia e Direito, especialista em Direito e Processo Civil  e Direito Tributário pelo IBET. Dr. Odilon é advogado em Londrina/PR, onde é Presbítero da Igreja Presbiteriana Independente. Autor do livro "O Novo Código Civil e a as Igrejas - Impacto e Implicações.

 
O que é um Estatuto, qual a sua finalidade e quais os benefícios em tê-lo?


Odilon - Estatuto é o documento formal que devidamente registrado determina o começo da existência legal das organizações religiosas e instituições em geral, possibilitando às igrejas a proteção constitucional da liberdade de crença e culto e, de igual forma às instituições filantrópicas, que usufruam da imunidade tributária. Através do Estatuto a natureza jurídica das instituições é revelada, mormente se organização religiosa, filantrópica ou empresarial, retratando a forma de governo e organização.    

Há vários modelos de Estatutos, principalmente na internet, quais os cuidados que o pastor e sua liderança devem ter na seleção de um destes modelos para a sua Igreja?


Odilon - Exatamente por expressar forma de governo e organização das instituições que os Estatutos devem ser lapidados considerando as particularidades, o governo (representativo, congregacional, episcopal, etc.) e a respectiva confissão de fé das igrejas; a simples utilização de um modelo ‘pronto' de Estatuto pode acarretar grave incongruência entre este documento de constituição formal da instituição e a realidade fática evidenciada, podendo redundar em situações de irregularidade e/ou nulidade dos atos de administração e governo por inobservância das formas.  

Quais os itens que devem constar no Estatuto? Há algum item que não pode faltar?

Odilon - A lei civil determina que os Estatutos e respectivo registro informem a denominação, os fins, a sede, o tempo de duração; o nome e a individualização dos fundadores ou instituidores, e dos diretores; o modo por que se administra e representa, ativa e passivamente, judicial e extrajudicialmente; se o ato constitutivo é reformável no tocante à administração, e de que modo; se os membros respondem, ou não, subsidiariamente, pelas obrigações sociais; e as condições de extinção da instituição e o destino do seu patrimônio, nesse caso. Importante observação, quanto às organizações religiosas, é para que não deixem de inserir no Estatuto sua respectiva confissão de fé, para que sempre possam comprovar que seus posicionamentos e/ou considerações não se direcionam a este ou aquele caso específico (ex. discriminação), mas decorrem de seus documentos de fé, no que restam abrigados pela garantia constitucional de crença e culto.

O que é um regimento interno e qual a sua finalidade?

Odilon - Regimento interno, como o próprio nome aponta, é um documento válido ‘da porta para dentro'; sua finalidade precípua é a organização interna e a rotina diária da instituição na busca do cumprimento de suas finalidades, especificando seu organograma, a competência dos administradores e prepostos, bem como dividindo funções e tarefas.

Quais os itens que devem constar nele?

Odilon - A lei não determina estrutura mínima do Regimento Interno e não estabelece quais os itens que devam obrigatoriamente contemplar; assim, seu teor deverá suprir as necessidades de organização e gestão das respectivas instituições, devendo ser sucinto, objetivo e de fácil compreensão.

O Estatuto e o Regimento interno podem ser alterados? Quando isso deve ser feito e como?

Odilon - O Estatuto e o Regimento Interno podem e devem ser alterados sempre que não atendam ou não correspondam aos anseios e à realidade fática da instituição; exatamente por serem documentos de organização e existência legal das instituições, devem ser constantemente adequados para que reflitam a real essência da instituição e sua forma de manifestação e atuação. A competência para alteração do Estatuto é sempre da Assembléia Geral em reunião específica e com quórum diferenciado; já o Regimento Interno poderá ser alterado pela Assembléia Geral ou pela diretoria da instituição, conforme dispuser o Estatuto; ressalva-se, todavia, que por deliberação dos fundadores ou da própria Assembléia Geral o Estatuto pode conter cláusulas que não sejam passíveis de alteração, exatamente para manter princípios inegociáveis ou que caracterizam a razão premente da instituição ou igreja.

Quais os conselhos para pastores e líderes quanto aos estatutos e regimentos de suas igrejas?

Odilon - Enquanto nossa Constituição Federal garantir liberdade de crença e culto, o documento que possibilita a comprovação dos preceitos de fé e o exercício dessa liberdade religiosa, evitando qualquer ingerência e/ou exigência do Estado ou de terceiros, é o Estatuto das igrejas / organizações religiosas que, integrando suas finalidades, deve expressar de forma clara seus princípios e sua ‘confissão de fé'; portanto, o Estatuto não deve ser omisso quanto aos preceitos de fé e princípios defendidos pela instituição, sendo que aqueles que não os apontam com clareza devem ser reformados para que insiram em seu texto ou apontem o documento que contém as questões defendidas de ‘crença e culto'. 

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