sábado, 27 de dezembro de 2008

ENTREVISTA: REGIS DANESE


"Como Zaqueu, eu quero subir... Entra na minha casa, entra na minha vida...", o louvor "Faz um milagre em mim", de Régis Danese, tem sido cantado em muitas igrejas pelo País. O seu novo álbum, "Compromisso", que contém a canção, vendeu 50 mil cópias em menos de um mês.

Quando assediado pela imprensa, o cantor transparece a simplicidade e a simpatia, além do sotaque, típicos do jeito mineiro. Em entrevista ao Portal Guia-me, o cantor conta um pouco sobre seu testemunho e o propósito de seu ministério.

Portal Guia-me: Teu interesse pelo Evangelho foi impulsionado quando seu casamento passou por uma crise e um amigo lhe falou de Jesus. Como é viver hoje um casamento para a glória de Deus?

Régis Danese: Olha, é uma bênção, porque nós ficamos casados dois anos e na época eu falava de amor, fazia música de amor, várias composições minhas foram gravadas por "Daniel", "Só para Contrariar", "Leandro e Leonardo", "Gian e Giovani", mas eu vivia o oposto de tudo que eu cantava e falava. A partir do momento em que eu entreguei a minha vida para Jesus, eu e minha esposa, a gente estava se separando, mas naquele momento, o nosso casamento foi restaurado, naquela hora. E depois de quatro meses, nós nos batizamos nas águas. Isso aconteceu para a glória de Deus. Onde eu passo, testemunho. É uma bênção.
Olha, se a sua família não está legal, nada vai bem na sua vida, isso também acontece para quem não é convertido. Então, a família estruturada, um casamento abençoado faz a diferença para um homem, um trabalhador... na vida de uma mulher. Porque um homem se o casamento dele não está legal ou a família não está legal, ele não consegue trabalhar bem. Agora, de repente, eu paro, Deus restaura meu casamento. E hoje na presença de Deus com a minha família é maravilhoso.

PG: O fato de você ter composto músicas para artistas conhecidos no meio secular o aproxima hoje deles para que possa falar do Evangelho?

Régis Danese: Sim. Eu já fiquei alguns anos sem vê-los, mas nesses últimos tempos, a cada dia, Deus está me aproximando de um deles. E eu já tive oportunidade de falar de Jesus.

PG: Eles o receberam bem porque já conheciam o seu trabalho?

Régis Danese: Sim, mais por ver o que Deus fez em minha vida, a transformação.

PG: Hoje você canta somente música cristã?

Régis Danese: Somente. Eu estou no terceiro CD na Line Records, não gravo música romântica, música para novela, só para adorar a Deus.

PG: Isso simboliza "Compromisso", que é também o nome do teu CD?

Régis Danese: Sim, compromisso. Esse é o meu "compromisso". Não só esse, o meu compromisso é a cada dia buscar santidade. A gente é cheio de defeitos, de falhas, então, é não procurar cair no mesmo erro. Sempre buscando a Deus e consagrando mais. Cantar músicas para que haja cura, restauração. Não simplesmente: "Que música linda!" E não acontecer nada. A música tem que ser usada, a gente tem que ser usado.

FONTE: http://www.guiame.com.br/

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Uma visão capaz de influenciar o mundo


Por Jairo de Oliveira

Embora desejasse muito, ele não chegou a se tornar um missionário transcultural. Todas as suas tentativas de se estabelecer no campo missionário foram fracassadas em razão de complicações com a saúde; sem contar o fato de ter sido rejeitado como candidato por uma organização missionária. Nem por isso, desistiu de sua visão de alcançar o mundo com o evangelho. Pelo contrário, já que não tinha condições de ir pessoalmente, resolveu enviar outros em seu lugar. Um de seus lemas era: “Nenhuma visão que não seja o mundo é a visão de Deus”. Seu nome era Oswald Smith, pastor da Igreja do Povo, em Toronto, no Canadá, homem que sustentou centenas de missionários e chegou a enviar mais missionários para o mundo do que qualquer outra igreja de sua época. Suas iniciativas para influenciar o mundo foram tão grandes que milhares de pessoas o chamavam de “Sr. Missões”.

É fantástico quando a visão de Deus alcança o coração de um homem! A visão de Deus é aquela que sonda a necessidade de cada ser humano e produz uma ação prática para responder à humanidade e revelar Sua glória em todos os continentes, países, cidades, povos, aldeias e malocas. João bem descreve que essa perspectiva global da humanidade moveu o coração de Deus a ponto de dar seu Filho unigênito para a salvação de todos os homens, em todos os lugares. “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3.16).

O projeto divino é global e sempre foi desenvolvido a partir desta perspectiva. Portanto, identificarmo-nos com uma visão global – em semelhança a homens como Oswald Smith – e trabalharmos para influenciar as nações é agir de acordo com os propósitos de Deus. Não se trata de modismo ou influência do movimento moderno de globalização, mas de uma atitude de obediência ao mandamento divino: “Mas recebereis poder, ao descer sobre vós o Espírito Santo, e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até os confins da terra” (At 1.8).

Desta forma, podemos afirmar que o desafio para a igreja deste novo milênio é corresponder aos seus desafios locais, mas ao mesmo tempo pensar, visualizar e agir globalmente. Isto é, de maneira simultânea, tanto numa ação local, como num mutirão global.

Seria pedir de mais, requerer que uma igreja local desenvolva uma consciência e uma ação global? Bem, se uma empresa, no mundo de hoje, que não pensa globalmente está condenada à estagnação, o que dizer de uma igreja que não tem uma visão global e não considera sua tarefa globalmente? A igreja foi estabelecida para corresponder aos desafios mundiais e deve ser caracterizada por sua visão do mundo. De outra forma, ela perde sua identidade e nega a sua natureza como agência do Reino de Deus para as nações.
Não há dúvidas de que mais do que em qualquer outro tempo, o mundo clama por homens e mulheres com uma visão de Deus. Este cenário transforma em urgente a tarefa de cada igreja local se identificar com a visão do alto e assumir ações transformadoras, em todas as partes do planeta.

Depois das tsunamis, em dezembro de 2004, veio o terremoto, em maio de 2006. Em junho do mesmo ano, lá estava outra tsunami. Agora, o maior país muçulmano do mundo, a Indonésia, sofre com a lama quente de um vulcão – em erupção em setembro de 2006 – que amplia o estado de destruição e eleva o número de desabrigados no país. De maneira angustiante e com a esperança de uma vida melhor abalada, o povo clama por socorro ao deus do Alcorão.

E o que dizer daqueles que vivem em condições mais favoráveis, mas clamam por nunca terem sido alcançados pela pregação verbal do evangelho? São, pelo menos, 2,3 bilhões de pessoas que não tiveram ainda a chance de ouvir o evangelho de forma compreensível. Estamos falando de pessoas que vivem em contextos de isolamento geográfico, religioso e social e para serem alcançadas carecem de ajuda externa, como, por exemplo, a intervenção de um missionário.

Em nossa própria nação, de um total de 251 tribos indígenas1 cerca de 113 tribos não têm a presença de missionários evangélicos. Há ainda uma enorme quantidade de comunidades em todo o país, inclusive sertanejos e ribeirinhos, que não têm acesso ao evangelho. Segundo dados oferecidos pela Missão Juvep, somente na zona rural nordestina do nosso país, destacam-se mais de 320 municípios com 97% de pessoas que não conhecem o evangelho e mais de 10.000 aglomerados humanos sem nenhum crente. Calcula-se que em todo o sertão cerca de 95% das pessoas nunca foram evangelizadas...
É urgente expandirmos nossa ação e influenciarmos o mundo a partir de uma visão dada por Deus! Vale lembrar aqui que uma igreja que expande seus horizontes e atua globalmente não é aquela que disputa terreno com outras igrejas e faz da sua denominação uma marca registrada em cada país do mundo. Uma igreja que obedece a ordem divina é aquela que anuncia o evangelho e faz discípulos onde Cristo ainda não foi nomeado.

