segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

ORGANIZE O CULTO MISSIONÁRIO EM SUA IGREJA

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O CULTO MISSIONÁRIO

O Culto Missionário constitui uma importante ferramenta capaz de mobilizar a igreja, num sentido realmente prático, para missões.
Pode-se dizer também que o Culto missionário é responsabilidade da comissão de Educação Missionária da Igreja, a qual precisa estar voltada à oração e ao planejamento para a execução do culto, visando o alcance dos objetivos mensalmente estabelecidos para missões.
Ao elaborar a programação do Culto Missionário, alguns elementos devem ser levados em consideração:

1) Ambiente – ornamentação do templo com motivos missionários, dando caráter especial ao evento ( faixa, bandeiras, fotografias de missionários, exposição de imagens de trabalhos missionários, gráficos, lemas, entre outros, considerando o tema a ser enfocado);

2) Tema – O culto deve ter um tema especial voltado para missões ( o tema pode fazer referência a uma parte bíblica, a um lema missionário, a um país em especial, a uma determinada região, a um povo. O tema pode ser colocado em forma de pergunta ou uma declaração, é importante entender que a definição do tema dará subsídios para os outros elementos do culto, então*ATENÇÃO!!!)

3) Louvor – com hinos que versem mensagens sobre Missões ( é importante escolher estes cânticos de antemão, e definir quais serão cantados com a participação de todos os presentes, e quais serão entoados por grupos específicos e/ou cantores. LEMBRE-SE: não são necessários mais que dois grupos de louvores no culto, portanto faça uma agenda, de modo que, a cada culto se tenha a participação de um grupo e ao longo do ano todos os grupos de louvores da igreja terão a participação em um dos cultos*missionários);

4) Oferta – Deve ser levantada uma oferta para missões( aqui a igreja deve ser desafiada, incentivada a dar a sua contribuição financeira para Missões);

5) Mensagem - Sempre que possível oportunize a um missionário para trazer a mensagem (exposição de trabalho, com auxílio de retroprojetor, data show; testemunho do campo, exposição da palavra fazendo referência ao tema);

6) São bem vindas a leitura de cartas, e-mails de missionários para que a igreja saiba do que se passa no campo.

7) Atividades - extras só devem ser aceitas se focalizarem Missões e a pessoa de Jesus.


O MOMENTO MISSIONÁRIO

O momento missionário é um tempo destinado no culto para informar necessidades locais e mundiais, e assim despertar, motivar e manter um movimento de oração pró-missões na igreja. Portanto, é importante um espaço reservado, de pelo menos 10 minutos, em todos os cultos para missões. O momento missionário, embora seja curto, precisa impactar os ouvintes. A mensagem precisa ser clara, objetiva e que desperte a igreja para a oração de intercessão. Deve-se ter o cuidado de não apresentar uma mensagem vaga, extensa e que não produza o entendimento.
A mensagem a ser passada no momento missionário pode ser retirada de boletins de oração de missões, como da missão Portas Abertas; do Livro Intercessão Mundial; de jornais; de cartas, e-mails de missionários que estejam no campo. É interessante também, utilizar a criatividade e fazer uso de recursos como retroprojetor, imagens, estatísticas, que auxilie na comunicação da mensagem.

Fonte: Igreja A.D. de Feira de Santana - http://www.missaoeiaf.com.br

via Veredas Missionárias

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

O VALOR DE UM FOLHETO

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Nilson Dimárzio


Sebastião Custódio da Silva e Antônio Messias eram bons cooperadores nos trabalhos de evangelização, membros da Igreja em São João da Boa Vista, Estado de São Paulo.

Um dos trabalhos que mais apreciavam era o culto de evangelização ao ar livre.

Certa vez, estando ambos em Aguaí, cidade próxima, num dia de Finados, aproveitaram a oportunidade para realizar um trabalho dessa natureza na porta do cemitério. Acompanhados por um grupo de crentes, para lá se dirigiram desejosos de anunciar as boas novas de salvação por meio de Jesus Cristo.

Por ali passavam muitas pessoas. Algumas, paravam para ouvir os cânticos e a pregação, enquanto que outras, indiferentes, passavam de largo, sem dar atenção aos servos de Deus.

E, enquanto o abençoado trabalho de evangelização era realizado, ali estava, nas proximidades, um velho amigo de Sebastião, chamado Ramon, vendendo melancias.

Terminada a reunião junto à porta do cemitério, Sebastião e Messias passaram a distribuir folhetos evangelísticos entre os transeuntes. E, ao passarem junto ao vendedor de melancias, este, em tom de brincadeira, disse ao Sebastião: "Como eu nunca lhe dei nada, leve esta melancia" , colocando-a, em seguida, nas mãos do amigo. Este, ao receber e agradecer o presente inesperado, diz ao amigo, parafraseando as palavras que ouvira: "Ramon, como eu nunca lhe dei nada, leve este folheto."

Despediram-se sorridentes. Sebastião e Messias continuaram semeando a boa semente, enquanto Ramon, não tendo tempo ou interesse em ler aquele folheto, apenas leu o título antes de guardá-lo. Aliás, um título muito interessante: "Onde Passarás a Eternidade?"

Três meses depois, Ramon veio a enfrentar um grande sofrimento. E tão grande foi a tormenta que, por pouco não o levou ao desespero. Mas, como Deus muitas vezes nos fala através do sofrimento, ele fez com que Ramon se lembrasse do folheto que havia guardado. E, com a alma sequiosa de paz, leu-o com sofreguidão. E enquanto lia e meditava na mensagem do folheto, sentiu o desejo de ir a São João da Boa Vista a procura de um pastor que o ajudasse naquela hora difícil. E, ao fazê-lo, encontrou, na pessoa do pastor Francisco Alves Sobrinho, a ajuda necessária e toda orientação espiritual.

Dentro em pouco, não só o Sr. Ramon se converteu, mas toda a sua família. Os problemas foram resolvidos e a paz e a alegria resultantes da atuação poderosa do Espírito Santo tornaram-se uma realidade em suas vidas.

E note-se que toda aquela chuva de bênçãos começou a cair com a leitura de um folheto.

Eis porque precisamos acreditar mais no valor da página impressa, como poderoso meio de divulgação do Evangelho. Em particular, no valor de um folheto, quando bem escrito, em bom papel e com boa apresentação gráfica, sem dúvida, pode ser usado pelo Espírito de Deus para orientar, confortar e salvar as almas sedentas de paz e esperança eterna.

O leitor costuma distribuir folhetos evangelísticos? Ah, nunca os distribui? Então, comece hoje essa distribuição. Faça dessa distribuição um ministério em sua vida diária. Tenha sempre à mão folhetos próprios para distribuir em hospitais, em escolas, em consultórios médicos ou dentários. Aproveite também as oportunidades que surgem durante as viagens; espalhando as bênçãos do Evangelho em muitas almas, que talvez estejam sedentas da verdade.

Torne-se, assim, um ganhador de vidas para Cristo. E esteja certo que dessa situação resultarão muitas bênçãos para a sua própria vida e para aqueles que vivem ainda sem Cristo e sem salvação.

(O Jornal Batista)
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FOLHETO


O pregador silencioso
As vantagens desse pregador

Ele prega no silêncio.
Ele acompanha o pecador.
Ele é um pregador temperado e paciente.
Ele não discorda com o incrédulo.
Ele deixa o pecador lhe ofender, amassar e rasgar.
Ele é humilde e resignado.
Ele não desanima, nem perde a esperança.
Ele tem uma mensagem que permanece.
Ele percorre todas as distancias.
Ele viaja por terra, mar e ar.
Ele viaja de qualquer forma.
Ele segue pelo correio.
Ele entra em todos os lugares.
Ele entra em todos os ambientes.
Ele não faz acepção de pessoas.
Ele não faz diferença de posição social, racial ou religiosa.
Ele não se importa com o tempo ou com horário.
Ele não é atingido pelo pecado do mundo.
Ele não pede licença da comunhão com Deus.
Ele não tira férias nem pede aposentadoria.
Ele é usado por Deus.
Ele tem vida, é persistente, é incansável.


Valdemar Fontoura (Instituto Bíblico Esperança, Porto Alegre)

Fonte: http://paginasmissionarias.blogspot.com/

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

O Nascimento de Jesus - Como Deus faz História

Como Deus Faz História

Quando Jesus nasceu, cumpriram-se literalmente inúmeras profecias feitas séculos antes. O Antigo Testamento está repleto de indicações da primeira vinda de Cristo. Com o Seu nascimento, as promessas da Palavra de Deus se fizeram História. O mais admirável, entretanto, é a maneira como Deus faz Sua Palavra tornar-se real e Suas profecias transformarem-se eventos históricos: muitas vezes Ele usa as atitudes profanas das pessoas e as circunstâncias políticas da época para concretizar Seus planos. A Bíblia nos traz muitos exemplos nesse sentido. Destacaremos três, salientando lugares relacionados com o nascimento e a infância de Jesus.

Belém.

