Jesus estava sempre sendo interrompido — por homens cegos, leprosos,
fariseus que se encontravam com ele à noite, pais desesperados com filhos
endemoninhados ou morrendo, mulheres pecadores pegas em adultério ou colocando perfume
em seus pés. E ele estava sempre interrompendo outros — coletores de impostos
contando dinheiro, pescadores remendando redes ou puxando-as para cima,
perseguidores indo para Damasco. Muito de seu ministério transformador aconteceu
por meio de interrupções.
Muitos de nós que pregamos somos os sacerdotes e levitas na história
que Jesus contou do bom samaritano. Estamos tão inflexivelmente focados nos
nossos deveres com o templo que perdemos o que Deus tem para nós à beira da
estrada. A única cura que conheço é o comprometimento diário e intencional da
espera por Deus nas interrupções. (Enquanto eu escrevia isto, Deus interrompeu
a minha agenda três vezes. Dois telefonemas, um de um homem à margem da fé
salvadora e precisando de um pouco de atenção extra; o outro de um homem de
outro credo interessado em realizar um trabalho para a igreja. A terceira
interrupção foi de uma mulher pedindo alimento. Ela e seu filho não tinham nada
para comer. "Eu vim a você faminto. Jesus disse. "Você
percebeu?". Eu estava tão ocupado que quase não percebi).
Viver uma teologia de interrupções abre minha alma para o vento
fresco que reacende a minha chama.
Mark Buchanan
- Trecho do artigo "COMO PREGAR QUANDO COMEÇA A FALTAR OXIGÊNIO". In A arte e o ofício da pregação bíblica, de Haddon Robinson e Craig Brian Larson (orgs.).
Nenhum comentário:
Postar um comentário