Ainda hoje, mesmo depois de sua morte no ano de 1986, a vida de Oswald Smith se destaca por sua visão global, capaz de influenciar o mundo. Testemunhos de vida como esse, além de empolgantes, servem-nos como amostra do que a visão de Deus pode fazer no coração de alguém apaixonado pela evangelização mundial.
Senhor, contempla a Igreja brasileira e nos dá a Tua visão, capaz de influenciar o mundo!

*O Pr. Jairo de Oliveira é autor dos livros 'MISSÕES: A RAZÃO DA EXISTÊNCIA DA IGREJA', e 'MISSÕES E CULTURAS' (ambos pela AbbaPress), entre outros.
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1 - O número de tribos indígenas brasileiras tem variado ao longo dos anos. Dessa forma, os números apresentados no texto estão de acordo com dados mais recentes divulgados pela FUNAI.

Via site da Família Matioli - http://www.familiamatioli.com.br/

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Natalie Grant, cantora gospel americana, e sua luta contra o tráfico sexual infantil na Índia



Quando Natalie Grant deparou-se com a tragédia do tráfico sexual infantil no sul da Ásia, a popular cantora sabia que precisava fazer algo a respeito.

Portal CRISTIANISMO HOJE - www.cristianismohoje.com.br/


Para ser sincera, eu estava vivendo uma fase onde o dia não tinha horas suficientes para fazer tudo o que eu precisava. Muitas expectativas e obrigações em pauta. Possuía a certeza de que não estava sensível e atenta a nenhuma mudança de rumo na vida. Não tinha tempo para grandes surpresas. Mas quando Deus tem algo a lhe mostrar, é incrível o que Ele usa para chamar sua atenção.

Eu só queria deitar em frente à televisão e apagar. Um episódio da série Law & Order (Lei e ordem) estava passando enquanto eu me deitava na minha cadeira preferida e tomava uma xícara de chá. Eu sabia que os casos mostrados em Law & Order sempre foram baseados em casos reais: “extraídos das manchetes dos jornais!”, gritavam nos comerciais. Mas eu não podia acreditar no que eu estava vendo: meninas de 10, 11, 12 anos, colocadas em jaulas e enviadas para a América como escravas sexuais e forçadas à prostituição. Enquanto sentava em minha casa tão confortável, na cadeira de couro e com uma xícara quente de chá na mão, pensei: “isso não pode ser verdade. Quer dizer, talvez em algum lugar do mundo, mas não na América”. Eu nunca havia escutado o termo “tráfico humano”.

Peguei meu laptop, procurei as palavras, fiquei horrorizada com o que li e com o que vi. Na tela do meu computador, o rosto de lindas e doces meninas, vivendo enjauladas; seus olhos tristes olhavam em minha direção. Pareciam dizer: “você está me vendo?”.

Os rostos e os fatos eram chocantes: seis milhões de crianças são vendidas e abusadas ao redor do mundo, algumas tão pequenas que não chegam a ter cinco ou seis anos de idade. Pelo menos 25 mil destas crianças são enviadas para os EUA, como escravas sexuais. Sim, enviadas para a “terra da liberdade”. Como se a pobreza e o abandono não fossem trágicos o suficiente, muitas destas crianças são mantidas em jaulas e forçadas a cometer atos indescritíveis 50 vezes por dia ou mais.

“Você me vê?” - Caminhos misteriosos. Como isto poderia estar acontecendo? Por que eu nunca havia ouvido sobre isso antes? Conforme eu olhava para a tela do computador, chocada com as histórias destas doces crianças, roubadas em sua inocência e liberdade, eu chorei por horas. Estava quebrantada em saber que tanto mal existia no mundo e que eu estava tão cega, tão desatenta a respeito.

Naquela noite, enquanto lia sobre o tema na internet, encontrei duas organizações cristãs dedicadas em resgatar crianças da prostituição e dar a elas a chance de uma vida saudável: Shared Hope (Esperança Compartilhada) e International Justice Mission (Missão e Justiça Internacional).

Foi como se uma luz se acendesse em minha mente. Na manhã seguinte, liguei para a Shared Hope e desatei a falar como uma louca acerca do que havia descoberto na noite anterior, disse que era cantora e que gostaria de ajudar a falar para as pessoas sobre esta tragédia.

A jovem que me atendeu ao telefone disse: “Acalme-se. Fale devagar. Primeiro me diga seu nome”. Quando eu disse a ela o meu nome, ela respondeu: “Natalie Grant? Fui ao seu show na semana passada!”.

Sempre acreditei firmemente na verdade de que “Deus trabalha por caminhos misteriosos”, mas naquele momento, Deus tornou tudo claro como cristal para mim. Aquele episódio de Law & Order havia sido o início de uma intervenção divina, o começo de algo que iria transformar minha vida para sempre.

Nas ruas de Mumbai - Dentro de poucos meses, meu marido Bernie e eu viajamos para Mumbai (antiga Bombaim), na Índia. Viajamos com a missão Shared Hope e sua fundadora, a ex-senadora Linda Smith. Pude ver com meus próprios olhos a tragédia da escravidão infantil e o que tem sido feito a respeito para interromper este processo. Nunca esquecerei o que vi ali. Não quero esquecer.

Era luz do dia e andávamos pelas ruas de Mumbai, quando vi uma preciosa garotinha olhando para nós. Ela não tinha mais do que sete anos. Seus olhos olhavam nos meus com intensidade. Suas mãos estavam estendidas para fora das barras de uma jaula. Sim, uma jaula nada diferente daquelas onde nós colocamos animais. Meus olhos não conseguiam mover-se dos dela e por alguns segundos, percebi como era a vida desta garotinha. A vida dela era esta, na jaula. Todos os dias pessoas passavam pelas ruas e não olhavam para ela, nem a notavam.

Um homem indiano chamado Deveraj lidera um ministério de resgate de crianças; ele andava conosco pelas ruas. Deveraj disse: “Aqui é onde eles mantêm as meninas. Só as libertam nos horários em que precisam servir aos clientes”. Não sabia o que fazer para não vomitar. Sentei na calçada e chorei por muito tempo.

De Mumbai, viajamos para um local chamado “Vila da Esperança”. Quando resgatam as meninas da cidade, levam as crianças para o que será sua primeira casa de verdade, um lugar maravilhoso. São alimentadas, vestidas, educadas e ensinadas sobre Deus. Foi incrível ver aquelas garotinhas, crianças, pré-adolescentes e as adolescentes que haviam tido experiências inimagináveis de tragédia e abuso, agora felizes e em lugar seguro. Completamente restauradas. Vivendo, respirando um ar de paz vindo de Deus.

Lembro de duas garotinhas em particular, que para minha surpresa, vieram me encorajar. Na semana anterior da minha ida à Índia, sofri uma ruptura nas cordas vocais e os médicos me disseram que eu não poderia falar por 30 dias. No início, pensei que nem poderia viajar. Mas em meu coração eu sabia que esta era a vontade de Deus, que eu fizesse a viagem. Eu não sabia que o silêncio imposto pelos médicos seria uma bênção disfarçada. Muitas vezes falo sem pensar e verbalizo antes de processar as coisas por completo. Agora eu não poderia falar nada e como resultado, senti tudo de forma profunda, pude realmente ouvir e compreender aquela realidade de forma mais aprofundada.

Na Vila da Esperança, conheci duas garotinhas de cinco anos de idade. Uma já havia sido usada para prostituição durante um ano e a outra tinha AIDS. Agora estavam felizes e a salvo, vivendo com a nova esperança. Aquelas doces meninas queriam orar por mim, por minhas cordas vocais. E como oraram! Nunca havia recebido uma oração daquelas em minha vida. Orações vindas do coração, fé e sabedoria espiritual que iam além de sua pouca idade. Foi um momento que levarei comigo para sempre.