1. Jesus deveria nascer em Belém

Por volta de 700 anos antes de Cristo viveu o profeta judeu Miquéias, que predisse acerca do aparecimento do Messias de Israel: “E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” (Mq 5.2).
Aquele que tem origens eternas, e que age desde sempre, viria a nascer em um lugar pré-definido e específico, que era Belém, pequeno e insignificante lugarejo na Judéia. Caso a anunciação do nascimento do Rei de Israel se referisse a Jerusalém nada haveria de extraordinário, uma vez que os reis normalmente nascem na capital do reino. Porém, com muitos séculos de antecipação, um lugar sem representatividade foi destacado entre os milhares de Judá para ser o local do nascimento do Rei que viria, o que era algo muito especial. Praticamente todo cidadão de Israel conhecia essa passagem das Escrituras que afirmava que um dia o Messias viria de Belém. Por isso, quando Herodes perguntou onde nasceria o rei dos judeus, os entendidos na Lei puderam lhe fornecer imediatamente o nome do lugar onde deveria nascer o Prometido segundo as profecias: “Então, convocando [Herodes] todos os principais sacerdotes e escribas do povo, indagava deles onde o Cristo deveria nascer. Em Belém da Judéia, responderam eles, porque assim está escrito por intermédio do profeta: [em Miquéias 5.2] E tu, Belém, terra de Judá, não és de modo algum a menor entre as principais de Judá; porque de ti sairá o Guia que há de apascentar a meu povo, Israel” (Mt 2.4-6).
Entretanto, em relação a essa profecia havia um problema, e este não era pequeno: Maria e José não viviam em Belém, mas em Nazaré (Lc 1.26), e aparentemente não planejavam se mudar para Belém. Deus não enviou um anjo para lhes dizer: “Querido José, querida Maria, vocês não sabem que o Messias deve nascer em Belém? Vocês não sabem que a Palavra de Deus precisa se cumprir e Seu Filho não pode nascer em Nazaré? Levantem! Ponham-se a caminho para que se cumpra a palavra do Senhor falada através do profeta Miquéias!”
Não foi o que aconteceu. O imperador César Augusto tomou uma decisão política em Roma, bem longe de Israel e sem ter a mínima noção das profecias bíblicas – decretando um recenseamento do povo. Essa decisão política obrigou José, juntamente com Maria, que estava no final da gravidez, a irem até Belém para se registrarem no censo populacional. Em Lucas 2.4 lemos que José era “da casa e família de Davi”. Portanto, era em Belém (a “cidade de Davi”) que ele tinha de se registrar. Chegando lá, Maria logo deu à luz ao Filho de Deus. É o que podemos chamar de “tempo de Deus”! O Senhor, em Sua onisciência e onipotência, usou a política secular e um de seus líderes para fazer cumprir Suas profecias e para concretizar as previsões de Sua Palavra.

A Bíblia não apenas profetiza que Cristo nasceria em Belém mas também diz que Ele viria do Egito.

2. Jesus viria do Egito

A Bíblia não apenas profetiza que Cristo nasceria em Belém mas também diz que Ele viria do Egito. No oitavo século antes de Cristo, outro profeta anunciava em Israel a respeito do vindouro Messias: “Quando Israel era menino, eu o amei; e do Egito chamei o meu filho” (Os 11.1). Os comentaristas judeus aplicavam essa profecia a Israel e ao Messias, o que se torna bem evidente conhecendo o contexto do Novo Testamento. Mas como ela se cumpriu, como foi que Jesus, ainda menino, veio do Egito? A maioria de nós conhece a história da matança dos meninos judeus em Belém ordenada pelo infanticida rei Herodes, que via seu trono ameaçado pelo nascimento de Jesus. A Bíblia diz a esse respeito: “Tendo eles partido, eis que apareceu um anjo do Senhor a José, em sonho, e disse: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise; porque Herodes há de procurar o menino para o matar. Dispondo-se ele, tomou de noite o menino e sua mãe e partiu para o Egito; e lá ficou até à morte de Herodes, para que se cumprisse o que fora dito pelo Senhor, por intermédio do profeta [em Os 11.1]: Do Egito chamei o meu Filho” (Mt 2.13-15).
Os planos cruéis, egoístas e assassinos de um político mundano acabaram contribuindo para que a Palavra se cumprisse. Herodes pensava que aniquilaria os planos divinos, mas sua maldade apenas contribuiu para que as profecias se cumprissem literalmente.

O nome “Nazaré” origina-se da raiz hebraica “nezer”, que significa “broto”, “renovo” ou “ramo”. O profeta Zacarias anunciou o seguinte, 520 anos antes de Cristo, acerca do Messias de Israel: “E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor” (Zc 6.12).

3. Jesus, o Nazareno

Segundo minha contagem, Jesus é chamado de “Nazareno” pelo menos 18 vezes no Novo Testamento. Ele era conhecido como “Jesus de Nazaré”, pois tinha vivido ali por muitos anos. Quando morreu na cruz, sobre Sua cabeça estava afixada uma placa que dizia: “Este é Jesus de Nazaré, o Rei dos judeus”. O nome “Nazaré” origina-se da raiz hebraica “nezer”, que significa “broto”, “renovo” ou “ramo”. O profeta Zacarias anunciou o seguinte, 520 anos antes de Cristo, acerca do Messias de Israel: “E dize-lhe: Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eis aqui o homem cujo nome é Renovo; ele brotará do seu lugar e edificará o templo do Senhor” (Zc 6.12). “Ouve, pois, Josué, sumo sacerdote, tu e os teus companheiros que se assentam diante de ti, porque são homens de presságio; eis que eu farei vir o meu servo, o Renovo” (Zc 3.8). Jeremias proclamou o mesmo 80 anos antes de Zacarias: “Eis que vêm dias, diz o Senhor, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, a agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra” (Jr 23.5).
Quando Jesus veio, Ele foi o “Nazareno”, o “Renovo” do qual falavam as profecias. Mas como Jesus não apenas nasceu em Belém sem que seus pais residissem ali, veio do Egito por razões inacreditáveis e ainda pode ser chamado de Nazareno? Porque mais tarde Ele morou em Nazaré, confirmando uma vez mais as profecias, mostrando que elas se cumprem por razões às vezes bastante profanas. Herodes havia morrido, e José ainda vivia com Maria e o menino no Egito quando, através de um anjo, recebeu ordens de retornar à terra de Israel. Era óbvio que José desejava retornar à sua terra com sua família, mas quando ficou sabendo que Arquelau reinava no lugar de seu pai, ficou com medo. Arquelau era um dominador de triste fama e muito cruel, que os romanos suportaram por apenas dois anos e depois o depuseram. Na realidade, quem deveria assumir o trono de Herodes na Judéia era outro de seus filhos, mas por um capricho pessoal, Herodes mudou seu testamento pouco antes de morrer e colocou Arquelau no poder. Para não se submeter ao seu domínio, José foi viver na Galiléia, na cidade de Nazaré, que estava subordinada a outro governante: “Tendo Herodes morrido, eis que um anjo do Senhor apareceu em sonho a José, no Egito, e disse-lhe: Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino. Dispôs-se ele, tomou o menino e sua mãe e regressou para a terra de Israel. Tendo, porém, ouvido que Arquelau reinava na Judéia em lugar de seu pai Herodes, temeu ir para lá; e, por divina advertência prevenido em sonho, retirou-se para as regiões da Galiléia. E foi habitar numa cidade chamada Nazaré, para que se cumprisse o que fora dito por intermédio dos profetas: Ele será chamado Nazareno” (Mt 2.19-23).

Vista de Nazaré.

Esses três exemplos mostram muito claramente que nada nem ninguém pode impedir ou barrar os planos de Deus. Não há falha humana, manobra política, crueldade, capricho ou força da natureza que impossibilitem Deus de concretizar Seus propósitos. Nada impedirá que Jesus volte cumprindo Suas promessas a Israel. Os acontecimentos proféticos, cujo desenrolar vemos em nossos dias, culminarão na volta de Cristo e mostram que ela está se aproximando. Todos os fatos que acontecem no mundo são dirigidos por Deus de tal forma que acabarão servindo para que os Seus desígnios se realizem e para que Jesus venha a este mundo como o Rei e Messias. Jesus voltará cumprindo muitas profecias que ainda não se realizaram, pois muitas delas dizem respeito diretamente a Sua volta em poder e glória e à restauração de Israel, predita tantas vezes e por tanto tempo! Israel já retornou à sua própria terra depois de um longo tempo de dispersão (Diáspora), quando havia judeus espalhados pelo mundo todo. Até o terrível Holocausto acabou servindo à causa judaica, pois acelerou a fundação do Estado de Israel e permitiu que mais judeus voltassem à sua pátria. Quase todas as nações votaram em favor de Israel nessa ocasião, pois estavam chocadas com o que havia acontecido aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial nas mãos dos nazistas. Apenas três anos depois do final da guerra, os judeus já possuíam seu próprio Estado. No entanto, a luta, atual e futura, dos inimigos contra Israel e contra Jerusalém é predita nas profecias, e precisa acontecer. A Bíblia fala de uma unidade mundial política, religiosa e econômica que acabará se opondo a Israel. Hoje vemos que todos os esforços políticos acontecem em função desse desejo de globalização. A Palavra de Deus se cumpre sempre. Alegremo-nos por isso!

