quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Direção espiritual - Richard Foster

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Richard J. Foster


O que é direção espiritual?


Para conhecer o genuíno caminho do Senhor.

1. Direção espiritual é um relacionamento interpessoal no qual aprendemos como crescer, viver e amar na vida espiritual.

2. Direção espiritual envolve um processo no qual uma pessoa ajuda outra a entender o que Deus está fazendo ou dizendo.

3. Discernimento é um presente crucial no trabalho de direção espiritual.

4. Na direção espiritual não há dominação ou controle.

5. O diretor/mentor/pastor espiritual guia outro em assuntos espirituais através do mundo espiritual pelos métodos espirituais.

6. Deus ordenou que haja diretores/mentores/pastores espirituais entre o seu povo. Essa é a estrutura do amor em prática.

7. Supremamente, diretores/mentores/pastores espirituais são pessoas que o senso de serem “estabelecidos” por Deus. De outra maneira, eles são muito perigosos para serem permitidos no espaço da alma de outros.


O que é um diretor espiritual?

Como reconhecer um legítimo orientador de Deus.

1. Uma pessoa que tem fome contínua por intimidade com Deus.

2. Uma pessoa que tem habilidade em perdoar outra numa grande perda pessoal.

3. Uma pessoa que tem senso animado de que Deus sozinho pode satisfazer os anseios do coração humano.

4. Uma pessoa quem tem profunda satisfação na oração.

5. Uma pessoa que tem uma avaliação pessoal realista das habilidades pessoais e limitações.

6. Uma pessoa que é livre de realizações por vanglória.

7. Uma pessoa que demonstra habilidade em viver fora das demandas da vida pacientemente e sabiamente.
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Richard J. Foster é autor de muitos livros, o mais recente é “Life With God”.

via Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

ENTREVISTA: Pr. Airton Evangelista da Costa

Amados, publicamos aqui uma entrevista realizada com o atuante pastor e apologista Airton Evangelista da Costa, que tem exercido um forte ministério através da internet e suas várias ferramentas. A entrevista foi editada a partir de uma auto-entrevista publicada no site do autor, e algumas perguntas extras que lhe fizemos.


Como e quando se deu seu envolvimento com a internet?

R - Um irmão insistiu para que eu tivesse minha própria página. Meus estudos já estavam em vários sites. Ele se encarregou de criar. Foi o pastor Ricardo Ribeiro. então nasceu o www.palavradaverdade.com. Há também o www.palavradaverdade.org



O Sr. é mais conhecido na Internet por seus estudos, artigos e vídeos.

RO mais importante não é ser conhecido; é fazer conhecida a Palavra de Deus. Os vídeos começaram a ser editados há pouco tempo.

Então o volume maior de sua produção diz respeito a estudos?

R – Porque comecei a escrever logo após minha conversão.

Quantos artigos já escreveu?

R – Considerando as perguntas e respostas, estudos e artigos diversos, o número está em volta de 1.000.

E os vídeos?

R – O primeiro foi em cinco de outubro de 2007. De lá para cá foram editados duzentos e oito vídeos.

O Sr. Se considera um bom escritor?

R – De modo nenhum. Sempre que faço revisão em meus escritos encontro falhas. Erros de concordância e abuso do gerúndio, por exemplo.

O Sr. faz uma revisão antes da divulgação?

R – Eis o problema. Não consigo passar muito tempo fazendo revisão meticulosa. Tenho pressa na divulgação.

Como se dá essa divulgação?

R – No meu site e nos grupos dos quais faço parte.

O assunto principal é apologética?

R – Não considero que essa área seja a principal, mas tem um peso significativo. Nos vídeos, assume o primeiro lugar.

O Sr. acha que tem chamada para isso?

R – Não considero propriamente uma chamada. É dever de todo crente defender a sua fé. Se Allan Kardec declara que cristianismo e espiritismo ensinam a mesma coisa; se a Torre de Vigia declara que é o único canal entre Deus e os homens, nós, filhos de Deus, não podemos nos conformar. Precisamos dizer que não é bem assim, e esclarecer por que pensamos de modo diferente, sempre à luz da Bíblia.

Como o senhor avalia a importância da internet como ferramenta para o cristão?

