Mapeando os pontos escuros da cidade
Objetivos: Desenvolver a noção
geográfica/territorial da missão; aprender a eleger prioridades e
comprometer-se; aprimorar o trabalho em equipe.
Materiais: Um mapa físico ou
político de bom tamanho do município onde reside/atua o grupo ou a igreja;
canetas e adesivos (post-it).
Após reunir o grupo, o líder abrirá sobre uma
mesa o mapa do município. Fará então uma explanação sobre a necessidade de a
luz de Cristo chegar aonde ela ainda não chegou, e que isso é sempre mais
importante do que iluminar onde já há alguma luz. Poderá citar o versículo de
Romanos 15:20: “E desta maneira me
esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para
não edificar sobre fundamento alheio.”
Acontece que em nossa própria cidade, e não
apenas no campo missionário transcultural, existem lugares sem luz, embora
sejam muitas e muitas vezes maiores as necessidades do campo. Mas aqui estamos
e devemos zelar por nossa cidade, que nos foi confiada por Cristo. Aqui mesmo
temos locais não alcançados pelo reino de Deus, dos quais nós somos os
embaixadores.
Após a reflexão, cada membro será convidado a se
lembrar, com calma (dê tempo aos participantes) de algum ponto da cidade que
precisa de luz, precisa da presença cristã, precisa ser evangelizado.
As pessoas poderão, por exemplo, se lembrar de
alguma rua onde não há igreja evangélica; de algum hospital onde o grupo
poderia evangelizar; de áreas da cidade habitadas por drogados (pequenas ou
grandes cracolândias); rodoviárias e aeroportos; áreas de prostituição; locais
onde costumam dormir moradores em situação de rua; pontos onde se reúnem tribos
urbanas; e assim por diante.
Com ajuda do líder e dos demais, cada lugar que
for levantado por algum participante deverá ser encontrado e marcado corretamente
no mapa. Caso não queira escrever no mapa, cole algum pequeno adesivo (post-it) sobre o local.
Após todos terem se lembrado de algum lugar, o
grupo deverá criar a legenda do mapa, para facilitar a “leitura” do mesmo, num
pedaço de papel separado, que deverá ser afixado junto ao mapa. Por exemplo:
para cada lugar marcado pode ser dado um número (1, 2, 3 etc.) e na legenda tal
numeração é especificada (p. ex.: 1 – Hospital Municipal; 2 – Rua Fulano de Tal,
sem igreja; 3 – Calçadão da rodoviária onde habitam moradores em situação de
rua; etc.).
Alguns dos participantes talvez sequer já tenham
participado de um evangelismo, ou não são maduros ao ponto de perceber locais
que realmente precisam de ação cristã, precisam de ajuda. Assim, é possível que
nem todas as informações serão realmente dignas de atenção. Mas o importante
desta atividade é desenvolver em todos a percepção geográfica da missão,
aprender a mapear e tecer estratégias, e a observar a cidade com outros olhos,
olhos de evangelista, olhos de Cristo. A construção do mapa permitirá que todos
os participantes, tanto os neófitos (novos na fé) quanto os mais experientes,
tenham conhecimento coletivo de áreas da cidade que merecem atenção, algumas
das quais com certeza muitos não conheciam as necessidades.
Após todas as marcações feitas, o grupo poderá
avaliar a distância dos lugares em relação à igreja, e a importância (urgência,
maior necessidade, maior número de almas, capacidade do grupo em suprir tal
necessidade, etc.), a fim de eleger lugares prioritários onde evangelizar ou
promover qualquer outra ação. O mapa deverá ficar exposto em algum mural na
igreja (numa de suas salas) para consulta, atualizações e principalmente: ser
alvo das orações de todo o grupo/igreja.
O grupo poderá ainda marcar sobre o mapa as
áreas onde foi feita alguma atividade, ou aquelas onde está planejada alguma
ação (pode-se usar adesivos em cores predeterminadas, mas a informação sobre o
significado delas deve ser incluída na legenda, para facilitar a leitura de
todos (p. ex.: VERDE = Área alcançada; AMARELO = Área com ação marcada para ser
realizada; AZUL = Área sendo investigada; etc.).
Sammis
Reachers
NOTA: Para tal atividade é
necessário uma mapa físico ou político do município, de bom tamanho (que
apresente ao menos as principais ruas e avenidas que cruzam o município), e em
pequena escala, ou ainda uma carta topográfica que abarque ao menos os bairros
do entorno da igreja. No mundo da cartografia, um mapa em pequena escala não
significa um mapa pequeno, mas um mapa que apresenta em GRANDES DETALHES uma
PEQUENA ÁREA (ou seja, que sofreu uma “pequena” diminuição em relação à
realidade, sendo possível visualizar detalhes que em um mapa-mundi do mesmo
tamanho, por exemplo, seria impossível). As cidades grandes e médias em geral
possuem bancas de jornal ou livrarias onde é possível obter mapas de bom
tamanho da cidade. É possível ainda baixar em formato pdf no site do IBGE mapas
dos municípios brasileiros (https://mapas.ibge.gov.br/bases-e-referenciais/bases-cartograficas/mapas-municipais.html) e depois imprimir. Lojas e gráficas que
operem com impressão offset e digital em geral têm condições de imprimir tais
mapas em bom tamanho (1m x 1m, por exemplo).
Ao reproduzir, cite sempre autor e fonte: http://arsenaldocrente.blogspot.com.br/
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