sábado, 17 de dezembro de 2011

A importância do cinema na obra de evangelização

Moisés Menezes
A importância do cinema nas missões (em 3 atos)
Ato 1 – O Contexto
“O Menino e o Barco” 2Já está consagrado: mídia, TV e cinema são os instrumentos mais poderosos de comunicação que há. A musica não fica para trás, tem seu lugar especial. A TV e o cinema, no entanto, ocupam um espaço prioritário. Quase todos os dias, bilhões de pessoas no mundo todo assistem ou a um programa de TV, ou a um filme. Os cinemas ficam cada vez mais lotados – principalmente nas grandes cidades. O áudio-visual ocupa portanto o primeiro lugar em quase todos os paises. Não há dúvida de que pessoas vão ao cinema, ou alugam um filme por uma razão que vai muito mais além da diversão. Pessoas assistem a filmes porque querem que suas mentes sejam ativadas inteligentemente e estão sempre em busca de uma história que “mexa” com suas vidas. A má notícia sobre tudo isto é que nosso inimigo se apoderou desta eficientíssima arma, e nós, cristãos, ficamos muito, muito para trás!
Ato 2 – O Drama e a Trama
“O Menino e o Barco” 3Seria redundante escrever sobre os danos que filmes, principalmente os produzidos por Hollywood, têm causado em todo o globo. Basta dizer que desde os anos 30 os principais estúdios de cinema estão comprometidos em ridicularizar o cristianismo, as autoridades e a família – e eles têm tido êxito. O cinema produzido por homens e mulheres que não conhecem a Deus tem distorcido o conceito de “beleza”, que é parte da natureza de Deus e sua criação, e beleza é parte essencial da cinematografia e da história.
“O Menino e o Barco” 4Milhares de filmes são produzidos a cada ano e todos eles mostram a cosmovisão dos roteiristas, diretores e diretores de fotografia. Quase todos mostram conflitos reais da vida humana, mas sem solução ou com a solução errada. Alguns, como Quentin Tarantino, mostram uma cinematografia caótica, porque reflete sua visão, seu estilo e sua vida. Se aceitarmos então de fato que se trata de um poderoso meio de comunicação, os pensamentos, os sentimentos e as atitudes podem ser transformados para bem ou para mal. Há um estrago sendo feito, não há dúvidas, mas também cresce o número de espectadores insatisfeitos com a resposta que o cinema mundial está apresentando. Na Academia de Cineastas Cristãos, em 2005, mostraram uma Hollywood ladeira abaixo.
Ato 3 – A Solução
O filme vai chegando ao seu final e pouco a pouco o grande vilão tem sido revelado. Mas o que muita gente não sabe é que a Igreja de Cristo tem sido preparada para usar o cinema como um importante instrumento de evangelização no que pode ser o último avanço missionário na história. Uma das coisas que sabemos e que Hollywood não sabe é que temos as histórias que todos querem ver, temos verdadeiros heróis que constróem nossa fé e um Deus que é o melhor diretor, produtor e financiador em todo o universo. Diretores e produtores comprometidos com Deus estão prontos para começarem a fazer filmes que impactarão o mundo nos próximos anos. Um filme produzido por uma igreja no interior da Geór“O Menino e o Barco” 1gia, “Desafiando os Gigantes” mostra que Davi derrotou a Golias, ou seja, um filme de 100 mil dólares derrubou outras produções milionárias de Hollywood. Milhares de vidas têm sido transformadas por meio desse filme nos Estados Unidos e em outros países do mundo. Não somente o filme em si é uma ferramenta missionária, mas todo o processo de pré-produção e produção cinematográfica pode ser uma grande oportunidade para transformação de vidas.
O cinema, no nosso caso, tem aberto portas no campo missionário. Como diretor posso ter acesso a pessoas e lugares que não poderia como missionário somente. Esperamos com nossas produções poder, no mínimo, levar pessoas a conhecer Jesus por meio de todo processo que envolve fazer um filme. Esperamos aprender o que Hollywood sabe e que nós não sabemos, ou seja, fazer filmes com profissionalismo e excelência cinematográfica. Com os dois elementos, história e arte, nosso vilão será derrotado – porque, em Cristo, somos mais do que vencedores.
The End
Moisés Menezes

Missionário em Varsóvia (Polônia)Membro da Primeira Igreja Batista de Boston (EUA)

Cineasta, diretor dos filmes “My Name is Nadia” e “O Menino e o Barco” (cujas fotos ilustram este artigo)

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