quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Castigo ou omissão?

 José Bernardo

Um terremoto de grandes proporções como o que acontece no Haiti tem a vantagem de arrancar as pessoas do conforto de sua teologia e levá-los a uma confrontação prática com as coisas espirituais em um ambiente real. Como a apologia cristã não foi bíblica antes e não é hoje, as pessoas que insistem em avaliar a situação a partir de sua dogmática institucional, falham.

Pat Robertson, pastor norte-americado, ecoou o pensamento dos cristãos conservadores quando disse que o terremoto no Haiti foi consequência do pecado. Imediatamente um coro de cristãos liberais reclamou, acusou, julgou, condenou e executou o tal pastor da língua solta. Ambos os grupos se acham muito crentes e muito bíblicos. Ambos são um desastre em termos de apologia bíblica.


Pensando no que Pedro nos ensina sobre apologia, Pat Robertson errou porque respondeu algo que ninguém lhe perguntou. Os que o acusaram erraram porque não estão prontos para responder da razão da sua fé. O deísmo que vai se alastrando entre os evangélicos pós-modernos é vergonhoso. A influência do humanismo tem feito o deus dessas pessoas um sujeito omisso, e a vida cristã se resumir ao que o homem pode fazer.

Quando o crente deixa seu papel como testemunha e quer ocupar a posição de advogado, promotor, juiz ou meirinho – a apologia não bíblica – é sempre um desastre. Como testemunhas, que faremos? Qual deve ser a nossa attitude como cristãos diante de tanto sofrimento no Haiti? Primeiro devemos prestar Socorro – a omissão é crime e, ainda mais, é pecado. Segundo devemos testemunhar – porque essa é nossa função, para isso fomos chamados, e sobre isso seremos cobrados.

Uma fé sem as obras do socorro e do testemunho é morta. Enquanto discutem os apologistas em contradição às Escrituras, os crentes, façamos algo que confirme a fé que temos.

Fonte: http://www.evangelizabrasil.com/

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