(Norbert Lieth - http://www.beth-shalom.com.br)

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

BÍBLIA EM QUADRINHOS

Projeto já começa a ser desenvolvido na Espanha


     Foi iniciada a publicação dos quadrinhos da Bíblia, nos formatos impresso e digital, para iPhone e iPod Touch. A iniciativa, parte de um projeto global que deve se estender até 2011, prevê edições em vários idiomas. Trata-se da primeira publicação mundial de quadrinhos sobre a Bíblia, conforme informou a editora Barcelona Multimedia.

     O conteúdo da edição impressa cobre as principais passagens da história sacra e dos Evangelhos. A obra está organizada em quatro volumes: “Jesus. A palavra”, publicado em primeiro de dezembro; “Jesus. A luz”, que será publicado em março do próximo ano; “O Antigo Testamento. O Gênesis”, previsto para dezembro de 2011; e “O Antigo Testamento. O Êxodo” previsto para março de 2011.

     Já edição digital será lançada num total de seis álbuns para iPhone e iPod Touch. Estão sendo preparadas também versões para outros aparelhos, como o Blackberry.

     Os quadrinhos digitais estarão disponíveis em sete idiomas, por meio da Apple Store do iTunes, acompanhados do suplemento gratuito “A Bíblia das Crianças”. O preço de cada álbum é de 2,39 € (Euros). Usuários das versões digitais poderão também adquirir as versões impressas pela internet.

     A estrutura dos textos contidos nos quadrinhos é uma transcrição fiel dos textos bíblicos originais, sem adaptações. A referência para os textos foi a Bíblia Interconfessional “Deus Fala Hoje”, elaborada e revisado por especialistas católicos e protestantes.

    O autor dos argumentos é Toni Matas, editor da BCNmultimedia; os desenhos são de autoria de Picanyol, reconhecido artista do gênero, herdeiro da rica tradição franco-belga da qual Hergé, de “TinTin”, é o desenhista mais popular.

     O projeto envolveu um trabalho exaustivo de documentação gráfica para a confecção dos desenhos, visando manter o mais fidedignas possíveis as ilustrações de paisagens da região de Israel, bem como da arquitetura, vestimentas e utensílios da época.

     Os quadrinhos são dirigidos ao público composto por meninos e meninas com idades entre sete e treze anos, mas jovens e adolescentes também devem se interessar pelo material. A obra pode ser utilizada também por catequistas e professores em sala de aula, podendo ainda ser útil para leitores de outras culturas e religiões interessados na história sacra cristã.

Fonte: http://www.creio.com.br/

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Como celebrar o Dia da Bíblia

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 Imagem de minha autoria, de uso livre. 
Mais imagens de uso livre no blog Imagens Cristãs
 

Há mais de 150 anos, o Dia da Bíblia, é celebrado com o objetivo de difundir e estimular a leitura da Palavra de Deus. A fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, contribuiu para que esta data fosse se popularizando cada vez mais. E, graças a esse trabalho, o Dia da Bíblia, passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antecede esta data. A Semana da Bíblia é dedicada a eventos variados que vão desde cultos até maratonas de leitura bíblica que mobilizam milhares de pessoas. Conheça, a seguir, como a Semana da Bíblia é comemorada.

Cultos - As igrejas planejam e realizam cultos especiais no Dia da Bíblia. Nestes cultos é lembrado o grande amor de Deus ao entregar a sua Palavra aos homens e o valor dessa Palavra na vida das pessoas. Em geral, nesses Cultos, ofertas especiais são recolhidas para ajudar na distribuição da Bíblia no Brasil e no mundo. Graças a essas ofertas, a Sociedade Bíblica do Brasil consegue distribuir milhares de Bíblias, Novos Testamentos, Porções e Seleções Bíblicas a pessoas necessitadas, na mais diferentes situações e lugares. 
 
Carreatas - Muitas igrejas organizam desfiles de carros pelas ruas principais da cidade, ostentando faixas com versículos bíblicos. Carros alegóricos, com representações de Bíblias, normalmente fazem parte da carreata. 
 
Concentrações - As igrejas evangélicas de muitas cidades organizam concentrações públicas para celebrar o Dia da Bíblia. Estas concentrações ocorrem em praças, ginásios esportivos, estádios e outros lugares de fácil acesso ao público. Um culto público, com pregação da palavra, orações e apresentação de corais e conjuntos musicais normalmente é o clímax da celebração. Bíblias, Novos Testamento, Porções Bíblicas e Seleções Bíblicas são distribuídos nas concentrações. 
 
Maratona - As igrejas organizam maratonas de leitura bíblica em seus templos ou em lugares públicos. Essas maratonas seguem dois modelos. Num caso, textos selecionados são escolhidos e lidos publicamente, normalmente em lugares de grande afluência de pessoas. No segundo caso, é feita a leitura ininterrupta de todo o texto bíblico. Pessoas são escaladas para darem continuidade à leitura e ela só é interrompida quando se completa a leitura de toda a Bíblia. Normalmente esta leitura leva mais de um dia para ser concluída e implica em fazer uma vigília. 
 
Monumentos - Já vem de décadas o costume de levantar monumentos à Bíblia em praças públicas das cidades. O monumento à Bíblia é um testemunho público da importância da Bíblia para as pessoas e para a sociedade e, ao mesmo tempo, um marco da importância da Bíblia para a cultura do povo. 
 
Distribuição - Existem Igrejas que, no Dia da Bíblia, efetuam distribuição maciça de folhetos (Seleções Bíblicas), para que o povo conheça o valor da Bíblia para a vida das pessoas. Também são feitas distribuições de Bíblias, Novos Testamentos e Porções Bíblicas (pequenos livretes que contém um livro da Bíblia ou textos bíblicos escolhidos sobre um assunto específico). A distribuição de Bíblias, em geral, é feita em escolas, hospitais, empresas, quartéis ou outro tipo de organizações. 
 
Pedalando por Bíblias - Em vários países, são organizados passeios ciclísticos para divulgar a Bíblia e arrecadar fundos em favor da causa da Bíblia. No Brasil, esses passeios começaram a ser realizados no ano de 1998 e são chamados de "Pedalando por Bíblias". Igrejas e entidades cristãs tomam a iniciativa de organizar o passeio. Cada participante, ao se inscrever, doa uma ou várias Bíblias para serem distribuídas a pessoas ou entidades necessitadas.

Fonte: http://www.creio.com.br

Ficções Escatológicas (e uma Janela esquecida)



Ficções Escatológicas

Estamos em 2064, Brasília,
11 horas da noite, dentro do bar
Babylonia Centauro

Lá fora
mas estranhamente
aqui dentro também
a Igreja Integralista da Emersão da Luz
tudo domina

Há 36 deles aqui
se embebedando
com cruzes tatuadas
em suas íris

Não bebo, Senhor,
é claro que não bebo
amo-os e detesto-os
e essa contradição
já se me tornou um
mundo
um mundo de pecados
dentro de meu pecado

Sabem o que sou,
não gostam de mim, ouriço anacrônico
em seu caminho

E que se me dá o volume,
o teor, a direção a vilania
o caudal de sua corrente?
Tenho 86 anos e estou contra ela,
e nunca tive medo, Senhor.

Uma morte maior
Ulula no horizonte...

Ontem à noite, na Prússia Austral,
na cidade de Nova Roma III,
os anarcocristãos de Mesmer-Althuser
explodiram
a Torre de Débitos.

E qual o propósito disto,
Senhor? Qual o propósito
destes que são tão loucos e cegos
quanto aqueles a quem combatem?

Jogos de Pranto
é o que todos eles praticam
peixes mortos no
Grande Mar Apostásico...

Explodiram a Colméia de Superfusão
que o Conselho Mundial antes cria
ter sido roubada pela
Jihad Imperial Indonésia
aos coreanos.

Do outro lado do mundo,
a Lótus de Prata de Rangun,
o homem que pacificou a Ásia
e recompôs a camada de ozônio
- ou, como prefiro,
o Anticristo -
selará esta semana o acordo
Com as nações de Israel e Midi-Israel.

Ora vem, Senhor Jesus!



Janela 10X40

Avanço
na direção de quem morre

Avanço
com uma contra-cimitarra
de cicios nos beiços

Com a sedução
que só o amor constrói

Sammis Reachers

Poesia Evangélica, Veredas Missionárias, Arsenal do Crente, Cidadania Evangélica, Equattoria, Azul Caudal
Colaborando: Confeitaria Cristã, Liricoletivo, União de Blogueiros Evangélicos, Blog dos 30!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Entrevista com Israel Belo de Azevedo

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Em 2006, a revista ENFOQUE publicou a seguinte entrevista com o pastor Israel Belo de Azevedo, mantenedor do site  PRAZER DA PALAVRA.
Eis a entrevista.

ENFOQUE - Como teve início sua aventura pelo mundo das idéias? Como passou a expressar seus pensamentos por meio da escrita?

ISRAEL BELO - Aprendi a ler aos nove anos, por motivo de saúde. Como eu tinha uma otite média crônica, com crises periódicas e com longas internações, não pude freqüentar escola antes. Minha irmã foi quem me alfabetizou. Logo depois, ganhei um livro de poemas (Canções da primavera) e também passei a escrevê-los. Comecei, portanto, pela poesia.

No ginásio, com 13 anos, já no Rio de Janeiro, junto com outros colegas, fundei um jornal no então Instituto Batista Americano, chamado Fatos sem Fotos, numa paródia a uma revista de grande circulação nacional, de propriedade da família Bloch. Minha vocação era o jornalismo e o ensino.