R - A internet é um bom veículo de comunicação; é rápida e alcança de imediato milhares de usuários. Devemos aproveitá-la ao máximo para pregar as Boas Novas. Os vídeos são de um valor inestimável. Para mim, funcionam como um programa de televisão gratuito. Por meio deles, posso falar diretamente com milhares de pessoas de países diferentes. Se o YouTube permitisse 20 minutos, em lugar de 10 para cada vídeo, seria melhor.

Por que o Sr. critica mais o espiritismo e a Sociedade Torre de Vigia?

R – Porque esses dois grupos usam a Bíblia. Se as doutrinas não são semelhantes, somos instados a explicar a quem queira saber as razões de tais diferenças. O espiritismo possui o livro “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, de Kardec. A Torre de Vigia possui “A Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas”, com incorreções. Não perderia meu tempo confrontando a doutrina budista, por exemplo. Mas, se usam a Bíblia de forma distorcida, é dever do crente contestar.

Como o Sr. convive com as críticas?

R – Recebo-as com naturalidade. Seria anormal se me elogiassem. O problema é que a maioria dos que não concordam com minha análise e refutação não apresenta argumentos consistentes. Amiúde, usam o “Argumentum ad Hominem”, isto é, são impulsionados ao debate, sentem vontade de participar, mas preferem fazer ataques à pessoa. Isso não é apologética. Esse tipo de prática revela, não raro, incompetência.

Como assim?

R – Devemos confrontar a tese, o ensino, a doutrina, estabelecer a diferença e argumentar em defesa de nossa fé. No nosso caso, sempre à luz do que diz a Bíblia Sagrada. De vez em quando, recebo mensagens como: “Você não sabe de nada”; “leia mais a bíblia”; “você é apóstata”; “você só fala mentiras”, etc. Quando o ataque se torna mais severo, excluo o usuário da minha Caixa Postal no Youtube ou no Outlook Express.

O Sr. tem revisto suas posições em razão de alguma crítica?

R – Já ocorreu algumas vezes. Os homens são imperfeitos. Eu sou homem. Logo, sou imperfeito. Há poucos dias, ao receber uma mensagem de um espírita, fiz a exclusão de um vídeo do YouTube. As objeções quando bem formuladas me ajudam. Trabalho sempre em cima de fatos. Uso sempre a palavra oficial do grupo cujas doutrinas são confrontadas com as da Bíblia. Nessa área, não se pode escrever por ouvir dizer. Foi o caso do livro “A Verdade Sobre Maria”. Os dogmas marianos foram extraídos do Catecismo Católico ou de publicações oficiais.

O Sr. aceita o debate com todos os que refutam seus argumentos?

R – Não. Seria humanamente impossível. Não tenho tido tempo nem para dar atendimento às consultas.

Qual será o próximo vídeo?

R – Escrevi um estudo e editei o vídeo correspondente com o título “As Testemunhas de Jeová: Fim do Mundo em 2034”. Na oportunidade, não divulguei o pertinente texto de A Sentinela, de 2003. Um seguidor da Torre me disse que não localizou tal texto na revista. Vejo-me obrigado a divulgar o artigo, o que não fizera antes, e explicar. Será mais um vídeo para ajudar a alguns seguidores da Torre a compreender o que foi dito por seus líderes. Por incrível que pareça.

Voltando aos vídeos, qual o mais acessado?

R – Atenção maior tem sido para “Ex-Ancião das Testemunhas de Jeová contesta doutrinas”, com 14.532 acessos em menos de dez meses.

Como o senhor vê o retorno da prática de indulgências pela Igreja Católica?

R – Pensei que a ICAR já tivesse abolido isso. Há muitos meses não escrevo uma só linha nem produzo vídeo sobre o catolicismo. Mas diante dessa surpresa, creio que chegou o momento de falarmos sobre o assunto. O perdão só pode ser concedido se o pecador se arrepender. Como ter certeza de que houve arrependimento? Só Deus conhece o coração do homem.

O Sr. só combate as anomalias de determinados grupos?

R – Não. Se pesquisar no meu site – www.palavradaverdade.com - verá que combato, e muito, as heresias dentro de nossos muros. Exemplo disso é a série “Como Nasce Uma Heresia”, com vinte artigos.

Nota-se que o Sr. fala pouco de sua igreja.