Cresci na igreja e sempre senti que conhecia o poder da redenção em nossas vidas, mas nunca havia entendido tão claramente e profundamente como naquele dia. No meio dos sorrisos daquelas garotinhas, seus olhos mostravam esperança e vida nova. Eu encontrei um tesouro e precisava compartilhar acerca dele.

Voz pela justiça - Quando Bernie e eu retornamos para casa, refleti sobre o que eu havia visto e experienciado na Índia. Sabia que eu não podia retornar à mesma vida de sempre. Nunca havia me sentido tão viva e tão determinada a fazer algo que realmente importasse. Sempre acreditei que Deus me deu a voz para cantar e que Ele cria as oportunidades para que eu continue a carreira e viva fazendo aquilo que amo. Mas Deus usou a Índia e aquelas meninas para me mostrar que minha vida de artista tem que ir muito além de cantar. Não estou aqui apenas para cantar. Estou aqui para doar minha vida, dividir as experiências e o conhecimento que Deus me deu, dizer aos outros a respeito da experiência na Índia e o que podemos fazer para apoiar os esforços missionários naquele lugar. Quero que minha música vá além de melodias agradáveis.

Quero inspirar pessoas a serem instrumentos da paz e da justiça de Deus no mundo. Quando estão abertos e desejam usar suas vidas para abençoar a outros, Deus ilumina até os lugares mais escuros.

Natalie Grant é uma cantora cristã norte-americana. É autora do livro The Real Me: Being the Girl God Sees.
Melissa Riddle é uma escritora residente em Nashville (EUA).


FATOS SOBRE O TRÁFICO SEXUAL

A International Organization for Migration estima que a cada ano 500.000 pessoas sejam vendidas para mercados de prostituição na Europa. As vítimas do tráfico sexual são mulheres e homens, meninas e meninos, mas em sua maioria mulheres e meninas. Existe um padrão comum de aliciamento às vítimas para situações de tráfico sexual, incluindo:

* A promessa de um bom emprego em outro país.

* Uma falsa proposta de casamento que se torna um cárcere.

* A venda para o mercado sexual por pais, maridos e namorados.

* Ser seqüestrada diretamente por traficantes.


COMO AJUDAR?

Inspirada em sua experiência na Índia, Natalie fundou a The Home Foundation, uma ONG missionária para lutar contra a escravidão infantil, mobilizar e conscientizar a população, promover ajuda, resgate e restauração para vítimas do tráfico sexual nos EUA e ao redor do mundo.
Melissa Riddle
Copyright © 2008 por Christianity Today International

Para visitar o site oficial da cantora Natalei Grant, clique aqui.

Para visitar o site The Home Foundation, clique aqui.

sábado, 20 de dezembro de 2008

Vem ai o maior evento teológico do Brasil - O Encontro para a Consciência Cristã

O Encontro para a Consciência Cristã é um evento que tradicionalmente ocorre no período do Carnaval, cujo objetivo é proporcionar uma reflexão social, filosófica, bíblica e teológica sobre as grandes questões que desafiam a humanidade neste terceiro milênio, numa perspectiva de exaltar a pessoa de Jesus Cristo, edificar a Igreja, defender a Fé cristã e promover a proclamação do evangelho.

O evento é realizado em uma estrutura móvel que ocupa uma área de quase 50.000 metros quadrados, incluindo toda a extensão do Parque do Povo – a principal praça de eventos da cidade -, e áreas adjacentes. Essa mega-estrutura é composta por uma grande tenda com capacidade para dez mil pessoas, stands, Praça de Alimentação e eventos, com quiosques e fast-foods, palco interno e externo.

Há ainda uma Central de Palestras, que é um conjunto de oito tendas, todas climatizadas, com capacidade para trezentas pessoas cada, nas quais é realizada a programação diurna do evento. Há também um espaço dirigido às crianças (na Pirâmide do Parque do Povo), além de espaços como o Centro Cultural, Teatro Rosil Cavalcanti e o Centro d Jovem, os quais também utilizamos para a realizar palestras e workshops.

O Encontro é organizado pela VINACC – Visão Nacional Para a Consciência Cristã, organização não-governamental, interdenominacional, sem fins lucrativos ou políticos, sediada na cidade de Campina Grande/PB, mantida por doações voluntárias e que realiza, além da Consciência Cristã, trabalhos na área de conscientização, defesa da fé cristã, ação social e evangelização, contando com o apoio de mais de 80% das Igrejas Evangélicas da Paraíba, bem como de instituições cristãs de todo o país.

XI ENCONTRO PARA A CONSCIÊNCIA CRISTÃ

A VINACC está preparando um momento especial: A 11ª edição do Encontro para a Consciência Cristã. O trabalhado tem sido realizado arduamente para possibilitar a montagem de uma grande estrutura para o evento, que ocupará uma área de, aproximadamente, cinqüenta mil metros quadrados.

De 18 a 24 de fevereiro de 2009, o Encontro Para a Consciência Cristã vai, mais uma vez, impactar positivamente a vida de milhares de pessoas, durante o período do Carnaval. Na programação de pré-abertura, dia 14 de fevereiro, acontecerá a quinta edição do Projeto Jonas na cidade de Campina Grande, que realizará uma grande evangelização em massa em toda a cidade, uma carreata à tarde e encerrando no turno da noite com o Grande Encontro de Famílias com Cristo. Além disso, haverá uma programação especial da “Consciência Cristã Kids”, onde será realizada uma grande Marcha em Defesa da Família numa perspectiva cristã, também no dia 14 de fevereiro, pela manhã, pelas principais ruas centrais da cidade.

O Encontro terá mais de trinta palestrantes, entre pregadores, pesquisadores e professores, de renome nacional e internacional, que participarão de seminários, palestras, workshops e painel – num total de cerca de 90 participações. Também serão realizados 19 eventos paralelos com temas voltados para: família, juventude, louvor, intercessão, teologia, a filosofia, cidadania, missiologia, sexualidade, ética, liderança e a defesa da fé cristã, além da Ação Social e Cidadania com Cristo, que oferecerá atendimentos gratuitos à comunidade carente da cidade.

A VINACC conta com sua participação no XI Encontro para a Consciência Cristã, este que é considerado o maior evento deste gênero em toda a América Latina.

Para saber mais acesse: http://www.vinacc.org.br/

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Restrição à entrada de missionários em terras indígenas - Oração urgente!

Já está na Casa Civil, aguardando a assinatura do Presidente, mais um decreto de lei* que restringe a entrada de missionários, pesquisadores e ONGs em terras indígenas. Se assinado, para um missionário entrar em terra indígena terá que enviar seu projeto para o Ministério da Justiça e, dependendo da área, também para o Ministério da Defesa e Conselho de Defesa Nacional. Aqueles que já estão em área terão 180 dias para submeter seus projetos a tais órgãos e, possivelmente, terão que deixar a área até sair a aprovação.

Em termos práticos, sabemos que pelo menos grande parte desses projetos jamais será aprovada, não por falta de consistência mas por causa da resistência ao evangelho. Lembremos que equipes missionárias já foram retiradas de terras indígenas no Brasil sem jamais conseguirem autorização para retornarem.

Estamos articulando uma reunião no Congresso Nacional, com os parlamentares da frente evangélica, na próxima quarta-feira, dia 17, logo após o culto semanal normalmente realizado as 9 h. no anexo 2. Na ocasião disponibilizaremos a cada um deles, e suas assessorias, uma cópia do nosso recém escrito Manifesto. Todos os que puderem participar serão bem vindos. Já mobilizamos os colegas de Anápolis e Brasília - Asas de Socorro, MNTB, SIL, ATINI, JMN e outros.

A exemplo da rainha Ester (4.16), gostaríamos de convidá-lo a juntar-se a nós em oração para que tal decreto não seja sancionado. Temos poucos dias, mas sabemos o Senhor pode intervir e transformar o mal em bem.