Na Universidade Federal do Rio de Janeiro, em que fiz Comunicação, participei de publicações alternativas, sempre com poemas. Ainda universitário, fui incluído numa antologia de poetas cariocas. No final desses cursos, assumi a editoria de uma revista para a juventude batista (Mocidade Batista, depois Juventude Batista) e depois fundei outra só para estudantes (Campus). Em seguida, atuei como professor do Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil nas áreas de História e disciplinas afins.
A poesia foi se tornando marginal. Pratiquei traduções do inglês.
E meu primeiro livro próprio foi de história (As cruzadas inacabadas: uma introdução à história do cristianismo na América Latina). Então, voltando ao começo da sua pergunta, posso dizer que me tornei escritor porque não podia ser um atleta.

ENFOQUE - Que maiores dificuldades tem percebido para que indivíduos adquiram uma melhor formação e conseqüente elaboração de opiniões consistentes?

ISRAEL BELO - Quem lê pode não escrever, mas quem não lê não pode escrever. Devia ser proibido. Tem gente que nunca leu um livro e quer escrever um. Quem quer escrever, seja em que gênero for, precisa ler muito, sobretudo poesia, crônica e ficção. Quando eu era filho de seminarista, um missionário guardou num porão toda a sua biblioteca, e eu me refugiava lá diariamente. Li todas as crônicas de Humberto de Campos.
Nas férias, quando voltava para Vitória, li todas as obras de Machado de Assis. Li todo José de Alencar, Graciliano Ramos, Castro Alves. Li muito Érico Veríssimo, João Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade e tantos outros. Só não li os estrangeiros, com exceção de Dostoievski e Fernando Pessoa, que não há como não ler.
Quem quer escrever tem que ler muito, desbragadamente, desesperadamente. Nada substitui a leitura, o instrumento civilizatório por definição. Ver televisão sem ler emburrece. Ficar na internet sem ler emburrece. Tem que ler, ler, ler.

ENFOQUE - A igreja evangélica está empenhada em oferecer um bom processo de formação, seja pessoal ou profissional?

ISRAEL BELO - Entre as organizações sociais, a igreja é a que mais estimula a leitura e a formação das pessoas. Falo a partir do meu contexto. Civilização e protestantismo combinam perfeitamente pela exigência do livre-exame da Bíblia. Nos púlpitos que povoaram minha vida, a começar pelo pastor Saturnino José Pereira (em Campo Grande, Vitória), sempre houve estímulo à leitura. Ele era um grande orador, e seu sermão, do qual não entendia tudo, deixava claro que estudava para pregar. Sem falar no meu pai, que não era um estilista, mas tinha uma biblioteca notável para seu tempo e seu lugar. A igreja sempre foi estimulante para mim. Devo tudo a ela.

ENFOQUE - Por que há ainda certa indiferença e acomodação por parte da própria igreja para com o péssimo conteúdo que muitos líderes fornecem às suas ovelhas?

ISRAEL BELO - A televisão vem moldando nossa forma de ser, não apenas de comunicar. O meio televisivo é, por natureza, superficial. A imagem já vem pronta.
O texto permite que o leitor imagine. A televisão tem moldado a cultura, transformando-a em entretenimento. A cultura do entretenimento tem moldado nossos cultos. Acho que o centro do culto é a pregação. E um bom sermão exige muito preparo. Um bom sermão precisa de 15 horas de preparo.
É mais fácil ao pregador, então, apelar para a historinha ou para o grito, para a repetição de idéias.

As igrejas devem liberar seus pastores de atividades burocráticas. Pastor é profeta. Profeta precisa de tempo para trabalhar com as palavras, para colocar o ouvido na boca de Deus.

ENFOQUE - O que tem observado de precário e inadmissível no ambiente evangélico de hoje?

ISRAEL BELO - Há precariedade no preparo. Estou convencido, por exemplo, de que quatro anos de estudo num seminário é pouco, mas tem gente oferecendo curso de formação pastoral ou teológica em semanas. É uma irresponsabilidade nutrida pelo ego. Um pastor mata tanto quanto um médico ou talvez mais. Uma cirurgia errada pode ter conserto. Uma alma ferida, muitas vezes, não tem salvação, tamanho o estrago, tamanha a culpa carregada. Precisamos de pastores com melhor preparo, para atender à sua comunidade e à comunidade que o cerca. O desafio no século 21 será pior que o do século 19. Esta precariedade deixa espaço para as tragédias da demonização da vida e da teologia da prosperidade, algumas desenvolvidas sem escrúpulo e para fins próprios de enriquecimento. Meu consolo é que com Deus não se brinca.

ENFOQUE - Você já teve algum tipo de engajamento na esfera política, mesmo como militante?

ISRAEL BELO - Nunca participei de política partidária, mas todo o universo batista me achava comunista, quando eu era jovem. Na universidade, tive um poema censurado pela ditadura, o que me tornou um herói em minha classe. Uma estupidez, já que o poema era muito ruim, como o é a maioria dos meus poemas.
O ensaísmo livrou meus leitores de um péssimo poeta. Sempre postulei o envolvimento social da igreja. Meu primeiro livro, só publicado 30 anos depois (O que é missão integral – editora MK), propunha um envolvimento total nesta área. Ainda penso a mesma coisa. Mudaram as grifes (responsabilidade social, teologia da libertação e missão integral), mas precisamos da mesma preocupação, cada vez mais, que era a mesma de Jesus.


ENFOQUE - Com sua experiência como editor, já tendo trabalhado na Unimep, por exemplo, como avalia o mercado editorial evangélico?

ISRAEL BELO - Ainda não temos mercado. Não se pode falar em mercado quando um bom livro vende dois mil exemplares por ano. Philip Yancey já sai com cem mil vendidos. A diferença nos ajuda a perceber a diferença. Temos avançado pouco, infelizmente.

ENFOQUE - Você passou por uma forte experiência emocional com a perda de seus pais. O que apreendeu disso como homem, como pastor, como líder de expressão?

ISRAEL BELO - Minha mãe e meu pai, Loydes e Derly Azevedo, morreram em maio de 2000, depois de curtas enfermidades. Dela, eu estava distante fisicamente, mas meu pai morreu sob meus cuidados. Eu estava começando no pastorado. Ele ficou feliz ao me ver pastor 24 anos depois de ter terminado o seminário. Esteve no meu concílio, se orgulhava de mim.
E eu me orgulho dele – um grande pregador, um grande evange-
lis­ta – , coisa que não sou

Quando fui enterrar meu pai em Vitória, minha igreja (a mesma até hoje: Igreja Batista em Itacuruçá) chorou comigo no culto fúnebre, e alguns me acompanharam ao cemitério. Faltei no domingo seguinte. No outro também pensei em não ir, mas minha esposa, cheia de sabedoria, me aconselhou o contrário, lembrando que a mensagem que prego devia servir para mim. Gosto de pregar sobre a esperança.
Ainda hoje, sempre que me refiro ao meu pai do púlpito, a voz embarga. Não escondo a emoção, e por que eu o faria?


ENFOQUE - Você tem sido um líder expoente na comunidade evangélica. Que tipo de preço tem pago por isso e que sentimentos mais o ameaçam a perder o rumo certo?

ISRAEL BELO - Não me vejo absolutamente nessa condição. Eu me vejo apenas como israel (com letra minúscula mesmo). Funções são passageiras; não integram a minha personalidade. Tenho medo da vaidade. Ela tem derrubado muita gente, mais que o sexo, mais que o poder, mais que o dinheiro. Jesus foi tentado nessa área.

ENFOQUE - Em suas várias funções atuais, como conjuga família e vida pessoal, e o que procura evitar?

ISRAEL BELO - Este é um esforço titânico e exacerbado, como dizia meu antigo professor Roque Monteiro de Andrade, no seminário.
A pressão me fez permanentemente refletir sobre meus limites e minhas limitações. Tenho consciência de que, ao fazer tantas coisas, faço todas mal. Em algumas áreas, a graça de Deus supre minhas lacunas; em outras, o cuidado de Deus me chama à responsabilidade. Posto na balança, ando em falta.

ENFOQUE - Uma de suas colunas mais antigas chamava-se Prazer de Ler. O que considera uma leitura prazerosa e como as pessoas podem buscar isso?

ISRAEL BELO - A melhor leitura é a ficção. Um bom romance é uma escola de língua e de pensamento. Infelizmente, tenho estado longe dos romances por falta de tempo, mas estou louco para voltar a eles. Ler poesia, que demanda recolhimento, é muito prazeroso. Ler a Bíblia é uma descoberta a cada verso. O duro é achar tempo para tantas viagens pelas páginas.

ENFOQUE - E do ponto de vista do escritor, o que considera relevante para a produção de uma boa obra? Baseado em quê você escreve seus livros? Em experiências pessoais, anotações do cotidiano, inspirações divinas ou conseqüências de suas reflexões intelectuais?
ISRAEL BELO - Escritor precisa de ócio, e eu só tenho negócio (não-ócio), embora todo no Reino de Deus. Sou um privilegiado: só faço o que gosto e ainda recebo por isto. Cada livro tem uma história. Os primeiros estavam voltados às necessidades do mundo acadêmico, que era o meu.