R – A Palavra de Deus deve merecer maior ênfase.

Quando o Sr. pretende parar, e qual a sua idade?

R – O Senhor é o dono da minha vida. Farei 70 anos em março próximo.

Deixe uma palavra àqueles que, como o senhor, tem visto a internet como uma preciosa ferramenta ministerial, e também àqueles que ainda não tem dado a devida atenção à web.

R - Depois de tantos anos de funcionamento, a internet ainda não é usada por muitos irmãos, ou o fazem de modo muito restrito. Muitos, apesar de possuírem condições, ainda não sabem editar um vídeo e enviá-lo para divulgação. Embora haja muita sujeira nesse veículo, devemos usá-lo de forma vigorosa. A disseminação da Palavra via internet é fantástica, e alcança povos de todos os países. A internet abre as portas dos países onde a entrada da Bíblia é proibida, e ficará ali exposta por dezenas de anos.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Leia a Bíblia e ganhe prêmios

Começa em 1º de março concurso ‘Vamos ler a Bíblia’, que prevê 300 dias de leitura da Palavra de Deus.

A partir do dia 1º de março, os crentes vão ter um estímulo a mais para a leitura da Palavra de Deus. É o concurso “Vamos ler a Bíblia”, promoção que tem como principal objetivo estimular as pessoas a lerem todas as Escrituras Sagradas em 300 dias, até 25 de dezembro. Para isso, serão dados prêmios aos participantes que responderem corretamente à maior quantidade de perguntas referentes aos textos bíblicos lidos ao longo do ano de 2009. A base do concurso será um calendário de leitura diária, que deverá ser acompanhado por todos os participantes. Pelo programa, cada candidato terá que ler quatro capítulos por dia, tarefa que não deve consumir mais que 15 minutos.

Serão realizadas 10 provas ao longo do concurso, contendo 30 perguntas de múltipla escolha. Os cinco primeiros colocados de cada prova vão ganhar prêmios como bíblias e novos testamentos digitalizados, aparelhos de MP3s e MP4s, celulares e máquinas fotográficas. Ao fim da campanha, o candidato que acumular mais pontos ganhará um notebook. Mas o melhor de tudo é que todos os participantes do concurso “Vamos ler a Bíblia” serão vencedores, pois certamente chegarão ao fim da campanha com a fé e o espírito fortalecidos pela Palavra de Deus.

O concurso, que tem o apoio da Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), já está com inscrições abertas através do site http://www.vamoslerabiblia.com.br/

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via Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/

sábado, 14 de fevereiro de 2009

COMO UMA IGREJA PEQUENA PODE FAZER MISSÕES


Edison Queiroz

Quando prego e desafio pastores a levar suas igrejas à tarefa de missões mundiais, sempre sou questionado se é possível a uma igreja pequena fazer missões. A minha resposta sempre é afirmativa. Uma igreja pequena pode e deve fazer missões. A seguir, seis passos para uma igreja pequena fazer missões.

1 - Confie no grande Deus

Devemos entender que o plano de Deus para a igreja, não importa o seu tamanho, é a implantação do seu reino por meio de pregação do evangelho a todas as nações. O que faz a diferença é o tamanho de nosso Deus. Ele disse: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3). A Bíblia afirma que Deus “é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos, ou pensamos, conforme o seu poder que opera em nós” (Ef 3. 20-21).

Às vezes olhamos para nossa incapacidade e fraqueza, para o tamanho de nossas igrejas, para a situação financeira e ficamos desanimados, dizendo que é impossível. Mas isso está errado! Precisamos olhar para Deus e crer em seu poder, pois ele é grande e quer fazer coisas grandes. Do nada ele cria tudo! Aleluia! Precisamos orar como o rei Josafá: “Porque em nós não há força...porém os nossos olhos estão postos em ti” (2 Cr 20.12). Aqui está o segredo da vitória: tire os olhos das circunstâncias e coloque-os no grande Deus, e ele transformará nossas igrejas em verdadeiras bases missionárias.

2 - Inicie um movimento de oração

Por meio da oração, a igreja pode fazer um movimento missionário e atingir nações. Desafie os membros de sua igreja a orar em casa, no trabalho, nos momentos de folga, na igreja, etc. Pela oração, vidas serão tocadas por Deus; portas, abertas; missionários, abençoados; vidas, salvas. Mais adiante darei alguns passos práticos para o início de um grande movimento de oração em sua igreja, não importa o tamanho dela.