Rocindes Corrêa
Diretor do Depto. de Assuntos Indígenas - AMTB
www.amtb.org.br


Leia a matéria que saiu no jornal O Estadão

Um decreto à espera da assinatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva criará restrições para a entrada de pesquisadores, missionários e organizações não-governamentais em terras indígenas. O texto obriga os religiosos, cientistas e ONGs a submeterem seus projetos à prévia análise do Ministério da Justiça. Se a reserva estiver próxima à faixa de fronteira ou na Amazônia Legal, a autorização dependerá ainda da avaliação do Ministério da Defesa e do Conselho de Defesa Nacional.

O decreto é parte da estratégia do governo para controlar a ação das organizações não-governamentais e coibir a biopirataria e a exploração ilegal de recursos no Brasil, especialmente por estrangeiros. O documento chegou à Casa Civil uma semana antes do julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol (RR) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para a próxima quarta-feira.

O texto obriga que pessoas físicas e jurídicas que queiram desenvolver atividades nas reservas entreguem ao Ministério da Justiça um plano de trabalho que especifique o objetivo do projeto, o prazo necessário para sua execução, as estimativas de gastos e as fontes de financiamento. Além disso, as ONGs precisam ter cadastro no Ministério da Justiça.

Caso o pesquisador seja estrangeiro, precisará de visto específico e deverá indicar o percurso a ser feito na terra indígena e as datas previstas para o início e término dos estudos. Ele não poderá, portanto, valer-se do visto de turista para entrar na reserva.

No caso de ONG estrangeira, os responsáveis deverão apresentar o comprovante de autorização para funcionamento no Brasil e certidão de regularidade emitida pelo ministério.

A licença para entrar na reserva será cancelada se o objeto do estudo for alterado sem a autorização do Ministério da Justiça. Os pesquisadores deverão, nesta hipótese, deixar imediatamente a região. O estrangeiro poderá ser deportado se não tiver visto específico para a atividade que for desenvolver.

O pesquisador, missionário ou ONG que estiver em terra indígena quando o decreto for publicado terá 180 dias para pedir autorização do Ministério da Justiça, preenchendo todos os requisitos previstos no texto.

FISCALIZAÇÃO

Atualmente, a entrada em terras indígenas é regulada por uma portaria da Fundação Nacional do Índio (Funai), destinada a proteger especificamente direitos sobre “as manifestações, reproduções e criações estéticas, artísticas, literárias e científicas” dos índios.

Porém, por falta de estrutura e fiscalização, missionários ou pesquisadores podem burlar essa barreira. “Hoje o controle, quando feito, acaba sendo muito frouxo. Além do que, não há qualquer acompanhamento da atividade de quem entra na reserva”, afirmou o secretário de Assuntos Legislativos do ministério, Pedro Abramovay.

Em alguns casos, índios que pouco tiveram contato com o homem branco são abordados por religiosos interessados em catequizá-los. Depois de feita a aproximação, o processo para a retirada desses missionários das aldeias torna-se complicado, até porque os índios acabam aderindo à religião.

A edição do decreto é a segunda iniciativa do governo no controle, especialmente, das ONGs estrangeiras. A primeira foi obrigá-las a renovar o registro no Cadastro Nacional de Entidades (CNEs), da Secretaria Nacional de Justiça.

Para garantir o respeito a essas regras, admitem integrantes do governo, é preciso, além da legislação, estabelecer a presença do Estado com o aumento da fiscalização nas terras indígenas.

AS REGRAS

O que diz o texto do decreto

O decreto vale para pessoas físicas e jurídicas, nacionais ou estrangeiras, que queiram desenvolver atividades nas reservas indígenas

O texto exclui as organizações dirigidas exclusivamente por índios ou comunidades indígenas sem vínculo com pessoas jurídicas

Para entrar na reserva e desenvolver as atividades será necessária autorização do Ministério da Justiça

Se a terra estiver na Amazônia Legal ou na faixa de fronteira, a autorização dependerá da Defesa e do Conselho de Segurança

Deverão constar nos pedidos de autorização o plano de trabalho, estimativa de gastos e indicação das fontes de financiamento

No caso de estrangeiros, será preciso ainda indicar o percurso a ser feito na região e as datas para início e término do trabalho

O estrangeiro precisará de visto de pesquisador para desenvolver suas atividades em terras indígenas

As ONGs precisam estar cadastradas no Ministério da Justiça e devem apresentar anualmente a Certidão de Regularidade

Se a ONG for estrangeira, precisará ainda apresentar comprovante de autorização para funcionamento no País

Quem estiver trabalhando em terra indígena na data em que o decreto entrar em vigor terá 180 dias para solicitar a autorização

O estrangeiro que exercer as atividades indicadas no decreto com visto de turista poderá ser deportado

A autorização para ingresso na terra indígena terá prazo determinado e o pedido de prorrogação precisa do aval do ministério

Se houver desvio de atividade durante o trabalho, a autorização da ONG para funcionar no País poderá ser cassada

fonte: www.estadao.com.br/estadaodehoje/20081208/not_imp290170,0.php

Como Igreja de Cristo oremos por esse decreto e por todos aqueles que se preocupam e fazem evangelização com os povos indigenas.

via Portal Evangeliza Brasil

Quando perdoar é difícil


George R. Foster

São raras as vezes em que encontramos facilidade para perdoar ou sentimos vontade de fazê-lo. Sabemos que temos de perdoar, mas estamos sempre ouvindo as insinuações do orgulho, da raiva e do instinto de conservação que sussurram ao nosso ouvido:
“Não aceite essa ofensa! Revide! Vá à forra! Não deixe que outros façam o que quiserem com você! Esse negócio de ‘bem-aventurados os mansos’ é para os fracos!”
Entretanto é exatamente quando não sentimos vontade de perdoar que mais precisamos fazê-lo. Existe um fato que pode nos ajudar bastante, pois tira muito do peso que sentimos nessa questão. É o seguinte: perdoar não depende da emoção; é uma questão de decisão.
Alguns anos atrás, um homem que eu considerava como amigo praticou um ato de traição para comigo. Eu sabia que, como crente, deveria perdoar-lhe. Então tomei uma decisão consciente nesse sentido. Todavia, durante algum tempo, continuei relembrando o incidente várias e várias vezes, e sentindo de novo todas as emoções que aquilo provocara em mim.
Certa noite, eu estava viajando num ônibus-leito, mas não consegui dormir. Aquele ato passava e repassava em minha mente, e pensava em como seria bom se pudesse dar um murro nele. Quando dei por mim, percebi que estava suando frio, meu coração batia rapidamente e tinha os punhos cerrados. Embora tivesse feito uma decisão consciente no sentido de perdoar-lhe, ainda me sentia magoado e estava com raiva dele.
Aquilo provocou em mim sentimentos de culpa e de autocondenação. O nosso “acusador” ficava me dizendo:
– Na realidade, você não perdoou aquele homem, senão não estaria sentindo tudo isso.
Mas eu repliquei:
– Perdoei, sim. E se não lhe perdoei, perdôo agora.
Essa reafirmação da decisão me ajudou um pouco, mas ainda sentia autocondenação. Na verdade, eu não compreendia a razão daquelas emoções, nem conhecia a dinâmica do perdão. Só algum tempo depois é que vim a entender que, como nossas emoções são reações involuntárias, Deus não nos culpa por elas. Portanto não devemos aceitar as acusações que Satanás lança contra nós, nem deixar que os sentimentos controlem nosso ser. Sabemos que temos a obrigação de decidir perdoar aos nossos ofensores e de manter essa decisão. Contudo, como temos de agir com relação às nossas emoções? O que eu já aprendi a respeito disso é o seguinte.

1. Reconhecer que temos emoções.
Ter emoções não é necessariamente um indício de pecado; é sinal de que somos humanos. Em si mesmas, elas não são o problema. São as conseqüências dele. É inútil negar os sentimentos. O que precisamos fazer é identificá-los, assumir que os temos e apresentá-los a Deus com toda a sinceridade. O que nos liberta é a verdade.

2. Não nos basear nelas para avaliarmos se Deus nos aceita ou não.
Deus nos aceita com base em sua graça, que gera em nós a fé. Se pensarmos que ele nos aceita só quando sentimos isso, estaremos pensando como quem acha que só é membro de sua família nos momentos em que sente que é. Nossos pais não diriam isso!