Hoje não sou um escritor, sou um pregador. Meus livros nascem em sermões. A cada semana escrevo dois sermões, que prego em minha igreja. Alguns são desenvolvidos em séries, que permitem uma extensão maior. Essas séries podem se tornar livros, que, depois de prontos, nunca leio. Eles não resistiriam à minha crítica; o crítico poupa o autor, e ambos continuam amigos, e escrevendo.

Dois elementos estão presentes: as necessidades que minha observação capta e as revelações que a leitura da Bíblia faz saltar. Sou muito organizado. Faço um plano anual de sermão. Antes do final do ano, planejo o que vou pregar (tema e texto) ao longo do ano seguinte. Isto é muito bom: dá uma tranqüilidade enorme. Quando leio um livro e me deparo com uma frase indispensável, já sei onde vou usá-la. Quando estou lendo a Bíblia, sei em que sermão vou desenvolver aquele texto. Quando leio uma notícia no jornal, sei onde posso usar essa informação.

ENFOQUE - Que livro lhe deu mais trabalho e qual foi o mais prazeroso de escrever?

ISRAEL BELO - O livro mais trabalhoso foi A celebração do indivíduo, minha tese de doutorado em Filosofia. Foram anos de pesquisas.
O mais prazeroso foi Dia a dia com Deus, por causa de seu contexto. Toda semana, eu escrevo sete meditações bíblicas de 900 caracteres cada e que são publicadas no boletim da nossa igreja. Dia a dia com Deus foi resultado da compilação desses textos. O mais útil, depois do didático O prazer da produção científica, foi Diante da depressão; eu era completamente ignorante sobre o assunto.
Um dia, orando na igreja, devo ter falado alguma bobagem, e um psicanalista presente me advertiu: “Israel, depressão é uma doença”. Fui estudar o assunto e, a partir da experiência de Elias na caverna, escrevi os estudos que viraram os capítulos do livro.

Meu melhor livro ainda vou escrevê-lo, se Deus me permitir. Gostaria que fosse sobre a culpa, porque eu sou um apaixonado pela graça. Em nossa igreja, quando cantamos, e sempre o cantamos, o hino “Maravilhosa Graça”, título do melhor livro de Philip Yancey, eu me derramo.
A graça de Deus é tudo: ar, água, alimento.

ENFOQUE - O que na vida lhe traz inquietação?

ISRAEL BELO - Não sei se quero morrer lendo ou se quero morrer escrevendo. Ler é viver. Viver é ler. Falando sério, sei que um mundo justo é impossível por aqui, mas me inquieta o excesso de injustiça. Nosso mundo é desigual demais. Não dá para ser um pouco menos? Como escrevi no livro
O que é missão integral, embora o Reino de Deus só virá na parousia (volta de Cristo), é nosso dever lutar por estruturas sociais melhores agora. Chega de sonhos despedaçados.

Quando eu era menininho em Santo Onofre, na região do Contestado Minas-Espírito Santo, vi um homem amarrado e arrastado por um cavalo. Deve ter sido a primeira teofania (aparecimento de Deus) na minha vida: foi Deus me indicando o caminho da indignação contra aquilo que atenta contra a bondade dEle. Tertuliano estava errado quando disse que tudo o que é humano é estranho ao cristão. Sou mais Amós. Sou mais Tiago. Na verdade, tudo o que é estranho ao coração de Deus tem que ser estranho ao meu.

Indigno-me contra mim mesmo quando deixo de me indignar contra aquilo que atenta contra a justiça de Deus. Meu modelo é Jesus, entrando indignado no templo transformado em mercado. Indigno-me contra aqueles que não se indignam mais. Sem indignação, a injustiça não encontra freios à sua ambição.

A indignação é uma espécie de autodefesa. Por isso, gosto do que escreveu Martin Niemöller, ainda na Alemanha nazista: “Primeiro, eles investiram contra os comunistas, mas eu não era um comunista e me calei. Depois, eles investiram contra os socialistas e os sindicalistas, mas eu não era nenhum deles, e me calei. Depois, eles investiram contra os judeus, mas eu não era um judeu e me calei. Quando eles investiram contra mim, não havia ninguém para me defender”.

Acho que Richard Dawkins e sua teoria do gene egoísta não estão com nada, mas se não temos nenhuma razão para a indignação contra a indignidade, eis uma bem forte: é para nos protegermos de ataques contra nós mesmos.


Via http://www.prazerdapalavra.com.br

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

OBSTÁCULOS AO REAVIVAMENTO - Oswald Smith

*


Trecho do capítulo 6 do livro Paixão Pelas Almas

Só há um obstáculo que pode bloquear o canal de bênçãos e frustrar o poder de Deus. Esse empecilho chama-se PECADO. O pecado é a grande barreira. Só o pecado pode impedir a atuação do Espírito e barrar o reavivamento espiritual. “Se eu no coração contemplara o pecado”, declarou o profeta Davi, “O Senhor não me teria ouvido” (Salmo 66:18). E no texto de Isaías 59:1,2 encontramos estas significativas palavras: “Certamente a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar, nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir. Mas as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”. Aí está, pois, a grande barreira: o pecado. É preciso derrubá-la. Não há outra alternativa. Não pode haver a menor transigência com o pecado. Deus não operará enquanto houver iniqüidade encoberta.

Lemos na passagem de Oseiás 10:12 como segue: “Semeai para vós em justiça, ceifai o fruto do constante amor, e lavrai o campo de lavoura, porque é tempo de buscar ao Senhor até que venha e chova a justiça sobre vós”. E em 2 Crônicas 7:14 é dada a promessa de benção. Aqui ela se baseia em condições inalteráveis: “... se o meu povo, que se chama pelo meu nome”, declara o Senhor Deus, “se humilhar, e orar e buscar a minha face, e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, e perdoarei os seus pecados, e sararei a terra”. Por isso, nada menos que um coração quebrantado em vista do pecado, nada senão completa confissão e restituição, será capaz de satisfazer a Deus. O pecado tem de ser totalmente abandonado.

Está em foco não somente a tristeza por causa das conseqüências do pecado, e da punição imposta contra o pecado, mas o próprio pecado em si, pois é crime de lesa-divindade, gravíssima ilegalidade cometida contra Deus. O inferno é feito de remorso, por causa do castigo ali recebido. Não há autentica contrição, nem verdadeiro arrependimento. O homem rico não proferiu um única palavra denotativa de tristeza em face de seus pecados contra Deus (ver Lucas 16:29,30). Davi, embora culpado tanto de homicídio quanto de adultério, viu seu pecado como se fora cometido exclusivamente contra Deus (ver Salmo 51:4). O remorso não é a verdadeira tristeza que conduz ao arrependimento. Judas, embora despedaçado pelo remorso, jamais se arrependeu.

Ora, só Deus é poderoso para nos proporcionar um coração contrito e quebrantado, bem como a tristeza que resulta em confissão e abandono de pecado. E coisa alguma inferior a isso pode ser suficiente. “Os sacrifícios para Deus são o espírito quebrantado; a um coração quebrantado e contrito não desprezarás, ó Deus ”(Salmo 51:17). “O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia ”(Provérbios 28:13). “Somente reconhece a tua iniqüidade, reconhece que transgride contra o Senhor teu Deus...” (Jeremias 3:13).

É muito comum que vejamos pessoas se ajoelhando perante o altar, invocando a Deus com aparente e profunda angústia de coração, as quais, no entanto, nada recebem do Senhor. E também é experiência comum que grupos de pessoas se reúnam para noites de oração, pedindo reavivamento; no entanto suas orações não são respondidas. Qual é a dificuldade? Onde está o obstáculo? Permitamos que a Palavra de Deus nos forneça a resposta: “... as vossas iniqüidades fazem divisão entre vós e o vosso Deus, e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que não vos ouça”. Dessa maneira a primeira coisa que nos convém fazer é descobrir os nossos pecados. A seguir, compete-nos endireitar os nossos caminhos tortuosos, remover-lhes as pedras e os espinhos. Somente depois disso é que podemos rogar, movidos pela fé e grande expectativa, que nos sejam derramadas muitas chuvas de bênçãos.
Ora, é absolutamente necessário que erradiquemos os nossos pecados, um por um, eliminando cada um deles em separado. Para tanto, façamos a nós mesmos perguntas discriminadas abaixo. É possível que sejamos culpados de alguns desses delitos, e que Deus fale aos nossos corações.

(1) Tenho perdoado a todos? Há em mim alguma malícia, algum despeito ou ódio, violenta inimizade em meu coração? Conservo ressentimentos, ou tenho-me recusado a fazer reconciliação?

(2) Fico irado? Em meu peito ferve a cólera? É verdade que ainda perco a paciência? A ira ocasionalmente me arrasta por onde ela bem entende?

(3) Há algum resquício de inveja em mim? Quando alguém é preferido, e eu desprezado, sinto-me degradado? Cheio de despeito? Tenho inveja daqueles que sabem orar, falar ou fazer muitas coisas melhor do que eu?

(4) Perco a paciência e fico irritado? As pequeninas coisas me irritam e aborrecem? Ou antes me mantenho sempre gentil, calmo e imperturbável em todas as circunstâncias?

(5) Sinto-me ofendido com facilidade? Quando os outros deixam de notar minha presença ou passam por mim sem dirigir-me a palavra, fico ofendido? Se a outros é atribuída grande honra, ao passo que eu sou negligenciado, como me sinto?