3 - Treine os crentes para a evangelização pessoal

Descobri uma coisa interessante em meu ministério: os crentes não evangelizam porque não sabem fazê-lo. Antigamente eu pensava que se tratava de falta de consagração, de falta de fé, de desânimo etc., mas logo descobri que o grande problema era a falta de um ensino prático.

Certo domingo preguei, sobre a importância de o crente ganhar vidas para Cristo. Durante minha pregação exortei a igreja, afirmando que todo crente deve ser um ganhador de almas e que o crente que não ganha almas está em pecado, etc. Após o culto um jovem venho falar comigo e disse: “Pastor, você fica o tempo todo nos dando chicotadas do púlpito, nos exortando a ganhar vidas para Cristo, mas nunca nos ensinou a fazê-lo.”

Confesso que tive de reconhecer meu erro e dar a mão à palmatória. Pedi perdão àquele jovem e disse que iria providenciar o treinamento. Naquela época convidei a equipe da Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo para vir dar um treinamento de evangelização e discipulado para a igreja; telefonei-lhes e perguntei se tinha um treinamento para a igreja.

Eles me informaram que sim e que necessitavam de um período de 12 horas/aula. Agendei o mês de outubro e usei o tempo do culto e da escola dominical nos quatro domingos daquele mês para o treinamento. Foi maravilhoso o trabalho do Espírito Santo, que levou os crentes a entender que podem pregar o evangelho.

No terceiro domingo de treinamento, preparamos uma surpresa para os membros da igreja.
Cheguei mais cedo com a Equipe da Cruzada, colocamos uma mesa na calçada da igreja, fechamos o portão e esperamos os crentes chegarem.

Cada um que chegava perguntava: “O que aconteceu, pastor? Não haverá treinamento hoje?” Logo explicávamos que iríamos fazer uma experiência e enviávamos pares a evangelizar na praça; pedimos que voltassem ás 11h para darem testemunhos.

Lembro-me do testemunho de um diácono que falou com lágrimas nos olhos: “Pastor, sou crente há mais de 30 anos e nunca alguém orou comigo entregando a vida a Cristo, mas nesta manhã eu tive a alegria de ver alguém orando comigo, convidando Cristo para entrar em sua vida. Aleluia!”.

Hoje o treinamento em evangelização faz parte da instrução dos novatos na Escola Dominical, e a meta é que todos os membros da igreja saibam explicar o plano de salvação, levar uma pessoa a orar recebendo Cristo como Senhor e Salvador e dar os primeiros passos no discipulado.

4 - Desafie pessoas para o campo missionário

Mediante pregação, ensino, recomendação de livros, etc., você pode desafiar pessoas a se entregarem para a obra de missões. Creio que em toda igreja há pessoas vocacionadas para o campo missionário. Então pregue, desafie e procure identificar essas pessoas, dando-lhes o apoio necessário no discipulado pessoal, no encaminhamento para o preparo adequado. Não somente desafie, mas também apóie os vocacionados. Muitos pastores estão pecando ao deixar de apoiar , ajudar e orientar aqueles que têm sido chamados por Deus para a obra missionária. Talvez por medo de perderem o lugar, por ciúmes ou por irresponsabilidade. Se há em sua igreja algum membro chamado por Deus para o ministério, dê-lhe todo apoio, pois você estará colaborando para a expansão do reino de Deus. Não tema ! O mesmo Deus que o colocou no ministério é poderoso para mantê-lo ou tirá-lo dele, de acordo com sua soberana vontade.

5 - Desafie os crentes a contribuir financeiramente

Uma igreja pequena pode fazer muito para missões mediante contribuição financeira dos seus membros. Deus não está olhando para o tamanho da sua oferta, mas sim para o tamanho do coração da pessoa que deu a oferta. Lembra-se da oferta da viúva pobre? Sua oferta foi maior que as das outras pessoas porque ela deu todo o coração (Lc 21. 1- 4).

Além disso Deus é poderoso para multiplicar qualquer oferta, como ele fez na multiplicação dos pães. Eu sou testemunha disso. Deus faz milagres nas finanças da Igreja quando esta coloca missões em primeiro lugar. Mas adiante quando falar sobre finanças vou contar alguns desses milagres.

