domingo, 27 de setembro de 2009

Legião da Boa Vontade – LBV

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Alziro Elias David Abraão Zarur, ou simplesmente Alziro Zarur, como é conhecido, fundou esse movimento em 1° de janeiro de 1950. Segundo ele, seu movimento era a quarta revelação que veio substituir o espiritismo kardecista, considerado, pelo próprio Zarur, a terceira revelação. A LBV se denomina como a ‘Religião de Deus’, e busca reunir em si, de forma ecumênica, todas as religiões.

Ainda que a Legião da Boa Vontade faça constantes referências ao cristianismo e tenha adotado Jesus como objeto de culto, não considera as Sagradas Escrituras infalíveis. Em seu entendimento, as Escrituras estão cheias de erro, conforme o grau de evolução de seus autores humanos. O livro mais perfeito para eles é o ‘Livro de Deus’, da autoria de Zarur, que viera substituir a Bíblia, já que a Palavra de Deus está repleta de fábulas e lendas.

Seu conceito sobre Deus é de um ser infinito, que controla todo o Universo como um poder impessoal. Sobre Jesus, apresenta semelhança com o kardecismo, pois nega um corpo físico para o Salvador (chamam seu corpo de ‘fluídico’) e o sentido vicário de sua morte, que resultou na salvação dos pecadores. Assim, não aceita o nascimento virginal de Cristo e muito menos em corpo real para Ele. Esse conceito é muito semelhante ao gnóstico de Cerinto, que surgiu no século 2° da Era Cristã.
Dentro desse contexto, sua concepção a respeito do Espírito Santo não é de uma Pessoa dentro de uma Trindade divina, mas de uma mera emanação, um conjunto de espíritos puros, bons e superiores, bem distante da definição bíblica.

Uma vez que não aceitam a obra vicária de Cristo na cruz, a salvação é alcançada por sucessivas reencarnações. Ou seja, por meio dos sofrimentos e das boas obras, o homem vai-se tornando um espírito cada vez mais perfeito. Por isso não aceitam a ressurreição, de forma alguma. Após a morte, a alma fica ainda um tempo ao lado do corpo e, depois, viaja pelo mundo dos espíritos, recebendo, então, instruções para a próxima reencarnação.

O universalismo extremo é uma característica excêntrica dessa seita. Acredita que, ao fim de tudo, todos terão seus pecados perdoados, inclusive Satanás, a quem chama de ‘nosso irmão Lúcifer’, e a favor de quem Alziro Zarur ensinou a interceder.

Fonte: Bíblia Apologética de Estudo – Editora ICPhttp://www.icp.com.br

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