3. Rejeitar os sentimentos de condenação.
Quando erramos, o Espírito Santo nos traz convicção de pecado para que nos arrependamos. Já Satanás nos lança sentimentos de condenação com relação a emoções – que não são certas nem erradas – no intuito de nos deixar desalentados. Ele quer nos levar a pensar que não adianta tentarmos servir a Deus, e a desistirmos de tudo. Quando o Espírito Santo nos convence de pecado, ele o faz de forma específica. Já Satanás nos dá sensações vagas. O Espírito Santo aponta nosso erro. Satanás procura destruir nosso senso de valor pessoal.

4. Seguir a verdade.
Não existe nenhum mandamento na Bíblia dizendo como devemos nos sentir; pelo menos, eu ainda não encontrei nenhum. Ela nos orienta acerca dos atos, pensamentos, palavras e atitudes que devemos adotar, mas não dos sentimentos que devemos ter. Então, quando nossos atos, pensamentos e palavras são corretos, nossas emoções tendem a ser positivas também.

Já descobri que, na medida em que consigo controlar meus pensamentos, controlo também minhas emoções. Então resolvi que iria simplesmente “deixar pra lá” aquela traição do meu amigo. Não permitiria que aquilo me incomodasse mais. Assim, todas as vezes que ela me vinha à mente, procurava ter pensamentos de amor e perdão para com aquele homem. Chegou um momento em que aquilo já não me causava mais sofrimento. Hoje consigo lembrar daquela experiência, e até mesmo conversar sobre ela, sem dor no coração. Aliás, até tirei proveitos pessoais dessa situação. Aprendi a lidar com ela da maneira bíblica.

Esse artigo foi extraído do livrete “Perdoar e Receber Perdão”, publicado pela Editora Betânia.

George R. Foster trabalhou 25 anos no Brasil com a Missão Evangélica Betânia. Atualmente é pastor internacional dos missionários de Bethany Fellowship Missions. E-mail: george.foster@bethfel.org

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

14 de Dezembro - Dia da Bíblia

Celebrado no segundo domingo de dezembro, o Dia da Bíblia foi criado em 1549, na Grã-Bretanha pelo Bispo Cranmer, que incluiu a data no livro de orações do Rei Eduardo VI. O Dia da Bíblia é um dia especial, e foi criado para que a população intercedesse em favor da leitura da Bíblia. No Brasil a data começou a ser celebrada em 1850, quando chegaram da Europa e EUA os primeiros missionários evangélicos. Porém, a primeira manifestação pública aconteceu quando foi fundada a Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, no Monumento do Ipiranga, em São Paulo (SP).

E, graças ao trabalho de divulgação das Escrituras Sagradas, desempenhado pela entidade, o Dia da Bíblia passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de todas a semana que antecede a data. Desde dezembro de 2001, essa comemoração tão especial passou a integrar o calendário oficial do país, graças à Lei Federal 10.335, que instituiu a celebração do Dia da Bíblia em todo o território nacional.

Hoje, as celebrações se intensificaram e diversificaram. Realização de cultos, carreatas, shows, maratonas de leitura bíblica, exposições bíblicas, construção de monumentos à Bíblia e distribuição maciça de Escrituras são algumas das formas que os cristãos encontraram de agradecer a Deus por esse alimento para a vida.

FONTE: Sociedade Bíblica do Brasil - http://www.sbb.org.br/

Leia dezenas de frases sobre a Bíblia, Clicando Aqui.

Irmão André, da Missão Portas Abertas, na TV aberta - Divulgue e não perca!


Amados irmãos, neste sábado, 13 de dezembro, estará sendo homenageada no Programa do Raul Gil a cantora Fernanda Brum. E, dado o envolvimento voluntário da cantora com a causa da Igreja Perseguida, a Missão Portas Abertas foi convidada a dar um depoimento sobre a mesma. E o próprio Irmão André, o fundador da Missão, estará dando uma palavra, e ainda será veiculado um clipe sobre a Igreja Perseguida. É a chance de todo o Brasil saber mais sobre a causa de nossos irmãos perseguidos, em rede nacional de TV, no horário nobre do sábado à tarde.

Avise a seus irmãos e amigos! Sábado, a partir das 15:00h, na TV Bandeirantes.

Para mais informações siga este link: http://www.portasabertas.org.br/contribuicao/chamada_programa.asp

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A figura central da Revelação Bíblica


Jesus é a figura central da Revelação bíblica. O âmago ou cerne da mensagem de Deus contida nas paginas da Bíblia para o coração humano é Jesus, de sorte que, sem ter em vista a sua personalidade, não se pode ler com proveito a Bíblia.
Meditando na relação inseparável que existe entre a pessoa de Cristo e a bíblia, fizemos as seguintes observações:

1 – Ele é o grande objetivo do Velho e do Novo Testamento.
É ele o alvo para o qual tudo converge no Velho Testamento e o centro em torno do qual tudo gira em o Novo Testamento.
Alem das profecias messiânicas citada nas lições anteriores, poderíamos lembrar que o Velho Testamento esta´ repleto de símbolos, alegorias e tipos de Jesus Cristo.
Há pessoas, ofícios, ritos, cerimônias e acontecimento Históricos que falam de Jesus, Hb 8 a 10, Lc 24.44.

2 – Jesus Cristo, a maior maravilha de todos os tempos, é o segredo do valor incomparável da Bíblia.
A principal razão de ser a Bíblia, o Livro dos livros, é a pessoa de Jesus cristo revelado em suas paginas.
Esta afirmação ao diminui o valor intrínseco das Escrituras, que são o engaste de ouro digno da Grande Perola – Jesus. Ao contrario até, pois da Bíblia depende o nosso conhecimento de Jesus Cristo.
Os únicos documentos autênticos pelos quais se pode conhecer o Cristo real e histórico são os Evangelhos. Estes não fazem parte, apenas, da Bíblia mas estão, com o Velho Testamento, inseparavelmente entrelaçados, como já vimos.

3 – Jesus Cristo é a chave para a boa inteligência da Bíblia.
A Sua Pessoa permeia e explica a Bíblia, em toda a parte, Jo 5.39 e At 8.30-35. Aos discípulos no caminho de Emaús, Jesus apareceu e ensinou que o Velho Testamento falava de Sua Pessoa, de sua morte e de Sua Ressurreição, Lc 24.25-27 e 44. Pois a expressão: "Moisés, profetas e salmos" significa tríplice divisão do Velho Testamento, ou seja, da Bíblia hebraica.
Justificar
Autor: Guilherme Kerr

Fonte: ABC Doutrinário do Candidato a publica profissão de Fé; pg 19-20; Casa editora Presbiteriana.

Curso de Tradução Biblica

Quando penso em tradução da Bíblia, lembro-me de Irene Benson. Conheci essa missionária em visita a tribo de Mapuera no Pará em 1996. A tradução da Bíblia para os índios Waiwai começou em 1955 e terminou 46 anos depois, em 2001. Na ocasião faltavam ainda 5 anos para a conclusão do trabalho de tradução, mas os olhos dessa irmã brilhavam ao falar desse tempo traduzindo a Bíblia para esse povo. Estava claro que não importava o tempo investido, mas a relevância da obra concluída. Os Waiwai são um povo que, além do Pará, habitam também a Guiana e Suriname e estão entre os quatro grupos indígenas que possuem a Bíblia completa em sua própria língua. Há um grande desafio pela frente, pois temos 257 tribos indígenas no Brasil.
Por isso é motivo de grande alegria compartilhar essa importante notícia para a Igreja brasileira. Agora é possível fazer um curso de tradução bíblica com certificado de uma universidade. O curso de Introdução aos Estudos de Tradução Bíblica I será oferecido pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus São Paulo. É resultado de parceria entre o Mackenzie e APMT - Agência Presbiteriana de Missões Transculturais, SIL – Sociedade Internacional de Linguística e ALÉM – Associação Linguística Evangélica Missionária.
O objetivo do curso é fornecer noções fundamentais de teoria e descrição linguística para a formação de profissionais capacitados a trabalhar em contexto intercultural. Destina-se preferencialmente a graduados e graduandos em letras, letras/tradutor, teologia, pedagogia, ciências sociais e interessados com ensino médio completo. O início do curso será em março de 2009 e tem a duração de 60 horas. As aulas serão de segunda a sexta-feira das 14h00 as 18h00. São apenas 40 vagas.