Conheço famílias que estão sustentando parentes no campo missionário. Muitas vezes, quando encontro algum missionário, pergunto-lhe: “Quem está sustentando?” De vez em quando, a resposta é: “Meus pais, meus irmão, etc.” Então pergunto: Quantos são? Às vezes, cinco ou seis pessoas estão se unindo e sustentado um missionário no campo. Qual o tamanho da sua igreja? Mesmo que seja de cinco ou seis pessoas, se elas forem desafiadas e assumirem a responsabilidade, poderão se unir e sustentar missionários no campo, assim como algumas famílias estão fazendo. Desafie o seu povo a contribuir financeiramente!

6 – Associe sua igreja a outra para enviar missionários

Uma igreja pequena pode fornecer pessoas e dinheiro para a obre de missões. Mas, às vezes, não tem condições de levantar todo o sustento financeiro necessário; portanto, poderá se unir a outra igreja e, juntas, enviar o missionário. Vou contar uma experiência marcante em minha vida. O pastor de uma igreja pequena veio à nossa convenção missionária e foi desafiado a fazer missões por meio de sua igreja. Voltou disposto a fazer de sua igreja uma igreja missionária. Desafiou o seu povo, e a resposta veio. Iniciou-se um movimento de oração e de contribuição financeira. Quando arrecadaram o dinheiro das ofertas mensais para missões, não sabiam como aplicá-lo e, então, pediram à nossa igreja a oportunidade de participar do sustento de uma de nossas missionárias na África. Consultei nossa igreja, e todos com alegria aceitaram formar uma sociedade com a outra igreja para, juntas, sustentarmos a missionária. Agora, aquele mesmo pastor está partindo para o campo, e as duas igrejas juntas vão participar do seu sustento.

Uma igreja pequena pode e deve fazer missões. Tudo depende de ser desafiada, de receber a visão e de aceitar a responsabilidade.

Do livro “A IGREJA LOCAL E MISSÕES” - Edison Queiroz ( Edições Vida Nova)

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

CARNAVAL - A maior festa popular brasileira


Prof. João Flávio Martinez

Origem Histórica


Segundo definição genérica, o carnaval é uma festa popular coletiva, que foi transmitida oralmente através dos séculos, como herança das festas pagãs realizadas a 17 de dezembro (Saturnais - em honra a deus Saturno na mitologia grega.) e 15 de fevereiro (Lupercais - em honra a Deus Pã, na Roma Antiga.). Na verdade, não se sabe ao certo qual a origem do carnaval, assim como a origem do nome, que continua sendo polêmica.
Alguns estudiosos afirmam que a comemoração do carnaval tem suas raízes em alguma festa primitiva, de caráter orgíaco, realizada em honra do ressurgimento da primavera. De fato, em certos rituais agrários da Antigüidade, 10 mil anos A.C., homens e mulheres pintavam seus rostos e corpos, deixando-se enlevar pela dança, pela festa e pela embriaguez.
Originariamente os católicos começavam as comemorações do carnaval em 25 de dezembro, compreendendo os festejos do Natal, do Ano Novo e de Reis,Continua→ onde predominavam jogos e disfarces. Na Gália, tantos foram os excessos que Roma o proibiu por muito tempo. O papa Paulo II, no século XV, foi um dos mais tolerantes, permitindo que se realizassem comemorações na Via Lata, rua próxima ao seu palácio. Já no carnaval romano, viam-se corridas de cavalo, desfiles de carros alegóricos, brigas de confetes, corridas de corcundas, lançamentos de ovos e outros divertimentos.
O baile de máscaras, Continua →força nos séculos XV e XVI, por influência da Commedia dell'Arte. Eram sucesso na Corte de Carlos VI. Ironicamente, esse rei foi assassinado numa dessas festas fantasiado de urso. As máscaras também eram confeccionadas para as festas religiosas como a Epifania (Dia de Reis). Em Veneza e Florença, no século XVIII, as damas elegantes da nobreza utilizavam-na como instrumento de sedução.
Na França, o carnaval resistiu até mesmo à Revolução Francesa e voltou a renascer com vigor na época do Romantismo, entre 1830 e 1850. Manifestação artística onde prevalecia a ordem e a elegância, com seus bailes e desfiles alegóricos, o carnaval europeu iria desaparecer aos poucos na Europa, em fins do século XIX e começo do século XX.
Há que se registrar, entretanto, que as tradições momescas ainda mantêm-se vivas em algumas cidades européias, como Nice, Veneza e Munique.

