NÃO POSSO DIZER “PAI NOSSO...”
Não posso dizer “Pai nosso”, se não demonstro este parentesco em minha vida cotidiana.
Não posso dizer “que estás nos céus”, se estou tão ocupado nas coisas da terra que não tenho tesouros lá.
Não posso dizer “santificado seja o teu nome”, se eu, que sou chamado por seu nome, não sou santo.
Não posso dizer “venha o teu reino”, se não estou fazendo todo o possível para apressar a sua vinda.
Não posso dizer “seja feita a tua vontade”, se me oponho, se ressinto, ou se desobedeço à sua vontade para mim.
Não posso dizer “assim na terra como no céu”, se não estou disposto a dedicar minha vida ao seu serviço.
Não posso dizer “o pão nosso de cada dia nos dá hoje”, se vivo de experiências passadas ou se sou egoísta.
Não posso dizer “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores”, se guardo rancor contra alguém.
Não posso dizer “não nos induzas à tentação”, se deliberadamente me exponho à tentação.
Não posso dizer “livra-nos do mal”, se não estou preparado para travar a batalha espiritual com a arma da oração.
Não posso dizer “teu é o reino”, se não dou ao único grande Rei a obediência leal de um súdito disciplinado.
Não posso dizer “teu é o poder”, se temo o que me possa fazer o homem, ou o que possam pensar os meus vizinhos.
Não posso dizer “tua é a
glória”, se busco a minha própria glória.
Não posso dizer “para sempre”, se o meu horizonte está limitado pelas coisas temporárias.
Não posso dizer “amém”, se o meu coração não tem dito amém à sua vontade em todas as áreas da vida.
Extraído de Mananciais no Deserto II
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