Siga o exemplo de Irene e inscreva-se pelo site: http://www.mackenzie.br/introducao_estudos_biblicos.html
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via
Portal Evangeliza Brasil

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Entrevista com o teólogo Ariovaldo Ramos


“A criança é a melhor parte da humanidade”

Apresentação:
Sou Ariovaldo Ramos. Casado. Pai de duas meninas — Mirna com 21 anos e Raquel, com 18. Esposo da Judite; ela trabalha com as Edições Vida Nova. Eu sou missionário da SEPAL, que é uma organização para treinamento de pastores e líderes.

Mãos Dadas: A criança pode fazer teologia?

Ariovaldo Ramos: Qualquer uma. A criança, quando aprende dos pais sobre Deus, vai processar em sua mente o que aprendeu. Esse processo dela já é teologia. Então, todo mundo faz teologia. O que diferencia os “teólogos profissionais” dos demais é que eles transformaram o pensar em Deus no labor principal das suas atividades, transformaram isso em uma ciência. Mas teologia, no seu mais objetivo significado, qualquer ser humano faz; teologia cristã, qualquer pessoa faz.

M.D.: Com relação à criança, que papel a teologia tem? A teologia tem alguma contribuição a dar para pessoas que trabalham com crianças em situações de risco social? Qual?

A.R.: A teologia diz o seguinte para elas: Primeiramente, a criança foi reconhecida por Jesus Cristo como a melhor parte da humanidade. Quando perguntaram para Jesus Cristo quem era maior no reino, ele chamou uma criança. Quando perguntaram para Jesus Cristo como é que faz pra entrar no reino, ele também chamou uma criança. E ele disse que o maior no reino era quem fosse como uma criança; e ele disse que quem quisesse entrar no reino tinha de se tornar como uma criança. Então a criança é entendida por Jesus Cristo como a melhor parte da humanidade, a melhor parte da vida humana. Aqui está concentrado grande parte de todas as virtudes que Deus gostaria de ver vingando na humanidade.
Sendo isso verdade, localize nas crianças o que há de melhor - “o que Jesus elogiou nas crianças?” - e faça todo um trabalho para que ela possa crescer sem perder isso, isto é, a abertura de coração, a capacidade de perdão, a capacidade de fazer amizade, de reconhecer no outro um ser igual, independentemente da sua origem e da cor da sua pele – “é só mais uma criança que pode brincar comigo”. Ajude-a a crescer brincando com todos, como ela brinca agora. Se você pegar uma criança e a colocar no meio de outra criança - não importa se ela tem a cor da pele diferente, os olhos diferentes ou o cabelo diferente - cinco minutos depois você já não vai saber mais diferenciá-las, porque elas estarão brincando: correndo juntas, chutando bola, brincando de esconde-esconde ou de boneca. Trabalhe para que isso nunca se perca.
É na criança onde a humanidade consegue concentrar o melhor daquilo que a graça comum tem emprestado à ela na tentativa de dar tempo para a nossa reversão, para a nossa salvação. Os valores que aparecem na criança, são os valores que Deus deseja resgatar no ser humano. Então trabalhe com a criança de modo a fazer com que ela nunca perca isso.
Temos de reconhecer que a igreja evangélica não faz isso direito na base. Muitos programas de criança são, na verdade, um jeito de as crianças não atrapalharem os adultos. Elas são jogadas num canto, porque, afinal, quem vai prestar culto a Deus são os adultos. Porém, quem pensa assim não compreende que o verdadeiro louvor vem da boca de pequeninos. Portanto, ao invés de apartar as crianças, deveríamos ficar de joelhos e aprender com elas.
Não devemos adorar a Deus? Não reconhecemos que ele é a maior realidade do universo e que a melhor coisa que existe no mundo é a vontade dele? Portanto, se reconhecemos Deus e seu amor, também entendemos que louvar a Deus e reconhecê-lo é a melhor maneira de viver. Quem faz isso melhor? A Bíblia diz que são as crianças. Das crianças de peito e dos pequeninos, Deus suscita o louvor perfeito. Então vamos aprender com as crianças. Como é que elas falam com Deus? Como é que elas louvam a Deus? Como é que elas cantam? Como é que elas riem quando ouvem sobre Deus, quando ouvem sobre a história de Jesus? Como é que elas se identificam com ele?
Partindo dessa perspectiva, todos nós tínhamos de fazer um grande trabalho não apenas de ensinar as crianças, mas de aprender com elas. Porque Jesus as chamou como exemplo. Elas deveriam ser a nossa melhor fonte pra entender o que Deus quer.

M.D.: Existem duas direções na teologia com a criança. Uma (que talvez seja a mais comum no Brasil) é usar a teologia pra ensinar a criança; a outra é ter a criança como uma fonte da reflexão teológica. Há espaço para as duas?

A.R.: Há, claro. Sem dúvida nenhuma. E eu acho, inclusive, que a segunda é mais urgente. Nós desenvolvemos um sem número de técnicas de ensino de crianças. Muitas das nossas técnicas, inclusive, trabalham em cima de pesquisadores não-cristãos que elaboraram toda uma tese sobre a criança. Nós tínhamos de ter a coragem de elaborar uma nova tese sobre a criança. Precisamos transformar algumas coisas que as pessoas, inclusive esses pesquisadores, vieram a chamar de fragilidade infantil e entender que é nessa fragilidade que está a força. Nessa capacidade de perdoar facilmente, de pedir ajuda, de pedir socorro, de chorar quando sentir dor, de sair correndo atrás da mãe quando leva um tombo, de reconhecer a sua fraqueza e seu medo, de confessar que tem medo do que não entende e do que não conhece, reconhecer que precisa de ajuda e de proteção. O que durante séculos tem sido entendido como uma fraqueza, deve ser resgatado e compreendido: aqui está a força e a profunda realidade. Essas crianças não têm ilusões acerca de si. Elas sabem que precisam de ajuda. Elas sabem que estão com medo. Elas sabem que o escuro as amedronta porque é o desconhecido. E elas sabem que o desconhecido pode ser uma ameaça e que precisam de segurança.

M.D.: E, ao mesmo tempo em que ela está com medo, ela reconhece que o mundo não tem resposta pra tudo.

A.R.: Exatamente. E ao mesmo tempo ela tem aquela curiosidade que é o que contemporiza, o que equilibra o medo, porque senão o medo poderia levar a uma inação absoluta. Mas esse medo é compensado pela curiosidade, pelo desejo de saber, o desejo de conhecer, o desejo de experimentar. Essa coisa da criança, de que não basta só ter a informação, precisa provar. Então a criança pega tudo e leva à boca, porque tem que ter gosto. Se você falar para a criança que tem um gato dentro do armário, ela vai ver. Ela quer tocar no gato. Tem de ter gosto. Sua vida tem de ter gosto. Tem de ter risco. Se tivéssemos resgatado a criança, não teríamos caído, por exemplo, na frieza do Cartesianismo (que é a tese do René Descartes de que a razão é o primado da verdade). Segundo ele, verdade é aquilo que a razão é capaz de entender e de descrever. Isso reduziu o mundo a um código de informações. Assim, você conhece uma pessoa que é capaz de dizer tudo sobre a laranja, sem ter chupado uma laranja. Isso não passa na cabeça de uma criança. Você nunca vai ouvir uma criança dizer tudo sobre a laranja. Ela quer experimentar a laranja. É o que interessa sobre a laranja. É gostosa ou não? Está azeda? Isso é bom? É ruim? Isso aqui não faz bem ou “ah, não gostei!”. Tem gosto e tem desgosto, não é? É para ser provado. Agora nós caímos num mundo cartesiano, dessa coisa do primado da razão, em que nós somos capazes de descrever tudo sem ter posto a mão naquilo, sem ter tocado naquilo.