Etmologia da Palavra

Assim como a origem do carnaval, as raízes do termo também têm se constituído em objeto de discussão. Para uns, o vocábulo advém da expressão latina "carrum novalis" (carro naval), uma espécie de carro alegórico em forma de barco, com o qual os romanos inauguravam suas comemorações. Apesar de ser foneticamente aceitável, a expressão é refutada por diversos pesquisadores, sob a alegação de que esta não possui fundamento histórico.
Para outros, a palavra seria derivada da expressão do latim "carnem levare", modificada depois para "carne, vale !" (adeus, carne!), palavra originada entre os séculos XI e XII que designava a quarta-feira de cinzas e anunciava a supressão da carne devido à Quaresma. Provavelmente vem também daí a denominação "Dias Gordos", onde a ordem é transgredida e os abusos tolerados, em contraposição ao jejum e à abstenção total do período vindouro (Dias Magros da Quaresma).

Posição da igreja evangélica no período do carnaval

Como pudemos observar, o carnaval tem sua origem em rituais pagãos de adoração a deuses falsos. Trata-se, por, isso de uma manifestação popular eivada de obras da carne, condenadas claramente pela Bíblia.
Seja no Egito, Grécia ou antiga Roma, onde se cultua, respectivamente, os deuses Osíris, Baco ou Saturno, ou hoje em São Paulo, Recife, Porto Alegre ou Rio de Janeiro, sempre notaremos bebedeira desenfreada, danças sensuais, música lasciva, nudez, liberdade sexual e falta de compromisso com as autoridades civis e religiosas.
Traçando o perfil do século XXI, não é possível isentar a Igreja evangélica → → deste movimento histórico. Então qual deve ser a posição do cristão diante do carnaval? Devemos sair de cena para um retiro espiritual, conforme o costume de muitas igrejas? Devemos por outro lado, ficar aqui e aproveitarmos a oportunidade para a evangelização?Ou isso não vale a pena porque, especialmente neste período, o deus deste século lhes cegou o entendimento?
Cremos que a resposta cabe a cada um. Mas, por outro lado, a personalidade da Igreja de Deus nasce de princípios estreitamente ligados ao seu propósito: fazer conhecido ao mundo um Deus que, dentre muitos atributos, é santo.
Há quem justifique como estratégia evangelística a participação efetiva na festa do carnaval, desfilando com carros alegóricos e blocos evangélicos, o que não deixa de ser uma tremenda associação com a profanação. Pergunta-se, então: será que deveríamos freqüentar boates gays, sessões espíritas e casas de massagem, a fim de conhecer melhor a ação do diabo e investir contra ela? Ou deveríamos traçar estratégias melhores de evangelismo?
No carnaval de hoje, são poucas as diferenças das festas que o originaram, continuamos vendo, imoralidade, promiscuidade sexual e bebedeira.
Como cristãos não podemos concordar e muito menos participar de tal comemoração, que vai contra os princípios claros da Palavra de Deus Romanos 8.5-8; I Co. 6.20).

Evangelismo ou retiro espiritual?

A maioria das igrejas evangélicas hoje tem sua própria opinião quanto ao tipo de atividade que deve ser realizada no período do carnaval.
Opinião, esta que, baseia-se em parte na teologia que cada uma delas prega. Este fato é que normalmente justifica sua posição. A saber: enquanto umas participam de retiros espirituais, outras, no entanto, preferem ficar na cidade durante o carnaval com o objetivo de evangelizar os foliões.
Primeiramente, gostaríamos de destacar que respeitamos as duas posições, pois cremos que os cristãos fazem tudo por amor com a intenção de ganhar almas para Cristo, edificando seu Corpo. Entendemos também o propósito dos retiros espirituais: momentos de maior comunhão com o Senhor. Muitos crentes tem sido edificados pela pregação da Palavra e atuação do Espírito Santo nos acampamentos das igrejas.
Todavia, a oportunidade de aproveitarmos o carnaval para testemunhar é pouco difundida em nosso meio.
Em meio à pressão provocada pelo mundo, a igreja deve buscar estratégicas adequadas para posicionar-se à estas mudanças dentro da Bíblia, e não dentro de movimentos contrários a ela. A Bíblia é a fonte, e não fatores externos.
Cristãos de todos os lugares do Brasil possuem opinião diferente s a este respeito de maneira adequada para evangelização no período do carnaval. Mas devemos notar que Cristo nunca perdeu uma oportunidade para pregar. Partindo deste princípio não podemos deixar de levar o evangelho não importando o momento.
Assim devemos lançar mão da sabedoria que temos recebido do Senhor e optar pela melhor atividade para nossa igreja nesse período tão sombrio que é o carnaval.