(6) Há algum orgulho em meu coração? Fico soberbo? Dou excessiva importância à minha posição e às minhas realizações pessoais?

(7) Tenho sido desonesto? Meus negócios são francos e estão acima de suspeitas? Nosso metro tem cem centímetros e nosso quilograma tem mil gramas? Trabalho oito horas honestas? Pago um salário honesto a meus empregados?

(8) Tenho sido bisbilhoteiro? Fiz fuxico de meu próximo com alguém? Tenho caluniado o caráter alheio? Ajudei a espalhar historias falsas sobre outras pessoas, e me intrometo nas questões alheias?

(9) Critico os outros sem amor, com violência e perversamente? Vivo encontrando falhas nos outros?

(10) Roubo a Deus? Tenho roubado o tempo que pertence a ele? Tenho-lhe sonegado o dízimo?

(11) Sou mundano? Amo o resplendor, a pompa e a imodéstia do mundo?

(12) Tenho furtado? Porventura tenho-me apossado às ocultas de pequenas coisas que não me pertencem?

(13) Cultivo uma atitude de amargura contra os outros? Há ódio em meu coração?

(14) Minha vida se caracteriza pela frivolidade? Minha conduta é inconveniente? Por causa de minhas ações, o mundo me considera um dos seus?

(15) Tenho enganado a alguém e deixado de fazer restituição? Deixei-me escravizar pelo espírito de Zaqueu antes da conversão? Ou, como Zaqueu convertido, estou devolvendo as coisas – pequenas e grandes, pertencentes a outrem? Devo restaurar o ferido, desfazer o mal, reparar tudo que Deus me mostrou.

(16) Mostro-me preocupado ou ansioso? Tenho deixado de confiar em Deus quanto às minhas necessidades temporais e espirituais? Vivo pensando nas dificuldades, antes mesmo delas surgirem no horizonte?

(17) Tenho sido culpado de pensamentos sensuais? Permito que a minha mente acolha imaginações impuras e ímpias?

(18) Sou veraz no que digo, ou antes exagero as coisas, ou as diminuo, e assim transmito impressões falsas? Tenho sido mentiroso?

(19) Sou culpado do pecado de incredulidade? A despeito de tudo quanto ele tem feito por mim, contínuo recusando-me a confiar na sua Palavra? Sou dado a murmurações e queixumes?

(20) Tenho cometido o pecado de negligência na oração? Oro pelos outros? Quanto tempo dedico à oração? Quantas horas passo diante da televisão? Quantas horas gasto em esportes, divertimentos, lazer e outras atividades?

(21) Estou negligenciando a Palavra de Deus? Quantos capítulos da Bíblia costumo ler diariamente? Estudo a Bíblia? Amo-a? Faço das Escrituras a fonte de meu suprimento espiritual?

(22) Tenho deixado de confessar a Cristo abertamente? Sinto vergonha de Jesus? Mantenho a boca fechada quando cercado de pessoas do mundo? Estou testemunhando diariamente de meu Salvador?

(23) Sinto a responsabilidade pela salvação de almas? Tenho amor pelas almas perdidas? Há no meu coração alguma compaixão por aqueles que perecem?

(24) Perdi o meu primeiro amor, e não me sinto mais aquecido pelo fogo de Deus?

Estes são, geralmente, os elementos que influem em nossa dedicação à obra de Deus no meio do seu povo. Sejamos honestos e apliquemos ao nosso comportamento a designação que nos cabe com a toda a propriedade. “PECADO” é o vocábulo usado por Deus. E quanto mais depressa admitir-mos que temos cometido pecado, e estivermos dispostos a confessá-lo e abandona-lo, mais cedo poderemos esperar que Deus nos ouça e opere com seu poder infinito. Portanto, vamos remover o obstáculo, tudo quanto serve de pedra de tropeço, antes de dar outro passo. “Mas, se nós nos julgássemos a nós mesmos, não seríamos julgados” (1 Coríntios 11:31). “Já é tempo que comece o julgamento pela casa de Deus...” (1 Pedro 4:17).

Em nossa época, noite após noite sermões são pregados sem que haja transformações, sem que se obtenham quaisquer resultados palpáveis.

Num reavivamento real, um presbítero, ancião ou diácono desfalece em agonia, faz confissão e, dirigindo-se à pessoa a quem enganou, roga-lhe encarecidamente que o perdoe. Uma mulher, talvez uma das obreiras mais preeminentes, que se quebranta e, derretida em lágrimas, confessa publicamente que tem sido uma grande bisbilhoteira, que falou mal de algumas irmãs, espalhou boatos de outras, ou que não conversa com certas pessoas que com ela se assentam nos bancos da igreja. Só depois da confissão e da restituição, só depois de o terreno bruto ter sido arado, só depois de o pecado ter sido confessado e reconhecido, sim, só depois dessas providências é que o Espírito de Deus desce sobre as pessoas. Nunca antes. Só assim é que o reavivamento espiritual se estende por toda a comunidade.

Geralmente há apenas um pecado, um só empecilho. Como Aça, no acampamento do povo de Israel. Mas Deus põe o dedo na ferida. No ponto exato. E não o retira enquanto a ferida não houver sido sarada, enquanto o pecado não for confessado e abandonado.

Assim sendo, apreciemos antes de mais nada a oração de Davi. Ei-lo que clama: “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração; prova-me e conhece os meus pensamentos. Vê se há em mim algum caminho mau, e guia-me pelo caminho eterno” (Salmo 139:23,24). Tão logo o obstáculo do pecado tenha sido removido, Deus desce em poderoso reavivamento espiritual.

Oswald Smith

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Missões: a prioridade de Deus

*
Gustave Doré

Russell Shedd

Lucas relata que Jesus, depois de ressuscitar, reuniu seus discípulos e falou-lhes duas coisas. A primeira foi que o Antigo Testamento ensinava claramente que o Messias tinha de morrer e ressuscitar. Em seguida, acrescentou que o evangelho seria pregado a todas as nações.

O ensino que Jesus transmitiu aos discípulos após a ressurreição deve ter sido uma novidade para eles, mas estava claramente expresso no texto sagrado. Veja como Jesus falou: “Está escrito que o Cristo havia de padecer e ressuscitar dentre os mortos no terceiro dia e que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24.46,47).

A ordem de fazer missões é muito clara no Novo Testamento, porém Jesus buscou no Antigo Testamento a base para essa declaração. Se lermos a Bíblia toda sem observar sua ênfase sobre missões, provavelmente a estamos lendo superfi cialmente, como eu lia o Antigo Testamento, sem notar a centralidade do plano de Deus para as nações. Agora penso de modo diferente. Foi uma mudança de paradigma para mim!

Leiamos alguns textos que Jesus poderia ter usado para comprovar que a tarefa de levar o evangelho a todas as criaturas, nações, línguas e povos não era uma novidade do primeiro século. Ela começou no coração de Deus e foi anunciada inicialmente no Antigo Testamento.

A finalidade da criação

O Antigo Testamento começa com a criação de tudo que existe. No centro de seu plano, Deus criou o homem — e todos nós — à sua imagem, por várias razões. O próprio Universo não existiu eternamente. Deus o criou com um propósito. O Universo teve início num momento da História — “no princípio” — e terminará no fi m da História, após a segunda vinda de Cristo. Por que Deus decidiu fazer tudo que fez? Os cientistas ateus pesquisam a criação. Descobrem os segredos da natureza e como funcionam os processos e leis naturais, mas lamentam não saber a razão por que existe qualquer coisa, porém nós, cristãos, sabemos os motivos de o Universo e o homem existirem. Citaremos apenas cinco deles.

Primeiro motivo da criação

O primeiro motivo da criação foi o desejo de Deus de ter pessoas com quem pudesse desfrutar comunhão. Deus é social. Ele ama pessoas como nós — gente. Gente que conversa com ele. Ele queria alguém com quem pudesse conversar e de quem recebesse adoração. Por isso, criou-nos à sua imagem, para ter um relacionamento amoroso conosco. Isso se encaixa estreitamente na tarefa missionária. O propósito das missões tem seu fundamento nesse desejo de Deus. Cada pessoa que se converte hoje terá comunhão com ele eternamente.

Segundo motivo da Criação

Deus é um Deus feliz. Deduzimos isso de uma frase de 1Timóteo 1.11, “o evangelho da glória do Deus bendito”. A palavra “bendito” (makârios, no grego) quer dizer “feliz” (compare com as bem-aventuranças). Ele queria compartilhar sua felicidade com o ser humano. As pessoas mais felizes da terra devem ser os missionários. Com certeza, divulgar as boas novas, obedecer à última ordem de Cristo, levar pessoas a conhecê-lo e, por conseguinte, poder entrar no gozo do Senhor é um trabalho glorioso e tem relação direta com o motivo de Deus ter criado a humanidade.

Terceiro motivo da criação

Deus nos criou para mostrar seu amor. Ele já amava o Filho, e o Filho amava o Pai, mas queriam um povo para demonstrar seu amor. Ele multiplicou a população da terra para revelar seu infinito amor. Ele derramou seu amor em nosso coração para que possamos também amar aqueles que Deus ama. Se você não é missionário, no sentido mais lato da palavra, talvez o amor de Deus tenha sido sufocado em sua vida. Não entrou na sua veia nem nas suas artérias, por isso não circula em seu coração o desejo de alcançar os perdidos. Deus criou homens e mulheres para compartilhar sua felicidade e demonstrar seu amor. Devemos responder e corresponder ao seu amor com
grata obediência.