M.D.: Até Deus.

A.R.: Até Deus. Aí é a crítica que James Houston fez, por exemplo, para a psicanálise. Em que o cara é capaz de dissecar o ser humano sem lhe dar um abraço. De dizer pra ele o que está certo e errado com ele sem ter chorado com ele.

M.D.: E a teologia? Faz o que com a teologia?

A.R.: A teologia fundamentalista, sem alma, faz a mesma coisa, porque transforma a Bíblia num manual. E isso é um equívoco. Transformar a Bíblia num manual é prescindir do Espírito Santo. Eu sou um desses caras estranhos que gosta de ler manual. Leio o manual de tudo que compro. O princípio do manual é de que ele prescinde do autor do manual. Um bom manual é aquele em que a pessoa que escreveu não precisa estar perto. Se isso for necessário, é porque ele escreveu um manual ruim. Eu não posso ficar toda hora ligando para o responsável pela Palm dizendo: “Escuta, quando você escreveu aqui que se eu apertar a tecla tal... você estava querendo dizer o quê?” Não dá. Esse é um péssimo manual. Um bom manual é aquele em que eu não preciso mais do autor do manual.
Então, a Bíblia não é um manual. A Bíblia é a espada do Espírito Santo. Você não tem condições de trabalhar as Escrituras Sagradas sem o apoio do Espírito Santo. Você precisa dele. É ele que revela para você o que está na Bíblia. Ele a traduz em seu coração. Ele transforma as palavras dela em vida para você. Ele faz você perceber qual é a relevância e como aquilo deve ser interpretado para o dia de hoje. O fundamentalismo transformou a Bíblia num manual. Caiu no erro iluminista. Caiu no erro cartesiano.

M.D.: Virou uma fórmula...

A.R.: É uma fórmula. A razão humana vai dissecar o manual. Este prescinde de Deus. É como a história daquele pastor que estava viajando para fazer uma pregação. Aconteceu uma lufada de vento na viagem e as anotações do sermão voaram pela janela aberta do carro, mas ele não percebeu. Quando o pastor chegou à igreja, viu que as anotações tinham se perdido no caminho e disse: “Ó irmãos, lamentavelmente meu sermão voou da janela do carro. Por isso, hoje vamos ter de depender do Espírito Santo. Mas eu prometo que é a última vez”. Isso não pode acontecer.
Você não pode tirar a Bíblia e dizer que a Bíblia não é um livro inteligível. Ela é um livro inteligível. Claro. Ela é dada, escrita por gente inspirada, porém por gente que estava pensando. Não é psicografia. Os autores foram escrevendo ali no calor da vida, com sangue, suor e lágrimas. Não é “Oh! Deus está ditando! Entrou em transe!”. Não, não é nada disso. Eles estão escrevendo no dia-a-dia. E o Espírito Santo vai conduzindo-os nesse processo: inspirando, revelando e mostrando coisas para eles. E eles vão escrevendo. O Espírito Santo vai supervisionando tudo isso. No entanto, isso nasce da vida. Não é espiritismo. Isso nasce no seu relacionamento com Deus. Agora, a Bíblia, embora seja um livro absolutamente inteligível, é um livro em relação ao qual você não pode prescindir do Espírito Santo. Não pode prescindir de Deus. Então a Bíblia não é um manual.

M.D.: Voltando ao nosso agente social, que está lá trabalhando, que tem a Bíblia. O que ele pode fazer pra melhorar o pensar teológico em relação à criança?