Fonte: http://www.cacp.org.br

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

John Knox, o presbiteriano com uma espada

‘A espada da justiça pertence a Deus, e se príncipes e governantes deixarem de usá-la, outros o farão’.

Knox era um ministro do evangelho cristão que defendia a revolução armada. Ele era considerado um dos mais poderosos pregadores de seus dias, mas apenas dois das centenas de sermões que pregou foram publicados. Ele é uma figura-chave na formação da Escócia moderna, mas só há um monumento erguido em sua homenagem neste país, e seu túmulo está embaixo de um estacionamento.

John Knox era de fato um homem de muitos paradoxos, um Jeremias hebreu estabelecido em solo escocês. Numa campanha incessante de oratória flamejante, ele buscou destruir o que achava ser idolatria e purificar a religião da Escócia.

Abraçando a causa - John Knox nasceu por volta de 1514, em Haddington, uma pequena cidade ao sul de Edinburgo. Por volta de 1529 ele entrou na Universidade de St. Andrews e continuou fazendo Teologia. Foi ordenado em 1536, mas se tornou um tabelião, e depois tutor dos filhos dos proprietários de terras locais (a nobreza inferior escocesa).

Eventos dramáticos aconteceram durante a juventude de Knox. Muitos estavam enfurecidos com a Igreja Católica, que possuía mais da metade dos imóveis e tinha uma renda anual de quase 18 vezes a da Coroa. Os bispos e padres eram freqüentemente meros indicados políticos, e muitos nunca esconderam suas vidas imorais: o arcebispo de St. Andrews, cardeal Beaton, andava abertamente com concubinas e era pai de 10 filhos.

O constante tráfego marítimo entre a Escócia e a Europa permitiu que a literatura luterana fosse contrabandeada para dentro do país. Autoridades da igreja ficaram alarmadas com esta “heresia”, e tentaram suprimi-la. Patrick Hamilton, um declarado protestante convertido, foi queimado vivo em 1528.

No início dos anos de 1540, Knox conheceu a influência de reformadores convertidos, e sob a pregação de Thomas Guilliame se juntou a eles. Tornou-se, então, um guarda-costas do feroz pregador protestante George Wishart, que estava pregando por toda a Escócia.

Em 1546, entretanto, o cardeal Beaton prendeu, julgou, estrangulou e queimou Wishart. Em resposta, um grupo de 15 nobres protestantes invadiu o castelo, assassinou Beaton e mutilou seu corpo. O castelo foi imediatamente cercado por uma frota de navios franceses (a França católica era aliada da Escócia). Embora Knox não fosse co-responsável pelo assassinato, ele o aprovou, e durante um furo no cerco, se juntou ao grupo sitiado no castelo.

Durante um culto protestante em um domingo, o pregador John Rough falou sobre a eleição de ministros e publicamente pediu a Knox que assumisse a função de pregador. Quando a congregação confirmou o chamado, Knox ficou abalado e foi às lágrimas. Ele declinou, a princípio, mas finalmente se submeteu ao que sentia ser um chamado divino.

Foi um ministério curto. Em 1547, depois de o castelo de St. Andrews ser cercado mais uma vez, ele finalmente cedeu. Alguns de seus ocupantes foram presos. Outros, como Knox, foram mandados para as galés como escravos.

Pregador viajante - Dezenove meses se passaram antes que ele e outros fossem libertados. Knox passou os cinco anos seguintes na Inglaterra e sua reputação como pregador cresceu muito. Mas quando a católica Mary Tudor assumiu o trono, ele foi forçado a fugir para a França.