Quarto moti vo da criação

Deus criou o mundo para ser glorificado por meio dele. Ele criou o ser humano à sua imagem para que este pudesse glorifi cá-lo por causa de sua graça. Efésios 1.6 é uma passagem fundamental das Escrituras porque explica o motivo pelo qual Deus nos criou. Considere seriamente que, tanto a eleição antes da fundação do mundo quanto a predestinação para sermos filhos adotivos, aconteceu, segundo esse texto, “para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado”. Não é possível negar, à luz dessa passagem, que o propósito original no plano da criação foi que pessoas inteligentes e dotadas de emoção louvassem a graça gloriosa de Deus. Esse é o principal motivo das missões. Paulo escreveu aos coríntios:
“Todas as coisas [os sofrimentos] existem por amor de vós, para que a graça, multiplicando-se, torne abundantes as ações de graças por meio de muitos, para glória de Deus” (2Co 4.15).

Quinto motivo da criação

Deus criou o homem para compartilhar com ele sua santidade. “Sereis santos, porque eu sou santo” (Lv 11.44). Ele não admitirá pecadores rebeldes no lar celestial. Por isso, nos manda aumentar a santidade no mundo e multiplicar o número de “santos” na terra. Um dos títulos do povo de Deus é “nação santa” (Êx 19.6), confi rmando que, se Deus tem filhos na terra inseridos em sua Igreja, eles serão marcados pela santidade do “Pai” celestial.

O coração missionário de Deus revelado no Antigo Testamento

Examinemos alguns textos-chave da Bíblia para buscar as bases para missões e o propósito divino para a humanidade.

Gênesis 12.1-3
Esta passagem central no Antigo Testamento apresenta a chamada de Abraão, nosso pai na fé e tem importantes implicações para a obra missionária:

Disse o Senhor a Abrão: Sai da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma grande nação, e te abençoarei, e te engrandecerei o nome. Sê tu uma bênção! Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão benditas todas as
famílias da terra.
Nesta passagem, que Jesus deve ter mencionado aos seus discípulos, temos uma dupla ordem: “Sai da tua terra” e “Sê tu uma bênção”. Abraão deveria sair para ser uma bênção e ser abençoado. Nele o mundo inteiro — todos os lugares, tribos, povos e nações — seriam abençoados. Cremos na Palavra de Deus e que essa promessa, ainda não concretizada inteiramente, irá se cumprir.

Existe algo mais interessante nesse texto. Qualquer contador, ou pessoa que trabalha com números, sabe que a soma de todas aquelas fileiras de cifras depende dos números que estão em cima. Ele sabe que se houver um erro em alguma dessas cifras, haverá um resultado errado na última linha. Esse princípio da matemática pode ilustrar e explicar por que o compromisso das igrejas com as missões é tão fraco.

O Brasil evangélico, até agora, enviou um número quase inexpressivo de missionários. Há menos de um missionário para cada 10 mil crentes. Estou convencido de que essa desproporção tem uma explicação razoável. Vejamos como se aplica à tarefa missionária. Como já vimos, se escrevemos números errados nas linhas de cima, a soma estará errada.

A passagem de Gênesis contém a promessa de que Deus há de abençoar a Abraão. Todos querem as bênçãos de Deus. Corresponde à linha de cima o “abençoarei”, mas se entendemos mal a linha de cima, a linha de baixo — “Sê tu uma bênção” para todas as nações (famílias) da terra — sairá errada. A bênção da promessa está diretamente ligada à obediência à ordem de ser uma bênção. Não dá certo buscar a bênção sem querer ser uma bênção.
Todas as nações receberão as bênçãos prometidas a Abraão. A Palavra de Deus não pode falhar, mas primeiro é essencial que Abraão e seus descendentes pela fé sejam uma bênção. É inútil reivindicar bênçãos se não estamos abençoando os perdidos com a oferta do evangelho.

Receber benefícios da parte de Deus corresponde à linha de cima. Transmitir esses benefícios para os que não têm acesso à bênção abraâmica está diretamente vinculado às bênçãos recebidas. A bênção da salvação, a linha de cima, implica a responsabilidade de ser uma bênção, de compartilhar essa salvação com os que não têm acesso ao evangelho.

Gênesis 50.15-21
A história de José, em Gênesis 50, revela o mesmo princípio. Seus irmãos estavam preocupados com o fato de que José, agora exaltado com plenos poderes no Egito, retribuísse o mal que sofreu.

Vendo os irmãos de José que seu pai já era morto, disseram: É o caso de José nos perseguir e nos retribuir certamente o mal todo que lhe fi zemos. Portanto, mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo: Assim direis a José: Perdoa, pois, a transgressão de teus irmãos e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, pois, te rogamos que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. José chorou enquanto lhe falavam. Depois, vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. Respondeu-lhes José: Não temais; acaso, estou eu em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida.Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos fi lhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coraç;ão.
Está bem claro no texto que a bênção na vida de José, depois de muitas maldições, não deveria ser limitada a ele próprio. A grande bênção que recebeu (a linha de cima) teria de implicar a bênção de sua família e muitos milhares
de vidas salvas. A revelação que José recebeu sobre os anos de prosperidade e sobre a fome no Egito mostrou que Deus tinha um propósito central para sua vida. Deus o abençoou para que ele pudesse abençoar outras pessoas. A linha de cima — os benefícios recebidos — implica a linha de baixo — a concessão de benefícios aos que não os possuem.
Deus nos revelou algo muito mais precioso, uma revelação mais importante que a recebida por José. A questão é: por que Deus tem abençoado a sua vida? A razão bíblica é a preservação de vidas para a eternidade na gloriosa presença de Deus. Se nos interessamos apenas em receber a bênção da salvação, sem passá-la adiante, estamos contrariando o propósito de Deus. Desprezamos a prioridade divina.

Deuteronômio 4.5-8
Aqui Moisés mostra também as duas linhas, as bênçãos decorrentes de ser o povo escolhido e a responsabilidade de abençoar as nações:

Eis que vos tenho ensinado estatutos e juízos, como me mandou o Senhor, meu Deus, para que assim façais no meio da terra que passais a possuir. Guardai-os, pois, e cumpri-os, porque isto será a vossa sabedoria e o vosso entendimento perante os olhos dos povos que, ouvindo todos estes estatutos, dirão: Certamente, este grande povo é gente sábia e inteligente. Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o Senhor, nosso Deus, todas as vezes que o invocamos? E que grande nação há que tenha estatutos e juízos tão justos como toda esta lei que eu hoje vos proponho?
Imagine se o Brasil estivesse na posição de Israel prevista nesse momento histórico. Se as leis escritas e assinadas pelo presidente fossem leis criadas na mente de Deus e passadas diretamente aos deputados em Brasília, como o país estaria bem! Imagine se o Brasil, como o Israel antigo, em vez de pensar em problemas e dívidas internacionais, pudesse dobrar os joelhos e usufruir a bênção notável de empregos para todos, de estarem os meninos de rua recebendo o devido cuidado. Imagine a bênção de saber que os órfãos estão sendo nutridos com as verdades de Deus. Imagine um Brasil que não precisasse cuidar de suas fronteiras nem combater o tráfico de drogas. Pense em ter Deus tão próximo a proteger a nação: não seria preciso gastar dinheiro com o Exército e nem com policiais.
Leis falhas e interesseiras, feitas por homens, seriam substituídas por leis divinas e perfeitas. Beneficiado por essas leis e pela proteção divina nas crises, em resposta às orações do povo de Deus, o Brasil seria um país invejável. Foram essas bênçãos, segundo o texto de Deuteronômio, que Deus ofereceu a Israel.

Qual seria o efeito dessas bênçãos (a linha de cima) sobre os países vizinhos? O próprio texto responde. Seria um forte efeito missionário com seus benefícios. As nações vizinhas buscariam ao Senhor e seguiriam suas leis (a linha de baixo). Aprenderiam a viver bem imitando o Brasil e obedecendo às leis criadas no céu. Buscariam ao Deus único e ao seu Reino para obter as bênçãos desfrutadas pelo Brasil.

Vejo um país que tem grande interesse em ser um país evangélico. Existem até previsões de que em poucos anos o Brasil será do Senhor, mesmo antes de sua vinda. Não sei se podemos realmente esperar uma bênção tão grandiosa, mas se acontecer não será surpresa se os países vizinhos vierem buscar a mesma bênção (a linha de baixo).

Houve uma época em que um país foi extraordinariamente abençoado. Esse país foi fundado no século XVII. Os fundadores fugiram da Inglaterra para estabelecer uma nação em que Deus seria honrado e haveria liberdade de consciência. As bênçãos de Deus caíram sobre os Estados Unidos. Houve um tempo em que as crianças podiam sair de casa sem perigo. Não havia meninos de rua. As chaves ficavam dentro do carro, sem que fosse preciso trancar as portas.