A.R.: Primeiro, ele tem de desconstruir a imagem de criança que tem sido vendida esse tempo todo. Ele não pode mais se aproximar da criança como se ela fosse um ser ignorante para quem você precisa ensinar, senão ele não vai crescer em graça e sabedoria. Ele tem de chegar até à criança já pensando no seguinte: “Este ser é cheio de graça e de sabedoria; só que é uma sabedoria instintiva. Eu tenho de aparelhá-la de modo que ela possa ter cada dia mais consciência dessa sabedoria instintiva que há nela e saber crescer sem perder a sabedoria”.
A segunda coisa que ele precisa fazer é, na minha visão, algo óbvio: deixar a criança participar mais. Vamos suscitar esse louvor que a Bíblia diz que sai da boca dos pequeninos. Deixa as crianças falarem de Deus. Ao invés de doutrinar a criança a priori, deixa a criança falar de Deus e depois vai rearranjando o que ela falou nas lacunas que ela ainda tem. Entra em contato com a criança sabendo que instintivamente ela sabe o que a Bíblia diz: que dela sai o perfeito louvor. Então, deixa ela falar de Deus. Suscita coisas como: “O que é que você acha de Jesus? O que você acha de Deus? Como é que você entende isso aqui? O que é que você diria para Jesus se você tivesse lá na manjedoura com ele? O que é que você ia falar pra ele?”. Deixa a criança falar o que ela acha que Deus pensa sobre o tipo de vida que ela está levando. Esse é um conselho importante, principalmente, para as pessoas que trabalham com as crianças pobres. “O que você acha que Deus gostaria que realmente viesse a acontecer dentro de você?” Portanto, acho que essa é a segunda coisa: deixar as crianças falarem mais. Depois, é só ir fazendo os rearranjos e preenchendo as lacunas. Não é transmitir uma mensagem “de cima pra baixo”, com um pacote pronto em que toda a relação instintiva e intuitiva da criança com Deus vai ser sufocada. Assim, a criança vai ser o que os adultos querem que ela seja e vai falar de Deus do jeito que os adultos querem que ela fale.
O mercado ultimamente optou pela criança. Já viram a quantidade de propaganda pensando nas crianças? Essa é a grande missão do cristão que está envolvido com o ensino da criança e convivendo com ela: livrá-la das garras do mercado. Ele não deve permitir que o mercado transforme a criança apenas e tão somente em um consumista. Tem que ajudar as crianças a criar, inventar e construir seus próprios brinquedos e formas de brincar. Vamos deixar as crianças interpretarem as Escrituras. Deixálas representar as cenas bíblicas do seu jeito.
Outra coisa: brinque, porque criança aprende brincando. Brinque com a criança. Criança brinca. Não queira criar um ambiente adulto no meio das crianças. Eu me lembro que antes de eu me casar eu tive de fazer um curso na Costa Rica sobre trabalho com adolescentes. Fiquei lá participando do curso intensivo de um mês. E aí tinha um camarada... eu esqueço o nome dele. Um missionário que era professor na Universidade de Costa Rica na área de recreação, de lazer. Era a primeira vez na minha vida que eu ouvia que existia isso na universidade. E, então, ele disse uma coisa que marcou a minha vida e marcou o meu relacionamento com as minhas filhas. Ele disse: “Se você quiser realmente ensinar coisas a seus filhos, brinque com eles”.
Eu ensinei as verdades mais profundas para as minhas filhas (sobre ética, sobre justiça, sobre partilha), enquanto brincava com elas. Eu ensinei as coisas mais profundas sobre Jesus Cristo, sobre Deus, enquanto brincava com elas. Porque ali, no meio da brincadeira, quando uma tinha dificuldade de entender que a outra tinha se saído melhor, eu podia falar sobre alegrar-se na vitória de cada uma. Eu podia falar sobre aprender com a aparente derrota. O que é uma missão a se fazer. É uma verdade a se falar. É algo a aprendermos. E quando elas queriam mudar as regras do jogo no meio do caminho, eu dizia: “Não, agora a gente precisa terminar esse jogo primeiro, porque nós estabelecemos as regras, não foi? Então vamos até o fim com essas regras. Quando a gente terminar esse jogo e quiser jogar outra coisa, a gente pode pensar em outras regras. Mas agora que já fizemos as regras, não vamos mudar no meio do jogo. Não se muda as regras assim”.
Eu fui ensinando enquanto elas andavam de cavalinho em cima de mim. Deixavam minha esposa maluca porque a gente fazia “guerra de almofadas”! Nós sempre fomos pobres. Então a gente morava em apartamentos sem cortina. Você pode imaginar a baderna que era aquilo! As visitas entravam em parafuso, porque não ficava pedra sobre pedra. Mas ali, muito do caráter delas foi construído. Então, brinque com as crianças. Não transforme a escola dominical naquele negócio horrível. Não transforme os encontros naquele negócio horrível, militar. Brinque com as crianças, saiba ensiná-las as coisas mais profundas só enquanto brinca. Enquanto faz dinâmica, enquanto elas falam. Ajude...
Deixe as crianças orarem. Deixe as crianças falarem com Deus do jeito delas. Acredite que Deus realmente acha que as crianças são o máximo. Acredite nisso. Nós não somos. Nós, os adultos, nós perdemos muito de Deus. Nós perdemos muito da fé. Nós não conseguimos mais crer como uma criança crê. Nós não conseguimos nos jogar nos braços de Deus como uma criança se joga nos braços do Pai. Então, vamos aprender fé com as crianças. Vamos aprender confiança com elas. Vamos aprender dependência com a criança. Vamos desconstruir esse estereótipo que nós criamos, que “mata” as crianças, porque as força a serem adultas antes do tempo, e que não deixa que elas sejam a grande revelação de Deus. Do Deus que gosta de abraço, do Deus que gosta de aconchego, do Deus que sabe que você só realmente entendeu alguém quando você conseguiu abraçá-lo e chorar com ele. Isso a criança faz. Quando os pais não estragam, é lógico. Mas crianças que os pais não estragaram, é uma beleza!
Acho que temos de repensar o seguinte: em Mateus 18 Jesus Cristo não disse apenas que as crianças eram o principal no reino de Deus e que quem quisesse entrar nele tinha de se tornar como elas, mas Jesus Cristo disse também que quem desviasse uma criança, era preferível cometer suicídio. É melhor se matar do desviar a criança da sua simplicidade, do seu relacionamento com Deus. Jesus disse que a criança era tão importante que, por ela, deveríamos fazer qualquer sacrifício.
Jesus conta a estória do pastor de ovelhas que tem cem ovelhas. Uma se perde. Ele deixa as noventa e nove no monte e vai procurar a ovelha perdida. E aí ele pergunta: “Qual é o pastor que tendo cem ovelhas, perdendo uma, não deixa as noventa e nove nos montes e vai procurar a ovelha perdida?” E a resposta à pergunta dele é: “Nenhum.” Nenhum faria isso. Isso é uma loucura. Por quê? Porque se ele for atrás da que se perdeu e deixar as noventa e nove nos montes, quando voltar não tem mais nenhuma. Mas o que é que Jesus está dizendo? A criança é tão importante, que se precisar fazer uma loucura pra salvá-la, faça. Se tiver de mudar a economia pra salvar a criança, mude a economia. Se tiver de mudar a política pra salvar a criança, mude a política. Não importa o que tenha de fazer pra salvar a criança, faça. Porque a criança é o que há de melhor no ser humano.
E eu diria mais. No primeiro dia de juízo que a humanidade enfrentou, lá no jardim, quando nossos pais pecaram, traíram a Deus e romperam com ele, e nos lançaram nesse mundo de trevas no qual nós estamos, eu posso imaginar que todos os anjos estavam lá, observando o que o Altíssimo iria falar para aquele casal e para aquele ser híbrido, estranho, sem identidade, dissimulado e absolutamente incompreensível que também estava presente. Lemos aquela passagem bíblica e nem sempre percebemos que o que Deus fez parece ser a nossa grande condenação, mas, na verdade, foi a reinvenção da maternidade. Durante séculos, milênios, nós dissemos o que Adão disse: “A mulher, a mulher, a mulher.” Mas Deus nos salvou quando reinventou a maternidade.
Quando ele olhou para mulher, é como se dissesse: “Seu companheiro está dizendo que você é a grande responsável, mas para você entender que eu não concordo com ele, digo o seguinte: será a sua semente que libertará a sua raça.” Daquele dia em diante, todas as vezes que nós víamos uma mulher grávida, nós sabíamos que ali havia um sinal de esperança, porque uma criança estava chegando. Essa pode ser a criança que nós estamos esperando. Deus fez questão de avisar a humanidade: “A criança que vocês esperavam, chegou.” Durante milênios nós ficamos esperando uma criança. Durante milênios toda mulher carregava no útero uma esperança, a esperança da humanidade. Se antes a maternidade era apenas um instrumento para crescer e multiplicar, agora a maternidade era a nossa única esperança.
Enquanto Deus mantiver a fertilidade feminina, então ainda há esperança para a humanidade. Uma criança vai ressurgir e essa criança vai nos libertar. E hoje, todas as vezes que você vê uma mulher aguardando um filho ou adotando uma criança, você está vendo Deus dizer: “Valeu a pena investir na humanidade. Eu ainda mantenho nas mulheres o espírito da maternidade, o desejo de ser mãe.” Enquanto esse desejo estiver resistindo entre as mulheres, é porque Deus ainda está investindo na humanidade.
Nós perdemos isso, porque lemos a Bíblia da forma mais estúpida possível. Pegamos o que a Bíblia diz de mais rico e empobrecemos. Talvez por isso, Satanás tenha feito da mulher o alvo da sua vingança. Por isso conquistou os machos para se transformarem no terror das mulheres, em todas as raças e culturas, e até mesmo dentro do Cristianismo. Os homens se tornaram o terror das mulheres, sem entender que é na mulher que está a esperança. Nossa única esperança, nossa grande esperança no nosso primeiro grande juízo foi que Deus reinventou a maternidade e deu um novo significado para a criança. Nós não lemos isso. Onde é que você lê isso nos manuais teológicos? Onde você lê isso nas revistas de escola dominical? Mas está lá! Está lá na Bíblia. E está lá na Bíblia há mais de cinco mil anos. Está lá nos textos de Moisés, no primeiro capítulo, no começo da humanidade. É o chamado “proto-evangelho”. Por que nos não vemos isso? Porque enxergamos como adultos, e não como crianças.
Nós não esperamos a chegada dessa criança, mas sim do grande salvador. Mas Deus profetizou uma criança. Isaías retoma isso depois. Deus profetizou uma criança. Uma criança, semente da mulher, vai esmagar a cabeça da serpente. Ele vai triunfar sobre o pecado. Ele vai derrotar o espírito maligno. Então, se os que trabalham com as crianças conseguirem recuperar isso, quem sabe a fé cristã seja o grande motor de transformação da humanidade nessa última parte da história da humanidade? Nós estamos precisando recuperar a nossa capacidade de ressignificar o Cristianismo. Eu acho que retomar esse caminho com a criança é a estrada por onde nós vamos chegar lá.

*A entrevista acima foi concedida pelo teólogo Ariovaldo Ramos aos jornalistas Elsie Gilbert e Lissânder Dias, editores da revista Mãos Dadas, nas dependências da Editora Ultimato, no dia 08 de janeiro de 2006.

FONTE: Revista Mãos Dadas - http://www.maosdadas.net/

TESTEMUNHO: Antonio Bezerra de Menezes, tataraneto do líder espírita Bezerra de Menezes

O DIA EM QUE CONHECI A VERDADE

Antonio Bezerra de Menezes

Antonio representa a quarta geração do Dr. Bezerra de Menezes, o primeiro presidente da Federação Espírita Brasileira, além de vereador, deputado e prefeito do Rio de Janeiro. Depois de haver alcançado o topo de suas buscas esotéricas, ter tido contato com mortos, ter psicografado, adivinhado, visto e previsto o que era verdade a muitos, caiu em violentos fracassos econômicos e familiares, o que o fez entrar em desespero...

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