quarta-feira, 28 de janeiro de 2015
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
Heróis da Fé: Conde Zinzendorf e os Morávios
Embora se
plantassem igrejas nos territórios colonizados por nações protestantes, a obra
missionária sempre fora largamente negligenciada nos primeiros SÉCULOS da
Reforma Protestante. Até que um movimento realmente missionário e totalmente desvinculado
do colonialismo surgiu em 1727. Ele foi não apenas o primeiro, mas, por 200
anos, o maior dos movimentos missionários da HISTÓRIA do protestantismo. O lema
deles: “Nosso Cordeiro já venceu. Vamos segui-lo.” Eram os Irmãos Morávios.
As origens dos Irmãos MORÁVIOS são anteriores à Reforma. Dissidentes do
Catolicismo, são filhos espirituais de John Huss, o pré-reformador queimado na
fogueira em 1415. Com o início da Reforma deflagrada por Lutero, a igreja
moraviana abraçou o novo movimento. Durante a Guerra dos TRINTA Anos (1618-1648) foram expulsos de sua terra, a Morávia, e,
violentamente perseguidos, espalharam-se por toda a Europa. A partir de 1722 conseguiram
encontrar um porto seguro na Saxônia, onde um jovem conde, Nikolaus Ludwig von
Zinzendorf (1700-1760), permitiu que instalassem sua comunidade em suas terras. Desde sempre um dedicado e
autêntico cristão, Zinzendorf logo passou a LIDERAR a comunidade morávia, que
crescia mais e mais, atraindo entusiastas de toda a Alemanha.
Numa viagem à Conpenhague, na Dinamarca, Zinzendorf conheceu nativos da
Groênlândia e das Índias Ocidentais. Seu coração foi incendiado pelo ARDOR
missionário, e ao voltar aos morávios compartilhou sua visão com os irmãos. Em
pouco tempo eram enviados missionários à Groenlândia e às Ilhas Virgens. O
próprio Zinzendorf dedicou-se a viagens missionárias, e nos anos seguintes
grupos de morávios foram enviados à Jamaica, Suriname, GUIANA, África do Sul,
Argélia e outros países. Em 1842, havia 42 núcleos missionários morávios ao
redor do mundo, quase sempre em locais de difícil semeadura.
Nesse pequeno espaço, é impossível relatar as muitas histórias de
heroísmo e sacrifício de que os morávios foram protagonistas. Nunca na história da igreja um grupo tão
pequeno fez tanto por MISSÕES. Seu exemplo de devoção e empenho serviu de
inspiração para homens como John Wesley e William Carey, e inspirou a criação
de algumas das primeiras agências missionárias.
A Igreja dos
Irmãos Morávios, cujo nome oficial é UNITAS Fratrum (Unidade de Irmãos),
atualmente encontra-se espalhada por diversos países.
Sammis Reachers
in Revista Passatempos Missionários #4 - Biografias Missionárias
segunda-feira, 5 de janeiro de 2015
Heróis da Fé: Robert Reid Kalley, um missionário para a lusofonia
Recém-formado na Universidade de Glasgow, o jovem ESCOCÊS Kalley conseguiu trabalho como médico de bordo num navio, atividade que levou-o a conhecer muitos países. Algum tempo depois, já medicando na Escócia, Kalley tem reacesa sua fé cristã e passa a nutrir o desejo de tornar-se missionário, tendo a CHINA como objeto de seus sonhos. Mas, em face da saúde precária de sua esposa, alguns o aconselharam a estabelecer-se na ilha da Madeira, possessão portuguesa que abrigava uma pequena colônia de escoceses. Assim, em 1838 o casal estabeleceu-se na ilha, dando origem à primeira comunidade protestante em território português.
Na Madeira, Kalley fundou um hospital e diversas escolas, além de promover a distribuição de Bíblias. Em 1843 é preso, passando alguns meses na CADEIA. Em 1845 é fundada a igreja presbiteriana, mesmo de maneira clandestina, pois Portugal reprimia o culto protestante entre portugueses. A jovem igreja passou a ser duramente perseguida, sendo a casa dos Kalley incendiada em 1846. Com muito custo, Kalley conseguiu fugir para os EUA. Mas a perseguição continuou: 2.000 madeirenses evangélicos foram expulsos ou fugiram da ilha, espalhando-se então por diversos PAÍSES.
Estando nos EUA (onde os refugiados madeirenses chegaram até a fundar uma cidade, Jacksonville), Kalley deparou-se com o livro Reminiscências de viagens e permanências nas Províncias do Sul e Norte do Brasil (1845), do Rev. Daniel Parrish Kidder, que por sua vez tivera uma experiência missionária no BRASIL. O livro impactou Kalley, que, quando viu surgir uma oportunidade, partiu como missionário para o Brasil, em 1855. Nesse mesmo ano, já instalado na cidade de Petrópolis (RJ) os Kalley iniciaram a primeira Escola Bíblica Dominical. Vendo que a terra estava sedenta, Kalley solicitou ajuda dos irmãos de Jacksonville, que enviaram alguns OBREIROS para auxiliar na obra. Em 1858 Kalley fundou a Igreja Evangélica Fluminense, considerada a primeira igreja protestante do Brasil a ministrar em português. Kalley possuía uma visão abrangente do Evangelho, sendo avesso a denominacionalismos, e instituiu um modelo de governança onde cada IGREJA era independente.
Depois de plantar diversas igrejas em território nacional, não sem passar por polêmicas e provações as mais diversas, as quais suportou com bravura, Kalley retornou para a Escócia em 1876, onde faleceu em 1888. A CAUSA do Evangelho no Brasil e em Portugal é grande devedora de seu esforço e visão.
Sammis Reachersin Revista Passatempos Missionários #4 - Biografias Missionárias
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