Ele foi até Genebra, onde encontrou João Calvino. O reformador francês o descreveu como um “irmão… trabalhando com energia pela fé”. Knox, de sua parte, ficou tão impressionado com a Genebra de Calvino que a chamou de “a escola mais perfeita de Cristo que esteve sobre a terra desde os dias dos apóstolos”.

Knox viajou então para Frankfurt am Main, onde se juntou a outros protestantes refugiados – e rapidamente entrou em controvérsia. Os protestantes não conseguiam concordar com uma ordem de culto. As discussões tornaram-se tão acaloradas que um grupo abandonou uma igreja num domingo, recusando-se a cultuar no mesmo prédio que Knox.

De volta à Escócia, os protestantes estavam redobrando seus esforços e congregações estavam se formando por todo o país. Um grupo, que veio a ser chamado de Os Senhores da Congregação, votaram para fazer do protestantismo a principal religião da Terra. Em 1555, eles convidaram Knox para retornar à Escócia para inspirar a tarefa da reforma. Ele passou nove meses pregando extensiva e persuasivamente na Escócia antes de retornar à Genebra.

Golpes furiosos - Mais uma vez longe de seu lar, ele publicou alguns de seus tratados mais controversos: em sua Admonition to England [Admoestação à Inglaterra], rancorosamente atacou os líderes que permitiram ao catolicismo voltar à Inglaterra. Em The First Blast of the Trumpet Against the Monstrous Regiment of Women [O primeiro toque da trombeta contra o regime monstruoso das mulheres], argumentou que uma governante mulher (como a rainha inglesa Mary Tudor) era “mais odiosa na presença de Deus” e que ela era “uma traidora e se rebelava contra Deus”. Em Appellations to the Nobility and Commonality of Scotland [Apelos à nobreza e à plebe da Escócia], estendeu às pessoas comuns o direito – na verdade a tarefa – de se rebelar contra governantes injustos. Como ele disse a rainha Mary da Escócia mais tarde: “A espada da justiça pertence a Deus, e se os príncipes e governantes deixarem de usá-la, outros o farão.”

Knox retornou à Escócia em 1559, e mais uma vez emprestou suas habilidades formidáveis de pregação para aumentar a militância protestante. Poucos dias após sua chegada pregou um sermão violento em Perth contra a “idolatria” católica, causando tumulto. Imagens foram esmagadas e templos religiosos destruídos.

Em junho, foi eleito ministro da igreja de Edimburgo, onde continuou a exortar e a inspirar. Em seus sermões, sempre gastava meia hora calmamente fazendo a exegese de uma passagem bíblica. Então, quando aplicava o texto à situação escocesa, tornava-se “ativo e vigoroso” e esmurrava o púlpito violentamente. Disse um homem que tomava notas: “Ele me fez sacudir e tremer de um modo que eu não podia segurar a caneta.”

Os Senhores da Congregação ocuparam militarmente mais e mais cidades, de modo que finalmente, no tratado de Berwick de 1560, ingleses e franceses concordaram em deixar a Escócia (os ingleses, agora sob o reinado da protestante Elizabeth I tinham ido ajudar os escoceses protestantes; os franceses estavam ajudando o grupo católico). O futuro do protestantismo na Escócia estava garantido.

O Parlamento ordenou que Knox e cinco outros colegas escrevessem uma Confissão de Fé, o Primeiro Livro da Disciplina e o Livro da Ordem Comum — os quais colocaram a fé protestante na Escócia de um modo distintamente calvinista e presbiteriano.

Knox terminou seus anos como pregador na igreja de Edimburgo, ajudando a moldar o protestantismo na Escócia. Durante esse tempo, escreveu History of the Reformation of Religion in Scotland [História da reforma da religião na Escócia].

Embora permaneça um paradoxo para muitos, ele claramente foi um homem de grande coragem. Alguém, diante da sepultura aberta de Knox, disse: “Aqui jaz um homem que nunca lisonjeou nem temeu nenhuma carne.” O legado de Knox é grande: seus filhos espirituais incluem cerca de 750 mil presbiterianos na Escócia, 3 milhões nos Estados Unidos e muitos milhões espalhados pelo mundo todo.
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