As casas fi cavam abertas sem muros ou sistemas de alarme. Não se pensava em violência nem se falava em drogas. Homicídio era uma raridade. Hoje não é mais assim. Esse país mudou, depois que abandonou a maioria dos princípios que garantem a bênção. A preocupação com a evangelização de todos os povos diminuiu.

Quando Jimmy Carter estava na presidência, um amigo foi convidado para falar num congresso de missões nos Estados Unidos da América. Cerca de 4 mil pessoas esperavam atentas a palavra do pastor Greg Livingstone (hoje diretor de uma missão no norte da África).

Concederam-lhe um minuto para falar. Ele foi à frente e fez a seguinte pergunta: “Quantos de vocês estão orando pela libertação dos 52 americanos sequestrados no Irã?”. Os mais velhos lembram-se da grande preocupação causada pelo sequestro daqueles americanos. Quase todas as mãos se levantaram no auditório, indicando a preocupação generalizada. Em seguida, fez outra pergunta: “Quantos estão orando pela libertação de 52 milhões de iranianos das algemas de Satanás?”. Os braços foram abaixando até não restar mais que um ou dois em toda aquela multidão. Meu amigo sentou-se, sem utilizar todo o seu minuto, dizendo: “Percebo que vocês são mais americanos que cristãos!”. Ficou claro que ele falava das duas linhas.

Aqueles milhares de pessoas preocupavam-se apenas com a linha de cima. Sabiam de quem e em que nome podiam pedir a libertação dos sequestrados, mas não tiveram a preocupação de pedir a libertação de 52 milhões de seres humanos algemados espiritualmente.

Quero deixar assentado, primeiramente em meu coração, depois no do leitor, que a linha de baixo depende de entendermos a razão pela qual Deus abençoa nossa vida. Se não recebi bênção alguma, tudo bem. Se não ganhei nada de Deus, ele não cobrará nada de mim. No entanto, se Deus tem nos abençoado de alguma maneira especial e se ele nos tem dado conhecimento da verdade de sua Palavra, com o resultado de que podemos viver e morrer felizes, temos de levar a sério a linha de baixo.

Salmo 67.1,2
Mais um texto confirma a tese desta mensagem. O salmo 67 mostra as duas linhas de maneira notável. Quantos se esqueceram de orar hoje? Quantos têm coragem de admitir isso? Provavelmente, a maioria orou. E quem não pediu qualquer bênção? Sabemos que é raríssimo orar sem pedir pelo menos uma bênção.

Animou-me bastante notar que em Salmos 67.1,2, Deus não condena a prática de pedir bênçãos. Esse salmo fala de bênçãos, mas não exatamente de prosperidade:

Seja Deus gracioso para conosco, e nos abençoe, e faça resplandecer sobre nós o rosto; para que se conheça na terra o teu caminho e, em todas as nações, a tua salvação.
Meditando, perguntei para mim mesmo o que teria acontecido se a nação israelita, receptora original dessas palavras inspiradas, tivesse dado prioridade a esse texto. Como seria diferente a história da humanidade se Israel tivesse dado valor à linha de baixo e estabelecido como o mais importante alvo de sua existência abençoar a todos os árabes! O mundo tem mais de um bilhão de muçulmanos. Israel é apenas uma pequena ilha num oceano inimigo de muçulmanos.
Se, em vez de se preocupar com a própria segurança, Israel tivesse pedido a bênção de Deus para os muçulmanos, a fim de que conhecessem os caminhos do Senhor, como seria diferente a história atual! Provavelmente, milhares de pessoas estariam vivas, e famílias inteiras, ainda unidas. As torres gêmeas não teriam caído em Nova York, soterrando quase 3 mil pessoas.

Quase todos os dias morrem vítimas do ódio em Israel. Parece que Israel formou sua nação para buscar a própria segurança, em vez de abençoar os povos vizinhos. Não é meu propósito lançar críticas contra ninguém, mas esse salmo não deixa dúvidas quanto ao propósito de Deus. Paremos um instante para refl etir. Qual é minha preocupação maior na vida? A resposta de todos nós é a mesma. Ser abençoado por Deus. Quero que ele abençoe minha família, os filhos, os netos, a esposa, o trabalho, a situação financeira. É isso o que mais importa. E Deus não despreza tais petições, porém não estaremos glorificando a Deus se dermos prioridade à linha de cima e ignorarmos a linha de baixo.

Jesus, pouco antes de sua exaltação, declarou aos discípulos que a bênção de os povos gentios conhecerem os caminhos do Senhor deve ser o foco de seu ministério. Em Jerusalém, na Judeia, em Samaria e até os confins da terra, eles seriam testemunhas da graça de Deus que salva. Quero encerrar afirmando algo sobre nossa nação. Os irmãos sabem que a teologia predominante no Brasil é a chamada “teologia da prosperidade”. É quase certo que o pregador que conseguir convencer brasileiros — evangélicos, católicos, espíritas e mesmo pessoas sem religião — de que possui poder para liberar bênçãos como saúde, emprego, salário maior e paz na família será “bem-sucedido”. Quem promete abençoar o povo material e socialmente está fadado ao “sucesso”. Contudo, quero enfatizar que é uma distorção do evangelho, pois não há interesse prioritário na linha de baixo. As promessas da antiga aliança, que abençoaram Israel materialmente, tinham o propósito de persuadir os povos a adorar e obedecer a Deus na totalidade de sua existência.

Quais são as promessas da nova aliança? Cristo voltará quando todas as nações tiverem ouvido que Cristo é o único caminho para Deus. Ele é o único Salvador. O descaso para com a obrigação missionária, em razão do interesse voltado para esta vida, demonstra pouco compromisso com a vida vindoura. Não se fala muito sobre o investimento no
destino final.

A busca pelo poder do Espírito como forma de obter alívio, conforto e bem-estar, em vez de testemunho e proclamação, está em desacordo com o propósito central de Deus. A teologia da prosperidade destaca o ter, e não o ser. A lei da nova aliança deve ser interna. “Esta é a aliança que firmarei com a casa de Israel, depois daqueles dias, diz o Senhor: Na mente, lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” ( Jr 31.33). Não é a vontade de Deus que busquemos os benefícios do Reino de Deus sem dar prioridade ao próprio Reino. Os benefícios ilimitados de Deus virão no Milênio, mas poucos querem esperar um futuro distante e pouco almejado.

O resultado dessa distorção pode ser percebido no desinteresse em conhecer a Palavra de Deus. Há também quase nenhum interesse pela exegese, pela hermenêutica, pelo discipulado e pelo estudo da Palavra. Busca-se a experiência, e não o Senhor das experiências. Parece uma diferença sutil, mas é importante. O Espírito Santo é apresentado mais como fonte de poder que como pessoa divina que glorifica ao Senhor Jesus ( Jo 14.13). A ênfase exagerada sobre o indivíduo desvia nossa atenção da comunhão e da responsabilidade mútua da igreja (1Pe 2.9,10).

Não é certo omitir a ênfase sobre a obrigação e destacar apenas a motivação do amor que produz a alegria no Senhor (1Co 13.1,4,5).

É muito comum omitir-se a proclamação da teologia bíblica acerca do sofrimento. Nesse caso, onde se encaixaria a cruz de Cristo ou as condições do discipulado? “Se alguém quer vir após mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz [diariamente] e siga-me” são palavras pouco ouvidas, mas foram pronunciadas por Jesus. Buscar os dons e manifestações do poder de Deus em benefício próprio, e não em benefício do Corpo de Cristo é mais um desvio do propósito bíblico revelado na Palavra. Todas essas aberrações e distorções, até o ponto em que caracterizem a igreja brasileira, mostram preocupação com a linha de cima, e não com a de baixo. Para o Brasil se tornar um verdadeiro celeiro de missões, é necessário que haja uma mudança de paradigma. Como Israel, no período do Antigo Testamento, teve a oportunidade de influenciar o mundo ao seu redor em prol do Deus único, cumprindo suas leis e demonstrando um amor profundo pelo Senhor, temos o desafio de realinhar nossas prioridades. Se genuinamente nos preocuparmos com a linha de baixo, isto é, que o evangelho seja proclamado e vivido entre todos os povos, a bênção gloriosa cairá sobre nós. Paulo assim se refere a esse futuro: “Para mim tenho por certo que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus [...] para a liberdade da glória dos filhos de Deus” (Rm 8.18,19,21).


Russell Shedd é PhD em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo (Escócia). Fundou a Edições Vida Nova há mais de 40 anos e atualmente é consultor da Shedd Publicações. É missionário da Missão Batista Conservadora no Sul do Brasil e trabalha em terras brasileiras há vários décadas. Lecionou na Faculdade Teológica Batista de São Paulo e viaja pelo Brasil e exterior participando de conferências em congressos, igrejas, seminários e faculdades de Teologia. É autor de vários livros, entre os quais estão A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia , Disciplina na Igreja , A Escatologia do Novo Testamento , A Solidariedade da Raça , Justificação , A Oração e o Preparo de líderes cristãos , Fundamentos Bíblicos da Evangelização , Teologia do Desperdício , Criação e Graça: reflexão sobre as revelações de Deus , todos publicados pelas Edições Vida Nova ou pela Shedd Publicações. Além disso, é autor dos comentários da Bíblia Shedd (Vida Nova).


Fonte: http://www.vidanova.com.br


via blog Veredas Missionárias